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História
Personagem: Krystyna Drozdowicz
Por: Museu da Pessoa, 26 de abril de 1988

Uma judia guerreira

Esta história contém:

Uma judia guerreira

Dados de acervo

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Projeto Heranças e Lembranças

Entrevista de Krystyna Drozdowicz

Entrevistado por Karen Worcman e Paula Ribeiro e Patrícia

Rio de Janeiro, 26/04/1988 e 06/06/1988

Entrevista número: HL_HV017

Realização: Museu da Pessoa

Revisado por Luiza Gallo Favareto

R - Bom, primeiro eu quero consertar a pronúncia do meu nome. É Krystina Drozdowitch. Mas eu nasci Cypa Gorodecka. Nasci em Yanov by Pinsk, Yanov near Pinsk. Esse é na Rússia Branca. Era, antes da guerra foi a Rússia Branca. Depois eu nasci no quinze de novembro de 1916. E na Polônia. Já, depois da guerra, essa parte da Rússia Branca já passou pra Polônia. Então eu já cresci na Polônia. O que mais? Ah, você vai fazer perguntas?

P/2 - Eu gostaria que a senhora nos falasse um pouco, então, dos seus pais, irmãos, de onde eles são, onde eles nasceram, a data. A vida deles, a profissão do pai, da mãe. Como era a escola?

R - Bom, então... Como já falei, nasci durante a guerra. E essa cidadezinha pequena, Yanov, estava na fronteira. Entre os exércitos alemães e os exércitos russos. Um dia, a cidade Yanov estava nas mãos dos russos, outro dia estava nas mãos dos alemães. Assim, a fronteira... Fronteira? Como se diz?

P/2 - Fronteira. Mudava. Era sempre... Mudando.

R - Mudando. Na minha sorte, eu nasci, quando eu nasci, a cidadezinha... Não. Quando eu nasci, ainda estava nas mãos dos russos. Mas depois os alemães conquistaram. Porque com meio ano eu peguei um tifo. E eles estavam estranhando muito uma criança de sete meses, um neném de sete meses com tifo, então eles estavam muito interessados pra me salvar. E me levaram junto com a mãe para hospital alemão e me tiraram. Bom, então nasci numa noite chuvosa, fria, de novembro. Bombas flutuavam de um lado para outro lado, de modo muito dramático. Meu pai cavou uma... Como se chama?

P/2 - Trincheira. Um buraco pra se defender.

R - Como? Trincheira. No chão, fora da casa, porque na casa estava perigoso. E cobriram com madeira,...

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