Trabalho, Fé e amor

Trabalho, Fé e amor

No dia vinte e cinco de agosto de dois mil e dezessete, recebemos em nossa escola a Senhora Maria Deonísia dos Santos que foi entrevistada pelos alunos do 4º ano A, foi um momento muito importante e prazeroso para nós. Em seu relato, contou muitas histórias sobre sua vida, desde a infância até os dias de hoje, dentre elas deu ênfase: na fé que tem no Senhor Jesus, na maneira de falar com Ele e pedir sua orientação em tudo o que iria fazer, também relatou sobre sua vida no estado do Paraná, onde trabalhava na zona rural com a plantação e colheita de vegetais, falou ainda sobre sua chegada aqui na cidade de Votorantim, sobre a vista de um jardim muito lindo e florido que tinha perto da rodoviária. Além disso, nos contou sobre sua vida de muito trabalho na cozinha de um restaurante, depois na limpeza de um Hospital, compartilhou conosco que sempre amou cozinhar e que trabalhou por um bom tempo fazendo, pão, sonhos, bolos e salgadinhos para vender e finalmente sobre como foi trabalhar numa escola onde ela fazia de tudo um pouco, limpava, cozinhava, cuidava e tinha responsabilidade de abrir e fechar a instituição todos os dias

A Senhora Maria Deonisia de Souza, nasceu em nove de Outubro de mil novecentos e quarenta e dois, na cidade de São José da Boa Vista, no estado do Paraná. Mora aqui na cidade de Votorantim, no bairro Jardim Serrano a mais de 30 anos e foi escolhida para ser entrevistada pelos alunos por ser alguém muito querida, já que ela é avó de um aluno da nossa turma e sempre está a porta da escola em contato com as crianças. Esse aluno conta diariamente muitas histórias de sua avó e isso despertou o interesse dos alunos.

Numa fase de minha vida, precisei parar de trabalhar fora de casa porque minha mãezinha ficou doente e eu tinha que conciliar o trabalho com o cuidado dela. Daí eu pedi pra ser mandada embora, passando um tempo em casa falei pro meu marido Otávio: - Eu não consigo ficar aqui parada, preciso buscar no Senhor Jesus uma maneira de ganhar um dinheirinho sem sair daqui. Foi aí que no outro dia levantei de madrugada, comecei a trabalhar e graças ao Senhor Jesus, nunca mais parei. Eu sabia cozinhar e comecei a fazer pão, fazia bolo de milho, sonho e salgadinho, depois saía e vendia tudo! Vender eu vendia, mas cadê que o povo me pagava certinho? Um ou outro era certinho e chegava o dia me pagava direito, agora tinha aqueles que num pagava de jeito nenhum. Eu ia lá comprava minhas coisinhas pra cozinhar e preparar tudo pra vender, mas na hora de repor num tinha entrado dinheiro pra comprar. Maria Deonisia de Souza