Ano: 2008
Baixe a publicação – (PDF) 13MBDesde os tempos da colonização deste território hoje chamado Brasil, seus habitantes vivem sob o signo das viagens. Em busca de riqueza, de trabalho ou de novas fronteiras, foram organizadas caravanas, expedições, comboios, romarias, tropas, entradas e bandeiras. E a pé ou de canoa, de jipe ou de pau-de-arara, de carro de boi ou de avião, percorremos o país numa busca que passa pela própria descoberta de quem somos.
O Museu da Pessoa também foi criado no espírito dessas viagens, pois cada pessoa entrevistada faz, de certa forma, uma travessia em direção a si mesma. Tem como estrada a trajetória de sua vida e, como paisagem, suas próprias memórias.
Este livro – um dos resultados do Projeto Memórias dos Brasileiros, criado para marcar os 15 anos do Museu da Pessoa – transita entre vários sentidos da palavra viagem: a dos expedicionários e a das histórias devida. Em complemento às histórias e fotos garimpadas dentre os cerca de10 mil depoimentos que hoje formam seu acervo, traz também histórias registradas em três caravanas, realizadas pelo Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais; pelo Rio São Francisco, entre Bahia e Pernambuco; e na região de Maués, no Estado do Amazonas. Mas por que mais essa viagem? Por que nós, do Museu da Pessoa, nos tornamos andarilhos pelo Brasil? O que trazemos de novo para os inúmeros estudos e reflexões sobre a história e a identidade do brasileiro?
Fundado em 1991 como um museu virtual de histórias de vida, o Museu da Pessoa visou, desde sua origem, ser um espaço em que toda e qualquer pessoa pudesse ter sua história de vida registrada e preservada como parte da memória social. Tantos anos depois e mais de 140 projetos de memória realizados, continuamos a nos maravilhar com as histórias de vida. Não mais apenas como incursões a novos mundos, mas sobretudo pelo seu poder de promover a empatia, o respeito e o conhecimento sobre o outro e sobre nós mesmos.
Nesse sentido, este livro é uma viagem de redescobrimento. Uma jornada que não está em busca de linearidade, mas, sim, de uma nova riqueza: a multiplicidade de olhares, experiências e culturas que hoje compõe o nosso país.
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