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História
Por: Angelo Brás Fernandes Callou, 8 de fevereiro de 2022

Versos do Afeto

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Versos do Afeto

Versos do Afeto

Por Angelo Brás Fernandes Callou

Debruço-me sobre Versos do Afeto, organizado por Brenda Braga e Morgana Lima, com uma frase de García Lorca à mão: “A poesia é a união de duas palavras que ninguém poderia supor que se juntariam, e que formam algo como um mistério."

O mistério da poesia se revela por inteiro, e aqui temos que concordar com Rubem Braga, quando somos inesperadamente tomados de emoção, por uma frase de um poema, muitas vezes acionada por palavras comuns, mas que assumem, na arquitetura poética, a dimensão do sublime. É quando a sensibilidade do leitor se acasala à do poeta, e o faz reter este instante na memória afetiva, ou emocional, que involuntariamente é visitada, em momentos bons ou ruins da vida.

O relembrar desses instantes afetivo-poéticos também nos transforma, penso eu, em leitores-poetas. Poetas dos instantes.

“O que é música é para ser cantado / O que se ler, foi escrito.” (Felipe Braz).

“Quando corria, voltava sempre de coração vazio.” (Brenda Braga).

“Saudade da época em que tudo estava completo.” (Morgana Lima).

“Oitenta anos! Será que é velhice, / Dores, remédios, médicos / Ou experiência, vitória, vida? (Grace Braga).

São três gerações de uma família de poetas – Grace Braga, Brenda Braga, Felipe Braz e Morgana Lima –, mãe, filha e netos, respectivamente, que reafirmam laços afetivos pela poesia. Embora de gerações distintas, é a memória familiar – lugar, por excelência, dos afetos –, o fio condutor de uma poesia a outra, enredando o próprio leitor e suas memórias ao corpo poético do livro. É neste sentido, talvez, que Paul Celan se refira à poesia como um retorno à casa. Quem sabe, a nós mesmos.

Grace, cujos poemas abrem a coletânea, faz parte de uma geração que ama a poesia. Tenho lembranças, ainda muito jovem, de vê-la declamando poemas inteiros de...

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