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História
Personagem: Dalva
Por: Museu da Pessoa, 8 de outubro de 2007

Uma empreendedora cultural

Esta história contém:

Uma empreendedora cultural

Meu nome é Vicentina Dalva Lyra de Castro. Eu nasci em Penedo, cidade aqui vizinha, em 18 de novembro de 1971. Aqui em Alagoas. Meu pai é José de Castro Silva, minha mãe é (Gislene?) Castro de Lyra e Silva, mas eu tenho mais além dela. (risos) Eu tive o privilégio de ter muitas mães. Assim, eu tenho a Baunga, Maria Domingos. Ela me criou. Quando eu nasci ela já morava em casa e até hoje vive comigo, cuida dos meus filhos. È uma avó assim dedicada

Minha infância eu passei em vários lugares. Meu pai, ele viajava pra um local e pra outro. Ele era técnico agrícola de acordo com o local pra onde ele ia. Assim, ele ia trabalhar em local tal, então, a gente ia junto. Eu passei um tempo em Penedo, morei lá, estudei, depois passei um tempo em Pindorama, depois eu passei aqui em Piaçabuçu. Acho que a maior parte eu passei aqui em Piaçabuçu. Tudo em Alagoas.

Eu acho que a mudança do rio, a gente percebe, por exemplo na questão do arroz, na falta das cheias periódicas. A própria relação com o rio que eu acho que às vezes vai diminuindo, embora acho que não seja muito forte aqui ainda. Mas eu acho que eu, por exemplo, ontem aqui estava falando da questão de tomar banho, não é? Eu cresci tomando banho de rio. Minha mãe ia pra beira do porto sempre. Já ia morrendo afogada algumas vezes e minha mãe me puxava pelos cabelos. Então essa relação com o rio é uma relação muito, muito forte. É tem uma preocupação muito grande, porque eu fico me perguntando: “Até quando a gente vai poder tomar banho de rio?”

Meu pai é um artista. (risos) É engraçado isso porque é assim, meu pai e minha mãe são contradições e assim se completam. Meu pai era explosivo, eu pareço muito com ele às vezes, eu acho. Mas grosso, muita gente tinha medo dele, ele tem uma cara trancada assim... O pessoal morria de medo dele. Minha mãe sempre foi a delicadeza de conversar. Meu pai não conversava com filho. É...

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Memórias dos Brasileiros

Depoimentos de Vicentina Dalva Lyra de Castro (Dalva)

Entrevistado por Winny Choe e Julia Basso

Piaçabuçu, 08/10/2007

Realização: Museu da Pessoa

MB_HV064

Transcrito por Luany Promenzio

Revisado por Paulo Ricardo Gomides Abe

P/1 – Dalva, eu queria pra gente começar, você falasse seu nome completo, a cidade que você nasceu, data do seu nascimento.

R - Bom, meu nome é Vicentina Dalva Lyra de Castro. Eu nasci em Penedo, cidade aqui vizinha, em 18 de novembro de 1971. Aqui em Alagoas.

P/1 – E qual o no me dos seus pais?

R - Meu pai é José de Castro Silva, minha mãe é (Gislene?) Castro de Lyra e Silva, mas eu tenho mais além dela. (risos) Eu tive o privilégio de ter muitas mães. Assim, eu tenho a Baunga, Maria Domingos. Ela me criou. Quando eu nasci ela já morava em casa e até hoje vive comigo, cuida dos meus filhos. È uma avó assim dedicada. E ainda teve a madrinha Sofia, que era madrinha de minha mãe também e que é uma lembrança muito forte em minha vida. Até quando eu casei, ela já era bem velhinha. E assim ela também foi uma referência muito forte. Então eu tive muitas mães.

P/1 – E você tem irmãos?

R – Tenho cinco irmãos. Tenho duas mulheres e três homens. As mulheres são mais novas que eu e os homens são mais velhos. É tudo "divididozinho", três e três.

P/1 – Você está meio no meio ali.

R – É, bem no meio.

P/1 – E você cresceu em Penedo na sua infância?

P/1 – Minha infância eu passei em vários lugares. Meu pai, ele viajava pra um local e pra outro. Ele era técnico agrícola de acordo com o local pra onde ele ia. Assim, ele ia trabalhar em local tal, então, a gente ia junto. Eu passei um tempo em Penedo, morei lá, estudei, depois passei um tempo em Pindorama, depois eu passei aqui em Piaçabuçu. Acho que a maior parte eu passei aqui em Piaçabuçu.

P/1 – E é tudo aqui no Estado de Alagoas?

R – Tudo em Alagoas.

P/1 – Seu pai como técnico de...

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