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História
Personagem: Jair do Amaral
Por: Museu da Pessoa, 28 de outubro de 2015

Uma vida em prol do cooperativismo

Esta história contém:

Uma vida em prol do cooperativismo

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Nasci em São Paulo, em 18 de abril 1971. Meu pai é Nelson do Amaral e minha mãe é Marinalva de Souza Amaral, também nasceram em São Paulo. O meu pai trabalhava na Pincéis Tigre, e minha mãe, pelas histórias que eu ouço, trabalhava nas Pernambucanas. Tenho dois irmãos, o Josiel e o Gilson do Amaral, um é engenheiro mecânico, e o outro, engenheiro elétrico. Passamos toda a nossa infância em Pirituba, brincávamos juntos, aprontávamos juntos. Era uma casa bem simples, mas com um quintal bem grande. Lá tinha a nossa jabuticabeira enorme, várias árvores frutíferas, criava galinha, era como se fosse uma casinha da roça. Eu gostava de ouvir música de vinil, inclusive até hoje eu tenho esse costume; a nossa ligação com eletrônico era mais no videogame, o Atari, aqueles jogos mais antigos, mas as brincadeiras mesmo, nossa diversão, era sempre lúdica, na rua, enfim, solto.

Nessa época era muito a cultura da reutilização. As embalagens praticamente não existiam, porque vinha tudo num saquinho de papel. O leite, você fazia aquela troca, colocava o vidro na porta de casa, passava o caminhão do leite, ele pegava a garrafa vazia e colocava a garrafa cheia. Com o lixo a mesma coisa, você colocava o lixo numa lata de tinta, que passava lá o caminhão do lixo pra recolher o lixo, ele pegava e batia essa lata no caminhão e devolvia a lata. Era uma função das crianças correr atrás das latas, porque eles nunca deixavam a lata na porta de casa, eles pegavam, na correria da coleta de lixo, e saiam batendo e iam jogando as latas pras calçada.

Quando passei na oitava série eu já estava procurando trabalho. Comecei a trabalhar na PUC de São Paulo com 13 pra 14 anos, fiz um concurso lá e fui selecionado. E dentro da PUC tem um plano de carreiras, que concluindo o segundo grau você pode prestar um concurso pra outro cargo. Entrei na PUC, em Ciências da Computação e cursei dois anos. Só não era o curso que eu queria. Aí eu voltei à minha...

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Projeto Histórias Que Reciclam

Depoimento de Jair do Amaral

Entrevistado por Lucas Torigoe

São Paulo, 28 de outubro de 2015

HQR_HV004_Jair do Amaral

Realização Museu da Pessoa

Transcrito por Claudia Lucena

P/1 – Jair, fala o seu nome completo pra gente, local e data de nascimento.

R – Jair do Amaral, nasci em São Paulo, em 18 de abril 1971.

P/1 – O seu pai, qual que é o nome inteiro dele e aonde nasceu?

R – Meu pai é Nelson do Amaral, ele nasceu também aqui em São Paulo, em 1931.

P/1 – Qual que é a história da família dele? Como é que ele veio parar em São Paulo?

R – Então, as referências são poucas, né, porque eu tive pouco contato com os meus avós paternos, né, e maternos também, eu não fui aquela criança que tinha, que ia pra casa do vô, da vó, né? E meu pai, ele casou tarde, né, com 37, 35, 37 anos, e as minhas lembranças são bem vagas em relação ao meu avô paterno, principalmente, e ao meu avô materno, então as referências são poucas. Mas eu sei que são, assim, que foram pessoas pobres, né, no caso do meu pai, são de São Paulo e, no caso da minha mãe, parece que do interior de Minas Gerais.

P/1 – Já que você falou, qual que é o nome da sua mãe?

R – Da minha mãe é Marinalva de Souza Amaral, também nasceu aqui em São Paulo, em 1945, mas ela veio, se eu não me engano, na barriga ainda da minha avó, que era do interior de Minas Gerais, se eu não me engano também, de Getulina.

P/1 – Você sabe o que o seu pai e a sua mãe faziam quando eles se conheceram?

R – O meu pai, ele trabalhava na Pincéis Tigre, uma fábrica de pincéis famosa, né, aqui em São Paulo, e minha mãe, pelas histórias que eu ouço, ela trabalhava nas Pernambucanas. Eu não sei como eles se conheceram, eu acho que é até uma falha minha, eu não ficava buscando esse retrocesso familiar de como aconteceram as coisas, enfim, a gente procura viver mais o dia a dia, o presente e o futuro, o passado é uma, o meu...

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