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História
Personagem: Fortunato Chocron
Por: Museu da Pessoa, 26 de abril de 2010

Uma vida em Óbidos

Esta história contém:

Uma vida em Óbidos

Vídeo

Uma indústria de castanha: foi isso que eu meti na cabeça na década de 60... uma indústria de castanha. Meu pai veio de Marrocos para o Brasil porque a situação econômica de todos os judeus, especialmente da família dele, era dificílima. Foi comerciante aqui. Eu ia fazer faculdade, porque esse era o sonho do meu pai. Depois achei que o meu sonho era continuar o trabalho dele. Ele já estava envelhecendo, estava cedendo o lugar dele pros outros. Eu disse: “Bom, então eu tenho que ir pra lá pra manter. E vou entrar no meio da briga.” E vim e entrei na briga. Acabou que durante três anos fui o maior exportador de castanha e frutas secas do mundo. Eu tinha o desejo de ser grande, de dar emprego. Em troca, eu recebia respeito e conceito. Eu sempre achei que eu devia ser útil onde eu vivia.

Palavras-chave: destaque
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Fortunato Chocron

legenda: Fortunato Chocron e esposa na manufatura da castanha do Pará.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / óbidos
imagem de: Fortunato Chocron
história: Uma vida em Óbidos
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Depoimento de Fortunato Chocron

Entrevistado por Karen Worcman

Óbidos, 26 de abril de 2010

Realização Museu da Pessoa

Entrevista nº MB_HV119

Transcrita por Rodrigo Fonseca

Revisado por Fernanda P. Prado

Tags: Óbidos, infância, família, comunidade judaica, imigração, viagem de navio, pai, comércio, colégio interno, indústria de castanha, casamento, crise econômica, sonho.

P/1 – Qual o seu nome, o local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Fortunado Chocron, nasci em Manaus, 25 de abril de 1940.

P/1 – Ah, o senhor nasceu em Manaus?

R – Sim, porque naquela época os comerciantes da região iam para Manaus. Era mais fácil o transporte e mais fácil também, naquele momento, o contato com a comunidade judaica. E o meu pai, então, ia pra Manaus a trabalho, conheceu a minha mãe em Manaus, casou em Manaus e eu nasci em Manaus, possivelmente pela necessidade de fazer o batizado se fosse homem, né?

P/1 – O senhor fez, pelo menos é a palavra que eu conheço, britz milah?

R – Britz milah.

P/1 – O senhor fez lá em Manaus?

R – Fiz lá em Manaus.

P/1 – Quer dizer, nessa época, o seu pai morava em Óbidos ou em Manaus?

R – Morava em Óbidos.

P/1 – O seu pai, mas e sua mãe?

R – Minha mãe morava em Manaus.

P/1 – Então, como era o nome completo do seu pai?

R – Abraão Fortunato Chocron.

P/1 – E o seu pai ele nasceu aonde?

R – Em Tétouan, naquela época protetorado espanhol. Hoje, parte do país que é o Marrocos.

P/1 – O senhor conhece a história do seu pai? Onde ele nasceu e porque que ele veio pro Brasil?

R – Sim.

P/1 – O senhor pode contar?

R – Ele veio pro Brasil porque a situação econômica de todos os judeus, especialmente da família dele e de alguns mais, era dificílima. Então, ele veio pro Brasil com a incumbência de trabalhar pra se manter, de trabalhar pra ajudar os pais lá em Marrocos e, como o Brasil era conhecido como a terra do futuro, a terra da esperança, não é?...

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Título: Uma vida em Óbidos

Data: 26 de abril de 2010

Local de produção: Brasil / Pará / óbidos

Personagem: Fortunato Chocron
Entrevistador: Karen Worcman
Transcritor: Rodrigo Fonseca
Revisor: Fernanda Prado
Autor: Museu da Pessoa

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