Seu Francisco, filho de seu Carlos Ozório Souza Caldas (in memoriam) e da Professora Maria Lúcia Geretto Caldas (in memoriam) patrona da nossa escola, nunca se esqueceu dos detalhes que marcaram a história de sua mãe, conta com emoção o amor que sua mãe depositava a sua profissão, a qual exerceu a vida toda com dedicação. Durante a infância seguia a sua mãe em suas jornadas a escola pois era muito pequeno e ela não tinha com quem deixa-lo, por isso ele ia com ela a escola. A primeira escola que lecionou, se chamava Escola Isolada do Bairro Taquaral, era escola do estado naquela época, dava aulas para as turmas de 1º, 2º e 3º anos e lecionou ali até quase se aposentar. A escola ficava na fazenda, onde foi construída a 50 metros da cede, tinha janelas de madeira, porta de madeira com duas folhas e um quadro negro grande, três fileiras de carteiras de dois alunos cada, parafusadas no assoalho da sala, em cada fileira havia uma série até o terceiro ano, onde estudavam os três anos juntos, quem terminava até aí precisava vir até a cidade para continuar. A primeira escola que a professora Maria Lúcia lecionou ainda existe até hoje, e sua irmã reformou-a mantendo assim seu formato e aspectos originais. Na porta dessa escola hoje encontra-se uma placa de madeira com os dizeres: “escolinha da professora Maria Lúcia”. Durante as aulas que assistiu, conta que sua mãe era muito brava, e que como de costume da época castigava os alunos pondo-os de joelho no milho, com reguadas na mão etc. Lembra-se ele de que quando chegou à idade de frequentar a escola, sua mãe sempre lhe dizia que a melhor fazenda que ele poderia conseguir seria o conhecimento e que isso o dinheiro não poderia lhe dar. Lembra-se que se sua professora enviasse recados de seu comportamento inadequado em sala de aula, sua mãe, lhe castigava em casa, para que ele se comportasse daí por diante, sendo assim, acabava sendo castigado duas vezes, uma...
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Seu Francisco, filho de seu Carlos Ozório Souza Caldas (in memoriam) e da Professora Maria Lúcia Geretto Caldas (in memoriam) patrona da nossa escola, nunca se esqueceu dos detalhes que marcaram a história de sua mãe, conta com emoção o amor que sua mãe depositava a sua profissão, a qual exerceu a vida toda com dedicação. Durante a infância seguia a sua mãe em suas jornadas a escola pois era muito pequeno e ela não tinha com quem deixa-lo, por isso ele ia com ela a escola. A primeira escola que lecionou, se chamava Escola Isolada do Bairro Taquaral, era escola do estado naquela época, dava aulas para as turmas de 1º, 2º e 3º anos e lecionou ali até quase se aposentar. A escola ficava na fazenda, onde foi construída a 50 metros da cede, tinha janelas de madeira, porta de madeira com duas folhas e um quadro negro grande, três fileiras de carteiras de dois alunos cada, parafusadas no assoalho da sala, em cada fileira havia uma série até o terceiro ano, onde estudavam os três anos juntos, quem terminava até aí precisava vir até a cidade para continuar. A primeira escola que a professora Maria Lúcia lecionou ainda existe até hoje, e sua irmã reformou-a mantendo assim seu formato e aspectos originais. Na porta dessa escola hoje encontra-se uma placa de madeira com os dizeres: “escolinha da professora Maria Lúcia”. Durante as aulas que assistiu, conta que sua mãe era muito brava, e que como de costume da época castigava os alunos pondo-os de joelho no milho, com reguadas na mão etc. Lembra-se ele de que quando chegou à idade de frequentar a escola, sua mãe sempre lhe dizia que a melhor fazenda que ele poderia conseguir seria o conhecimento e que isso o dinheiro não poderia lhe dar. Lembra-se que se sua professora enviasse recados de seu comportamento inadequado em sala de aula, sua mãe, lhe castigava em casa, para que ele se comportasse daí por diante, sendo assim, acabava sendo castigado duas vezes, uma pela professora em sala de aula e outra pela sua mãe que não deixava passar nada Conta com entusiasmo as brincadeiras de sua infância, o carrinho de rolimã, as figurinhas que usava para brincar de “bafo” com os colegas, bolas de meia, e como era complicado fazer uma ligação naquela época. Seu Francisco conta ainda que sua mãe tinha uma certa paixão pelo bairro dos Bancários, antes denominado bairro do “Kiko”. O bairro era uma fazenda cujo o proprietário Walfrido Roberto que tinha como apelido “Kiko”, fez um loteamento. Na época Ibitinga era muito pequena e o povo começou a chamar de vila do “Kiko”, logo depois os funcionários do banco do estado de são Paulo aqui de Ibitinga, comprou essa chácara onde se vê o Clube dos Bancários, então as pessoas diziam que iam na Vila dos Bancários. Teve ainda o conhecimento de que sua mãe tinha muitos amigos nesse bairro, e que ela ajudava como podia, pois dizia que ninguém é tão rico que não precise de nada e nem tão pobre que não possa dar uma ajuda, as vezes ela ajudava com uma palavra, as vezes com algo material, e tantas outras coisas que nem chegaram ao nosso conhecimento. A família de Seu Francisco tem até hoje muito carinho pelo bairro e pela escola que leva o nome de sua mãe. A professor Maria Lucia foi professora durante toda a sua vida, infelizmente partiu muito cedo aos 49 anos de idade, dedicada como sempre foi a sua profissão, o senhor Sérgio da Fonseca resolveu fazer um projeto de lei onde foi aprovado na Câmara Municipal e levado ao Estado, pois na época a escola era estadual e não municipal, onde aprovaram que fosse dado à escola do bairro que ela tanto amava, o nome da Patrona Maria Lúcia Geretto Caldas. Quando ela estava se aproximando da aposentadoria ela assumiu a direção do anexo ao SENE, pra conseguir melhorar o salário para se aposentar, o SENE era onde é hoje a ETEC, ali ficou um ano e quatro meses, conseguiu a aposentadoria dois anos depois faleceu. Seu Francisco expressou com emoção, de que sua mãe, professora a vida toda teria o maior orgulho de saber que hoje tem uma escola, ambiente ao qual se dedicou e amou muito, levando seu nome pela eternidade, e sendo um canal de educação de tantas crianças do bairro que ela teve um carinho especial durante sua estadia aqui em nosso meio.
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