Um exemplo para nós! Dona Enilce da Silva Lins viveu em uma família humilde, carinhosa e que dependia das vendas no comércio local. Moravam em uma casa de barro com teto de palha e sem energia elétrica no bairro de Beberibe, em Recife. Gostava de brincar na rua de várias brincadeiras como: casinha com comidinha de verdade, boneca, bambolê, corda, pega-pega, escorregar na areia entre outras brincadeiras. Essas brincadeiras eram sempre divertidas e sem preocupação nenhuma. Das atividades que mais gostava na infância era estudar e brincar muito. E por falarmos em estudar, na sua época escolar, os estudantes ganhavam leite e uma cesta de alimentos doada pela comunidade, na qual tinha feijão, óleo, açúcar, e fubá. Às vezes, o leite causava algum desconforto e algumas crianças adoeciam, mas, logo depois tudo voltava ao normal e era só diversão. A professora era boa e ensinava bem a lição utilizando a cartilha, mas também a palmatória para aqueles alunos que julgava necessário, além de castigos como ajoelhar no milho, mesmo assim NIssinha, como era chamada carinhosamente, tinha muito apreço por sua professora. Diante de tudo que viveu nesta fase escolar, uma experiência foi marcante, foi quando ela pediu para ir ao “quartinho”(nome dado ao banheiro naquela época) e a professora não a deixou ir. Ela então, não aguentou e urinou-se sentada na cadeira em sala de aula. A vergonha foi imensa! As outras crianças começaram a rir do acontecimento. A professora, por sua vez, falou que ela teria que limpar todo o chão. Mas, tamanha foi a vergonha que Nissinha fugiu da sala de aula sem limpar o chão. Então, a professora passou na casa dela para relatar todo o ocorrido aos seus pais. Foi assim que acabou recebendo um baita castigo de seu pai e sua mãe! Com o passar do tempo, Nissinha foi crescendo e quando tinha de treze para quatorze anos conheceu o seu primeiro namorado. Um menino de quinze anos de idade que morava na mesma...
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Um exemplo para nós! Dona Enilce da Silva Lins viveu em uma família humilde, carinhosa e que dependia das vendas no comércio local. Moravam em uma casa de barro com teto de palha e sem energia elétrica no bairro de Beberibe, em Recife. Gostava de brincar na rua de várias brincadeiras como: casinha com comidinha de verdade, boneca, bambolê, corda, pega-pega, escorregar na areia entre outras brincadeiras. Essas brincadeiras eram sempre divertidas e sem preocupação nenhuma. Das atividades que mais gostava na infância era estudar e brincar muito. E por falarmos em estudar, na sua época escolar, os estudantes ganhavam leite e uma cesta de alimentos doada pela comunidade, na qual tinha feijão, óleo, açúcar, e fubá. Às vezes, o leite causava algum desconforto e algumas crianças adoeciam, mas, logo depois tudo voltava ao normal e era só diversão. A professora era boa e ensinava bem a lição utilizando a cartilha, mas também a palmatória para aqueles alunos que julgava necessário, além de castigos como ajoelhar no milho, mesmo assim NIssinha, como era chamada carinhosamente, tinha muito apreço por sua professora. Diante de tudo que viveu nesta fase escolar, uma experiência foi marcante, foi quando ela pediu para ir ao “quartinho”(nome dado ao banheiro naquela época) e a professora não a deixou ir. Ela então, não aguentou e urinou-se sentada na cadeira em sala de aula. A vergonha foi imensa! As outras crianças começaram a rir do acontecimento. A professora, por sua vez, falou que ela teria que limpar todo o chão. Mas, tamanha foi a vergonha que Nissinha fugiu da sala de aula sem limpar o chão. Então, a professora passou na casa dela para relatar todo o ocorrido aos seus pais. Foi assim que acabou recebendo um baita castigo de seu pai e sua mãe! Com o passar do tempo, Nissinha foi crescendo e quando tinha de treze para quatorze anos conheceu o seu primeiro namorado. Um menino de quinze anos de idade que morava na mesma rua que ela. Este era amigo do seu irmão e enquanto brincavam e conversavam juntos, surgiu o amor entre eles. Um amor tão forte que, mais tarde os dois resolveram fugir para viver juntos esse tão grande amor. Assim, vida foi seguindo. Seu esposo faleceu e restou-lhe o filho e as lembranças. Dona Elnice passou a cuidar das crianças da rua em que morava como forma de ajudar os seus vizinhos e, também, manter-se ocupada. Tudo foi encaixando-se conforme necessário. Dona Enilce, dinâmica e responsável que é, começa a perceber que a atual rua onde mora, no Alto da Brasileira, também em Recife, estava constantemente ficando muito suja. A equipe de limpeza responsável fazia a parte deles, porém, as pessoas da comunidade não estavam fazendo o mesmo. Havia restos de comida, como cascas de frutas, fezes de animais e até sofá, televisão e outros objetos velhos descartados pelas pessoas. Logo, ela sentiu-se incomodada com o que viu e percebeu que pode fazer a diferença. “As pessoas não entendem que não podem jogar lixo na rua. Começo varrendo na frente da escola e depois pela rua toda”, disse Dona Enilce. Que exemplo ela é para todos nós! Inclusive para os vizinhos, que depois da sua iniciativa começaram a repensar as atitudes e passaram a ajudá-la de alguma forma, doando sacos de lixo e luvas. Percebemos a satisfação em seu olhar e em suas palavras ao declarar que gosta do que faz e que isso a deixa muito feliz. Ouvir suas histórias e conselhos para o nosso futuro foi muito importante e estimulante, nos fazendo perceber que fazemos parte de um todo que se completa com a contribuição de cada um de nós.
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