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História
Personagem: Orlando Tadeu Scolari
Por: Museu da Pessoa, 12 de dezembro de 2018

Tiro de canhão em mosquito

Esta história contém:

Tiro de canhão em mosquito

Vídeo

Minha mãe recebeu o diagnóstico: câncer. Câncer linfático. Fizemos o tratamento em Sorocaba por um ano, até que a doença sumiu. Seis meses depois, voltou. Meu tio falou: “Ela vai se tratar num hospital de São Paulo!”. Ele bancou todo o tratamento no Sírio Libanês.

Nisso, ela ficava muito tempo fora de casa fazendo quimioterapia, até quatro vezes na semana íamos para São Paulo. Para ajudar, minha irmã passou a morar com ela para ir e voltar do hospital. Eu relaciono o começo da dermatite atópica muito a isso: ver minha mãe sofrendo. Da coceira que apareceu na pele, as marcas no rosto que coçam, para mim é meio automático, se eu falo da minha doença eu vejo... já vem a minha mãe!

Esse processo traumático para mim foi o start, e a partir daí eu tento controlar a dermatite atópica. Também por sempre ser gordinho, sempre sentir calor nas dobrinhas, o suor, então sempre coçava. Normal, é de qualquer pessoa! Só que depois desse trauma, meu suor não é mais o mesmo. Se eu faço uma atividade física, o suor na minha pele e no meu rosto parece que está queimando.

Em contato com o Doutor Martti, ele mostrou que tenho que hidratar a minha pele, porque ela é uma esponja: todo hidratante que eu jogar, ela vai absorver. Sofro tanto no calor quanto no frio. No frio, pelo ar estar seco. A pele resseca mais ainda, me dá problema. No calor, por causa do suor. Dormindo, às vezes eu acordo e meu travesseiro está com sangue por coçar o pescoço.

Nenhum médico antes do Martti sabia sobre dermatite atópica. Já falaram para mim que eu tinha sarna! Olharam e falaram: “Você está com sarna!”. Me fizeram comprar um talco com enxofre. Eu passava aquele talco fedido na hora de dormir. Não sei como a minha esposa ficou do meu lado e está comigo até hoje.

Para mim, foi um alívio saber o que eu tenho, porque eu não aguentava mais. De falarem de sarna, de remédios que não resolviam nada. Pelo menos agora eu sei o...

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Amor da minha vida

Orlando e Aline na festa de casamento.

período: Ano 2001
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Família

Festa de formatura do colegial com o pai (Orlando Scolari), a mãe (Ivete José Scolari) e a irmã (Isis Beatriz Scolari de Barros).

período: Ano 1992
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Tiro de guerra

Formatura do tiro de guerra com a mãe. Durante um ano de exercícios, emagreceu dez quilos.

período: Ano 1995
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Amigos

Torneio de futebol entre Sesi da região. Orlando está de camisa vermelha como goleiro do time.

período: Ano 1987
local: Brasil / São Paulo / Jundiaí
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Batizado da Lorena

Orlando no batizado da filha caçula Lorena na Igreja Bom Jesus dos Aflitos. Na foto, também estão sua esposa Aline e a filha mais velha Monalisa.

período: Ano 2007
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

As tias

Tadeu em casa com as tias: da direita para a esquerda, Marina, Terezinha e Neide, irmãs de sua mãe. As quatro estão sempre juntas. Hoje, na ausência da mãe, as tias fazem o papel da maternidade.

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Grávidos

Tadeu e Aline na festa de aniversário.

período: Ano 2002
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Grande Família

Família do pai reunida em comemoração ao aniversário de Rafael, filho da sua prima Kátia. Tadeu é o mais alto, o segundo da direita para a esquerda.

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / Campinas
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Amizade

Churrasco de confraternização dos amigos do futebol, a maioria de longa data.

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / Sorocaba
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Aniversário com emoção

Aniversário de 15 anos da filha mais velha, Monalisa. Tadeu está ao centro, de boné vermelho, com a filha Lorena ao lado. Monalisa está à frente.

período: Ano 2017
local: Estados Unidos / Disneylândia
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Dados de acervo

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Depoimento de Orlando Tadeu Scolari

Entrevistado por Márcia Trezza

Sorocaba, 12 de dezembro de 2018

Entrevista PSCH_HV666

Realização: Museu da Pessoa

Revisado e editado por: Bruno Pinho

P/1 - Então Tadeu, nós vamos começar agora. Para começar fala seu nome completo, onde você nasceu e a data.

R - Orlando Tadeu Scolari, dia 23 do 9 de 76, aqui em Sorocaba mesmo.

P/1 - Qual o nome dos seus pais?

R - Orlando Scolari e Ivete José Scolari.

P/1 - Você pode descrever seu pai primeiro? Como é seu pai, das lembranças que você tem dele da infância.

R - Eu tenho lembrança dele de um homem muito trabalhador. Trabalhava em uma empresa siderúrgica e normalmente ele fazia os três horários. Uma semana ele fazia das 6 às 2, uma semana das 2 às 10 e uma semana das 10 da noite as 6 da manhã. Então, algumas vezes da semana eu só via meu pai depois da escola, porque ele chegava cedo e íamos para a escola, ele acordava e a gente tinha o contato com ele à noite. Essa é a parte assim... mais na parte do meu pai trabalhador. Na parte mais de família, comigo ele era um cara legal, sempre muito atencioso, não muito com a minha irmã, também não muito com a minha mãe, mas é um cara que sempre foi um cara família e eu tenho um grande apreço por ele.

P/1 - No quê que você sentia ele bastante carinhoso com você? Alguma coisa que ele fazia?

R - As preocupações, algumas coisas comigo eu podia fazer, comigo ele era mais brando, com a minha irmã ele era um pouco mais rígido. Então eu acho que ela nesse ponto sofreu um pouquinho mais na infância da parte de pai do que eu.

P/1 - E vocês faziam alguma coisa juntos?

R - Normalmente ele me levava para jogar futebol, nas práticas esportivas ele me levava, dificilmente ele ficava para acompanhar. O que tinha muito eram férias, aí sim a gente saía, normalmente ia para a praia, algumas vezes era legal, algumas vezes não era muito legal, mas o contato mesmo que a gente tinha o diário, mas...

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Título: Tiro de canhão em mosquito

Data: 12 de dezembro de 2018

Local de produção: Brasil / São Paulo / Sorocaba

Revisor: Bruno Pinho
Editor: Bruno Pinho
Personagem: Orlando Tadeu Scolari
Autor: Museu da Pessoa

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