Meu nome é Jair Lot Vieira, nasci em Borebi em 03 de fevereiro de 1946. Amanhã, faço 75 anos. E pretendo viver mais 40 anos. Meu pai era Inácio Conceição Vieira, e minha mãe, Henriqueta Lott Vieira. Meu pai era ferroviário e naquela época, lá em Borebi, tinha um pequeno ramal da Estrada de Ferro Sorocabana, que em 1954 foi extinto. Aí meu pai foi transferido pra trabalhar em Bauru, e nós mudamos pra cá.
Nós morávamos ali na Rua Floriano Peixoto. E meu pai trabalhava conduzindo trem de carga, de Bauru a Botucatu. Ele saía de manhãzinha e voltava à noite. Era comum isso aí, era o normal da época. As ruas eram todas sem calçamento, sem guias, mas era muito gostoso ali. Passava pro outro lado do rio com pinguela, não tinha ponte ainda.
Quando eu terminei o grupo escolar no Silvério São João, estudei no Ernesto Monte e depois fiz o Senac, ali na Avenida Nações Unidas, que era o Técnico de Contabilidade. Deveria ter feito curso clássico, que eu mais me identificava, mas não deu certo. Aí eu fui ser técnico, mas eu não entendo nada de contabilidade. De todos os cursos que eu fiz, a melhor escola foi o Instituto de Educação Ernesto Monte. Eu fiz posteriormente a faculdade de Comunicação Social, na Fundação Educacional de Bauru, e fiz Direito no Instituto Toledo de Ensino, mas a melhor escola de todas foi o Ernesto Monte. Era muito bom o nível dos professores, eu gostei muito!
Aí eu fui trabalhar pra família Toledo, e por ser um trabalho muito ligado à faculdade de Direito, eu fui fazer o curso. Terminei em 1971. Em 1974, eu ingressei no curso de Comunicação Social que era recém-criado, mas eu só fiz o curso e não fiz nenhuma especialidade. Nessa época, eu estava já começando no comércio e resolvi seguir carreira no comércio.
Mas a vida profissional, mesmo, eu já comecei em 1960. Eu tinha 14 anos. Trabalhei com a família Toledo, em especial o Doutor Maurício Toledo....
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Meu nome é Jair Lot Vieira, nasci em Borebi em 03 de fevereiro de 1946. Amanhã, faço 75 anos. E pretendo viver mais 40 anos. Meu pai era Inácio Conceição Vieira, e minha mãe, Henriqueta Lott Vieira. Meu pai era ferroviário e naquela época, lá em Borebi, tinha um pequeno ramal da Estrada de Ferro Sorocabana, que em 1954 foi extinto. Aí meu pai foi transferido pra trabalhar em Bauru, e nós mudamos pra cá.
Nós morávamos ali na Rua Floriano Peixoto. E meu pai trabalhava conduzindo trem de carga, de Bauru a Botucatu. Ele saía de manhãzinha e voltava à noite. Era comum isso aí, era o normal da época. As ruas eram todas sem calçamento, sem guias, mas era muito gostoso ali. Passava pro outro lado do rio com pinguela, não tinha ponte ainda.
Quando eu terminei o grupo escolar no Silvério São João, estudei no Ernesto Monte e depois fiz o Senac, ali na Avenida Nações Unidas, que era o Técnico de Contabilidade. Deveria ter feito curso clássico, que eu mais me identificava, mas não deu certo. Aí eu fui ser técnico, mas eu não entendo nada de contabilidade. De todos os cursos que eu fiz, a melhor escola foi o Instituto de Educação Ernesto Monte. Eu fiz posteriormente a faculdade de Comunicação Social, na Fundação Educacional de Bauru, e fiz Direito no Instituto Toledo de Ensino, mas a melhor escola de todas foi o Ernesto Monte. Era muito bom o nível dos professores, eu gostei muito!
