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História
Por: Museu da Pessoa,

Viver é uma decisão que eu tomo todos os dias

Esta história contém:

Viver é uma decisão que eu tomo todos os dias

Vídeo

Desde que eu comecei minha vida sexual eu fazia exames preventivos, eu fazia colposcopia ótica, fazia preventivo contra o câncer, eu sempre fiz isso, sempre me cuidei. E tinha descoberto um HPV, tinha feito tratamento, sabe, e tinha ficado boa, e quando eu passei esse tempo fora, eu fiquei sem fazer meu preventivo, né. Quando eu voltei, eu protelei um pouco isso e quando eu fui fazer meu preventivo, descobri que eu tava com câncer de útero. Foi um preventivo muito bem feito, porque tava muito no começo, isso salvou a minha vida, mas eu tive um adenocarcinoma, que é um tumor devastador, é um câncer devastador, ele é mortal mesmo. Se ele é descoberto tarde, ele não tem cura mesmo, ele é muito difícil de curar. Como eu tava muito no início, então eu tive tempo de fazer o que chama de conização, tirar um pedaço do útero. O médico foi muito legal, porque ele disse: "você é muito nova”, eu tinha 34 anos. “Você é muito nova ainda, você pode ter filho. Você quer ter filho?”, e eu disse: “quero”. E aí fizeram aqueles exames todos pra saber se tinha foco, se não tinha, aí deu tudo certo, tudo livre e eu fiquei boa. Quarenta dias depois, eu descobri um nódulo na minha mama direita, voltei correndo pro médico e aí ele pediu um ultrassom, fiz o ultrassom e o ultrassom deu que era um nódulo fibroso, eu comecei a fazer um tratamento desse nódulo fibroso com remédio natural, e nada do negócio ir embora, o nódulo crescendo. Três meses depois eu fiz outro ultrassom, de novo veio o mesmo diagnóstico. Isso era, abril eu descobri, final de abril eu descobri, maio eu fiz o exame, o ultrassom, em agosto eu fiz outro exame, que foi o que deu o segundo diagnóstico, que era nódulo fibroso. Quando foi em setembro, logo no começo de setembro, ele começou a aumentar muito, o nódulo, e aí um dia ele amanheceu, ele tava roxo aqui, um negócio gigante, parecia um limão, saca? Um negócio grande, aí eu acordei com...

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Dados de acervo

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Projeto Medley

Depoimento de Sephora Silva

Entrevistada por

Local

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Camila Inês Schmitt Rossi

[00:00:01]

P/1 – Eu quero saber, pra começar, o seu nome todo, sua data de nascimento e onde você nasceu.

[00:00:08]

R – Bom, meu nome é Sephora Silva, quer dizer, Sephora Ferreira da Silva, mas eu uso Sephora Silva, que é um nome mais artístico, que eu uso para o trabalho. Eu nasci na cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, no dia 20 de novembro de 1973, tenho 56 anos, já já é meu aniversário. E... bom, comecei a minha vida lá, mas muito bebê eu fui pra São Paulo, São José dos Campos, que foi a cidade onde eu fui criada e é o lugar onde eu digo até hoje que é a minha casa.

[00:00:53]

P/1 – E como é o nome dos teus pais?

[00:00:56]

R – (choro) Eu sou muito emotiva cara, eu começo a falar e começo a chorar, que horror isso!

[00:01:02]

P/1 - Nem começou e você já tá chorando?! (risos)

[00:01:04]

R – Nem comecei, pra você ver como eu gosto da minha vida, como a minha vida é importante pra mim, né. Como é importante pra mim viver, como a minha vida é importante e como eu dou valor à minha vida. Só de pensar que eu nasci e que eu ainda tô viva, eu já fico emocionada. Pensar no meu pai e na minha mãe que me aceitaram, que me quiseram, eu fico emocionada! Já pensou? Deixa eu pegar aqui o lencinho de papel, mas vai passar, isso foi só o primeiro impacto, daqui a pouco eu me acostumo e isso passa, foi só o primeiro impacto.

[00:01:54]

P/1 - E acho que também tem essa coisa da pandemia, deixa a gente mais sensível ainda né?

[00:02:00]

R - Acho que não viu Lila, eu sou assim mesmo, eu sou escorpiana cara, igual você, a gente é muito sensível.

[00:02:09]

P/1 - Eu também, de que dia você é mesmo?

[00:02:11]

R - Dia 20 de novembro, tu é 17, né, eu lembro! Então pô, acabou com a minha maquiagem isso, não acredito... tá muito manchadinho? (risos)

[00:02:24]

P/1 –...

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