Em uma tarde de outubro, na biblioteca da Escola Municipal Levindo Mariano, dona Irene contou um pouco da sua história de vida. Ela irradiava uma luz e uma alegria que são raros de encontrar.
A senhora forte e guerreira nos contou sobre sua infância simples em Amorés, município na divisa com o Espírito Santo. Foi uma infância feliz, apesar das dificuldades que teve para ajudar os pais a cuidarem dos irmãos menores e a venderem produtos nas feiras da cidade, única renda da família.
Quando adolescente, sonhava em ser freira, mas a desaprovação do pai a fez desistir desse sonho.
Aos 14 anos, conheceu Nelsino. Casaram-se quando ela tinha 22, com as bençãos do pai, senhor Oliveiro: “Que Deus abençoe a união de vocês”. Foi a última vez que ela o viu.
Irene encontrou seu único e verdadeiro amor, que a acompanhou em todas as jornadas e desafios que o caminho a dois lhes oferecia. Juntos viajaram por Minas e Espírito Santo, na corrida por emprego e para sustentar a família.
Após o falecimento da mãe de Nelsino, em 1980, a família mudou-se para Coronel Fabriciano. Em fevereiro de 1981, compraram uma casa em Ipatinga e estabeleceram-se no bairro Bom Jardim, onde dona Irene reside até hoje.
A chegada desse casal foi um presente para uma comunidade que precisava tanto de amor e acolhimento, coisa que dona Irene sabe fazer muito bem. Ela cuidou de crianças, fundou e administrou creches e associação de bairro, acolheu doentes, deu de comer a quem tinha fome. Nessa empreitada, contava sempre com a participação e o carinho do esposo.
No bairro, formou e casou todos os filhos, teve netos, ganhou amigos, criou laços. Foi reconhecida pelo seu trabalho com a comunidade pelas autoridades municipais, mas nunca se engrandeceu por isso.
Um momento de grande tristeza foi o falecimento do seu companheiro. Eles tinham uma conexão linda. Segundo ela, eles se comunicavam apenas pelo olhar; era um amor que dispensava palavras... Seu suspiro...
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Em uma tarde de outubro, na biblioteca da Escola Municipal Levindo Mariano, dona Irene contou um pouco da sua história de vida. Ela irradiava uma luz e uma alegria que são raros de encontrar.
A senhora forte e guerreira nos contou sobre sua infância simples em Amorés, município na divisa com o Espírito Santo. Foi uma infância feliz, apesar das dificuldades que teve para ajudar os pais a cuidarem dos irmãos menores e a venderem produtos nas feiras da cidade, única renda da família.
Quando adolescente, sonhava em ser freira, mas a desaprovação do pai a fez desistir desse sonho.
Aos 14 anos, conheceu Nelsino. Casaram-se quando ela tinha 22, com as bençãos do pai, senhor Oliveiro: “Que Deus abençoe a união de vocês”. Foi a última vez que ela o viu.
Irene encontrou seu único e verdadeiro amor, que a acompanhou em todas as jornadas e desafios que o caminho a dois lhes oferecia. Juntos viajaram por Minas e Espírito Santo, na corrida por emprego e para sustentar a família.
Após o falecimento da mãe de Nelsino, em 1980, a família mudou-se para Coronel Fabriciano. Em fevereiro de 1981, compraram uma casa em Ipatinga e estabeleceram-se no bairro Bom Jardim, onde dona Irene reside até hoje.
A chegada desse casal foi um presente para uma comunidade que precisava tanto de amor e acolhimento, coisa que dona Irene sabe fazer muito bem. Ela cuidou de crianças, fundou e administrou creches e associação de bairro, acolheu doentes, deu de comer a quem tinha fome. Nessa empreitada, contava sempre com a participação e o carinho do esposo.
No bairro, formou e casou todos os filhos, teve netos, ganhou amigos, criou laços. Foi reconhecida pelo seu trabalho com a comunidade pelas autoridades municipais, mas nunca se engrandeceu por isso.
Um momento de grande tristeza foi o falecimento do seu companheiro. Eles tinham uma conexão linda. Segundo ela, eles se comunicavam apenas pelo olhar; era um amor que dispensava palavras... Seu suspiro profundo trouxe à tona uma admiração misturada com a dor da saudade que ainda bate forte em seu peito.
Hoje, dona Irene não está ativamente ligada a nenhum grupo, pois sua saúde não permite mais. Entretanto, seu amor e, principalmente, seu exemplo, permanecem presentes nos trabalhos que ela iniciou há mais de 40 anos.
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