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História
Personagem: Ednéa Martins
Por: Museu da Pessoa, 6 de outubro de 2011

Viva a sociedade alternativa

Esta história contém:

Viva a sociedade alternativa

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“Minha ligação com química vem desde pequena. Eu gostava de ler bula de remédio, esse mundo das fórmulas me encantava. Eu sei que depois estudei Química e, quando estava no segundo, terceiro ano da faculdade, fui dar aulas. Aí também eu me sentia feliz, porque eu ensinava a teoria através da prática. Eu sempre dei aula com um olhar voltado para a natureza e, de algum modo, isso foi me aproximando do mundo da Nutrição e dos fármacos. Então, com essa coisa de ter uma vida natural, uma alimentação adequada, o interesse pela Fitoterapia e pela Homeopatia foi se acentuando cada vez mais. Enfim, lecionei por muitos anos e me aposentei. Mas eu achava que tinha que continuar trabalhando em alguma coisa, eu comecei a pensar em montar um comércio − meus pais também tinham sido comerciantes, esse lado existia também forte. E aí minha irmã também estava saindo de trabalhar em multinacional, já muito frustrada, trabalhar em RH, nós nos unimos e começamos a pensar em algo relacionado a produtos naturais. Quando a gente começou a fazer a pesquisa em Pinheiros, vimos que só tinha lojas pequenas e que elas não conseguiam se estruturar e durar muitos anos, porque quem é naturalista mesmo quer ir em um lugar e achar tudo. Então acabava que as lojas pequenas não davam certo. Foi quando nós fomos buscar, então, o pessoal da Alternativa, em Moema, que já tinha um grande nome. E foi com esse pessoal que a gente fez uma sociedade no início. Aí, quando veio o Plano Real, eles faliram e nós compramos a marca: Alternativa Casa do Natural. A loja existe há 17 anos, na Rua Fradique Coutinho. Uma região perfeita, né? Nós fomos felizes, porque a Vila Madalena era um burburinho, os barzinhos, pessoal da USP se encontrava ali. Era o grande bochicho já naquela época, mas não com essa visão de bares; muito mais estudantes, psicólogos. Você tinha já vários consultórios, você tinha artistas na região. Todos que buscavam uma vida mais...

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Dados de acervo

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P/1 – Sra. Ednéa, primeiramente eu gostaria de agradecer a sua participação no nosso projeto e para começar eu gostaria que a sra. dissesse o seu nome completo, local e data do seu nascimento.

R – Ednéa Martins. Nasci em Santa Cruz do Rio Pardo, interior de São Paulo, em quatro de fevereiro de 48.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Euclides Martins Barbosa e Josefina Vilela Barbosa.

P/1 – A sra. tem irmãos?

R – Nós éramos em seis irmãos, atualmente estamos em três: o irmão mais velho, Edvar, e a irmã mais nova, Helena.

P/1 – E dentre esses seis irmãos a sra. é a primeira, segunda, terceira filha?

R – Dos seis filhos eu era a quarta. Agora que só estamos em três eu sou a do meio.

P/1 – E a sra. falou que sua família é de Santa Cruz do Rio Pardo. Onde se localiza a cidade?

R – Santa Cruz do Rio Pardo fica mais próxima de Ourinhos, portanto mais próxima do Paraná. É uma cidade de terra roxa, onde predomina a plantação de cana. Fiz parte de uma família bastante numerosa, porque os meus avós foram os fundadores da cidade e ainda temos lá muito primos.

P/1 – Seus avós fundaram a cidade?

R – É. Meus avós paternos. Meus avós maternos eram de Minas Gerais.

P/1 – Quais eram os nomes dos seus avós paternos?

R – João Candido e Undevina Martins.

P/1 – A sra. sabe dizer qual foi o motivo que os levou aquela região e a fundar uma cidade?

R – É... Não é bem que fundaram, né? Eles pegaram a cidade iniciando a sua população e mais porque eram plantadores. Então um pessoal que trabalhava mais com área de sítio. Chegaram, tomaram posse de algumas terras e por lá ficaram. Desbravaram ali a região. Mas não foram muito felizes nessa história não, porque no fim acabaram também perdendo muitas terras. E morreram lá. Cresceram e até o final da vida ainda estava todo mundo lá.

P/1 – E o seu pai? Ele herdou um sítio do pai dele?

R – Herdou só pouquíssima coisa. Os filhos todos quando...

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