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História
Personagem: Glórya Rios
Por: Museu da Pessoa, 9 de janeiro de 2010

Uma vida de Glórya

Esta história contém:

Uma vida de Glórya

Vídeo

Minha mãe vendeu uma casa pra uma senhora, ela tinha uma filha que morava aqui em São Paulo. E eu queria vir pra São Paulo. Aí ela falou: “Você não quer tomar conta da loja da minha filha?” Eu falei: “Vou”, aí eu vim. Mas a loja era terrível, se ela estiver ouvindo me desculpe, mas foi horrível. Ela morava ali perto do Joelma, aquele prédio Joelma. Em 1968, o frio era demais, eu não tinha roupa pra frio, doíam as pernas, doía as costas, doía tudo. A loja era na 25 de Março, eu tinha que abrir a loja e tomar conta do caixa, dividir a comida pros funcionários. Isso ela me mantinha, mas dizendo que ia me apresentar à assessoria do Roberto Carlos, levantou essa história pra eu ficar na loja e eu ficava. Mas foi fascinante, porque eu não tinha acesso a nada, só a cinema, lá no Piauí não tinha televisão. Eu fiz a primeira música, gravei a primeira música, quando a televisão ia chegar lá. Quando eu vim embora, ainda não tinha chegado, não tinham montado a televisão. Quando eu cheguei em São Paulo, que eu subi o Viaduto do Chá, aquele burburinho de pessoas, a lágrima desceu e eu falei: “Meu Deus, era isso que eu queria”. Chorei, chorei demais. Mas também chorei outras vezes, quando eu fui tentar em gravadoras e não conseguia, e os homens, às vezes, percebiam que eu era tímida e faziam aquelas cantadas, acho que só pra mexer, tirando uma gracinha comigo. Eu me decepcionava e voltava chorando também pelo Viaduto do Chá: “Mas, não é assim que eu quero”. Essa amiga só pensava nela, não deixou eu procurar uma casa pra minha mãe, disse que não dava tempo, não sei o quê. Um amigo nosso, que trabalhava no balcão, cedeu o quarto dele no Brás. Minha mãe ficou com onze crianças dentro de um quarto, foi difícil. Aí, depois, ela alugou uma casa, naquela época era mais fácil vir pra São Paulo, ela conseguiu alugar uma casa sem fiador, foi muito bom, foi uma história muito boa. E eu saí desse emprego. Na Penha,...

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Glorya Ryos e Rabo de Foguete

Show com a banda Rabo de Foguete. Havia várias cantores no show, de vários estilos, o nome do projeto era Anhembi e o show foi na Praça da Republica.

local: Brasil / São Paulo / São Paulo
imagem de: Glórya Rios
história: Uma vida de Glórya
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Divulgando o Disco de Glorya Ryos

Foto tirada em um estúdio na Rua São Bento. Essa foto foi destinada a imprensa com o fim de divulgar o disco "Picante e brasileira"

período: Ano 1981
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
imagem de: Glórya Rios
história: Uma vida de Glórya
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Rainha do Forró

Glorya foi eleita Rainha do Forró pela Radio Campina Grande FM, não se lembra com detalhes como foi feita a eleição. Encontrou com Gonzagão, o pai, no show de premiação da Rádio.

período: Ano 1988
local: Brasil / Paraíba / Campina Grande
imagem de: Glórya Rios
história: Uma vida de Glórya
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Glorya, Mulher Atual

Estúdio da Rádio Atual, no bairro do Limão gravando o programa Mulher Atual

local: Brasil / São Paulo / São Paulo
imagem de: Glórya Rios
história: Uma vida de Glórya
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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P1 – Glórya, a gente queria começar perguntando pra você seu nome completo, local e a data de nascimento. 

R - Maria Assunção Souza, nome artístico Glórya Ryos. Eu nasci em Teresina, Piauí, na capital e estudei lá no Liceu.

P1 – Quais os nomes dos seus pais? 

R - Olha, não consta o nome do meu pai porque ele largou a minha mãe muito cedo e eu fui criada sentindo raiva dessa situação. Minha mãe é Teresinha de Jesus Souza, a pessoa que eu mais amo nessa vida. Minha mãe merece tudo, criou doze filhos sozinha, em São Paulo. Meu pai deixou minha mãe cedo e eu nem tomei conhecimento dele.

P1 – São quantos, você falou? 

R - Nós somos doze irmãos.

P1 – A sua família é da região de Teresina mesmo, no Piauí, ou é de outras regiões? 

R - A minha mãe nasceu em Campo Maior, depois foi pra capital. Nós, os filhos, nascemos em Teresina.

P1 – Você se lembra dessa infância em Teresina, das coisas de lá? 

R - A minha infância ela não foi assim muito... normal, de uma criança normal que brinca, que pula, porque eu sou a mais velha e todo mundo achava que eu era a boazinha. E eu, pra não desgostar a minha mãe, pra não decepcionar, parece que eu era assim, o espelho. Então, eu tinha vontade de fazer coisas de jogar pedra, de fazer coisas erradas, como toda a criança, mas eu não fazia, me segurava. Não fui uma criança normal, eu já era muito adulta pra idade. E eu achava que o Piauí era muito pequeno, eu tinha que ir pra outro lugar, porque eu achava que eu tinha que me expandir de alguma forma, eu não sabia como.

P1 – Deixa eu te perguntar: você se lembra do seu pai? 

R - Eu vi algumas vezes, ele quis se aproximar...

P1 – Mas nesse período da infância, você se lembra dele? 

R - Lembro, até depois de adulta eu fui visitá-lo, mas a minha mãe falava que ele tinha largado ela. Depois que eu estava adulta, já, ela falou: “Não, fui eu que deixei ele, porque não deu certo”. “Mas por que a senhora...

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Título: Uma vida de Glórya

Data: 9 de janeiro de 2010

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Personagem: Glórya Rios
Autor: Museu da Pessoa

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