“Eu sempre fiquei pensando nessa coisa: a vida se impõe. E de repente é uma verdade, de repente nós estamos numa ditadura, meu marido pode ser preso, pode ser torturado. E no entanto eu estou vivendo, cuidando dos meus filhos, do jantar, vou no supermercado. A vida se impõe.”
Essa frase dita por Walderez de Barros integra a mais nova exposição virtual do Museu da Pessoa: Ditadura: cotidianos e heranças, que entrou ao ar no dia 15 de setembro, no Dia Internacional da Democracia, e fica em destaque até dia 30 de novembro.
Em 2022, com a necessidade de defender a democracia, as vinte histórias de vida da exposição surgem como uma referência para entender o que o país herdou dos 21 anos do governo militar de 1964. A exposição apresenta experiências subjetivas a respeito de como é viver num regime autoritário, em período de interrupção e regressão de acesso à direitos humanos, civis, políticos e sociais.
Ditadura: cotidianos e heranças conta com a curadoria de Mauro Malin, jornalista e sócio-fundador do Museu da Pessoa, Karen Worcman, fundadora e diretora do Museu e Lucas Torigoe, coordenador de pesquisa da instituição.