Aí eu fui trabalhar pra família Toledo, e por ser um trabalho muito ligado à faculdade de Direito, eu fui fazer o curso. Terminei em 1971. Em 1974, eu ingressei no curso de Comunicação Social que era recém-criado, mas eu só fiz o curso e não fiz nenhuma especialidade. Nessa época, eu estava já começando no comércio e resolvi seguir carreira no comércio.
Mas a vida profissional, mesmo, eu já comecei em 1960. Eu tinha 14 anos. Trabalhei com a família Toledo, em especial o Doutor Maurício Toledo. A faculdade era na Vila Falcão, mas eles tinham um posto de apoio no centro da cidade, que era no Edifício Drogasil. Ali que eu comecei. E esse posto de apoio vendia as apostilas do curso e vendia livros. Foi quando eu comecei a ter os primeiros contatos com livros e gostei. Continuei lá uns cinco anos. Mas aí houve uma briga política por causa dos cursos vagos, e as apostilas perderam força. Isso foi em 1966, e eu já queria definir a minha vida. Aí eu comecei a vender livros de Direito e agreguei também livros universitários de outras áreas. Fazia faculdade à noite e vendia os livros de dia. Eu mantive o nome Daio por um tempo, até que criamos o nome Jalovi, que taz as iniciais do meu nome e sobrenome. Conseguimos abrir um ponto na Rua Treze de Maio, esquina com Rodrigues Alves, e lá começou. Mas ainda era um predinho, só uma tripinha, não tinha nem banheiro.
O negócio foi crescendo, a gente mudou de prédio algumas vezes, até que nós alugamos onde era a agência Ford Salmen, onde está até hoje. Ali era agência de carro, então era uma loja grande, e nós entramos ali em 1980. Depois, nesse meio tempo, nós criamos um pontinho lá no alto da cidade e, mais tarde, ampliamos para fazer aquela loja grande, a Jalovi dos Altos da Cidade.
Ampliamos pra zona sul, porque Bauru, hoje, é muito diferente de quando eu iniciei. Eu conheço a Rua Batista de Carvalho, a rua do comércio, de quando eu mudei pra cá, em 1955. O centro era uma coisa bem elitizada, com um comércio elitizado. Mas o movimento era muito grande, pois vinha gente até do Mato Grosso comprar aqui. Era muito forte o comércio, por força das ferrovias, pois as três ferrovias davam um grande impulso pra cidade. E é uma tristeza ver hoje tudo abandonado. A Noroeste ia até a Bolívia e até o Paraguai, e todo esse movimento econômico girava via Bauru, porque aqui era a sede da estrada de ferro Noroeste. A companhia Paulista, na ocasião, também era uma companhia bem administrada, tinha os trens de luxo - das três companhias, na parte de horário, de limpeza, a companhia Paulista era a melhor.
Mas o tempo passou, e quando a Tilibra resolveu fechar as lojas, nós incrementamos a papelaria também, que antes era um complemento. Eu sempre gostei mais de trabalhar com livros - até hoje eu trabalho mais com livro do que com papelaria. Hoje, a Jalovi trabalha mais com papelaria, porque o campo é maior, mas eu tenho a Edipro e estamos abrindo uma pequena editora com a minha filha, pra publicar alguns ramos específicos.
Então, a Jalovi foi ficando forte em papelaria, e nós expandimos a livraria pra marca Empório Cultural, que está indo bem, viu? O Empório Cultural é mais a parte de livros, mesmo. Ela tem uma pequena papelaria, mas o forte é o livro. Então, nós temos três lojas em Bauru; temos uma em Botucatu e outra em Rio Preto, mas tudo Empório Cultural. Estamos caminhando bem. E a Edipro, que é editora mesmo. O que mudou no meu ramo? Vamos falar do livro físico, impresso. Falavam, há 20 anos, que ele iria acabar. Não acabou. Não acabou e continua mantendo uma boa fatia de mercado!
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