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História
Por: Museu da Pessoa, 8 de abril de 2003

Tudo tem sua hora e sua vez

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Tudo tem sua hora e sua vez

Vídeo

Bacia de Campos é um capítulo à parte, porque ela tem características muito interessantes. Quando ela foi descoberta, em 76, para começar a produção em 77, foi um laboratório muito grande. Primeiro que ninguém - nós da companhia - sabia como produzir um campo de petróleo a mais de 30 metros, 40 metros de água, que a gente fazia no Nordeste. E o primeiro campo já foi Enchova, com 110 metros de água - que nós achávamos profundo. Naquela época 110 metros: “Opa, esse negócio está muito profundo”. Então não tinha nenhum especialista, ninguém conhecia aquilo. E nós tomamos uma decisão muito arriscada - talvez arriscada demais até, mas com apoio da diretoria da época e o apoio da Presidência. Vamos fazer justiça aí ao Shigeaki Ueki - muita gente fala mal dele, mas ele foi realmente um presidente da Petrobras que ousou muito e confiou muito no corpo técnico da Petrobras, e isso realmente fez essa empresa disparar. Eu lembro um episódio, por exemplo. Quando eu fui para lá, eu fui chamado aqui no Rio pelo Marque Neto, que era o diretor; o Carlos Walter, que era o chefe do Dexpo na época, respondia para ele falou: “Ó, você vai entrar na unidade nova, vai começar a fazer a unidade nova, então acho que era bom você começar a pegar gente experiente da Bahia e de Sergipe para te ajudar nesse troço aí, gente que tem experiência em produção, em completação e tal e coisa”. E eu falei: “Não, vamos pensar isso duas vezes nessa coisa, eu tenho a impressão que nós não devemos pegar ninguém velho não, antigo não, ninguém experiente, por quê? Porque eu vou tirar uma pessoa experiente da Bahia e trazer pra cá, mas ele é experiente em campo de produção de terra, em campo de 110 metros de água ele não sabe nada, então ele e um estagiário é a mesma coisa, então vou desfalcar a Bahia e não vou fortalecer aqui; a mesma coisa trazendo de Sergipe, então eu preferi pegar os engenheiros que...

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Dados de acervo

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Alfeu de Melo Valença, Garanhuns, Pernambuco. Minha data de nascimento é 7 de maio de 1944.

PAIS

O meu pai tinha o nome de Alfeu Valença; minha mãe, Maria Giselda de Melo Valença - eu herdei o nome dele, né? Uma coisa interessante é que meu pai morreu três meses antes de eu nascer. Eu nunca conheci pai, e a minha mãe ficou viúva e nos educou como pai e mãe ao mesmo tempo, simultaneamente. Ela era professora primária, tinha dificuldade de salário baixo, mas conseguiu comprar uma casa, onde nós morávamos - eu, ela e meu irmão. E até cerca de 10, 11 anos, quando minha mãe casou novamente - e por coincidência casou com um primo do meu pai, também numa cidade do interior; essa coisa não era tão incomum.

E lá em Garanhuns nós estudamos, fiz o colégio da Diocese, que era de graça. Então a gente podia estudar lá, porque era de graça, e fiz até o segundo científico, naquele tempo depois do ginasial. Tinha primário, ginasial e cientifico. Depois do científico eu fui para Recife fazer vestibular e fiz vestibular no fim do terceiro científico. Levei bomba, aí fiquei um ano estudando só para o vestibular, e assim que eu fui aprovado, fiquei em Recife nos cinco anos de faculdade.

AVÓS

Meu avô paterno chamava-se Alceu Valença, e minha avó, Genésia Valença. Os maternos eram Filinto Pereira de Melo e Evangelina Pereira de Melo. Meu avô paterno era fazendeiro, se é que se pode chamar de fazendeiro no interior de Pernambuco no sertão na década de 20, 30; mas é o que ele era. E o materno era comerciante na Paraíba, vendia negócio de algodão e depois teve uma famosa crise no comércio de algodão; ele faliu. Aí ele veio morar em Pernambuco. Foi aí que minha mãe conheceu meu pai e juntou aqui por conta dessa falência do meu avô. Eles saíram da Paraíba e foram morar em Garanhuns, e a família do meu pai era de uma cidade próxima, São Bento do Una. Então aí teve essa proximidade. Meu pai conheceu minha mãe, que era professora...

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Título: Tudo tem sua hora e sua vez

Data: 8 de abril de 2003

Local de produção: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro

Autor: Museu da Pessoa

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