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História
Por: Museu da Pessoa, 25 de setembro de 2020

Superando as dificuldades

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Superando as dificuldades

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P/1 - Boa tarde, dona Lourdes. Tudo bem?

R - Tudo.

P/1 - A gente vai começar agora a sua entrevista. Eu gostaria que a senhora me confIrmãsse seu nome completo, a sua data de nascimento e a cidade onde a senhora nasceu.

R - Maria de Lourdes de Almeida Barbosa. Nasci em Santo Ângelo, no dia sete de abril de 1938.

P/1 - Qual o nome dos pais da senhora?

R - Gasparina Antunes de Almeida e Jesuíno Nunes da Silva.

P/1 - O que os pais da senhora faziam?

R - A minha mãe trabalhava pra fora, numa fazenda. Depois, quando… Ela era separada do marido, aí ela veio pra cá pra me botar no Colégio das Irmãs.

Nós morávamos na Venâncio Aires, moramos 55 anos na Rua Venâncio Aires. [Eu] estudava no Colégio das Irmãs e a mãe trabalhava [como] doméstica. Trabalhou no fumo [por] um ano e meio pra sustentar a mim e ao meu irmão, que era solteiro - depois ele veio a falecer.

Eu tinha oito anos quando viemos pra cá. Comecei a estudar e nós fazíamos redação na ferrovia, aqui na estação de trem, com as Irmãs, com as professoras.

Conheci muito a ferrovia aqui. Tinha o fumo, tinha o frigorífico, tinha a biblioteca aqui na Venâncio Aires. A gente vinha fazer pesquisa na biblioteca.

A minha mãe trabalhava como doméstica, trabalhou na Laranjinha… Era o serviço dela depois que saiu do fumo.

Os meus primos trabalhavam na estação de trem. O trem carregava soja, o trigo, a cama… Não tinha caminhão pra fazer transporte, pra carregamento, então eles carregavam as cadeiras e camas pra Ijuí, Cruz Alta, Porto Alegre…

E tinha os telegrafistas. Tinha o Meneguetti, que era casado com a prima-irmã, trabalhava na ferroviária. Meu primo, esse que é casado com a minha prima, trabalhou muitos anos na ferrovia; se aposentou, os filhos dele se criaram na estrada de trem, aqui mesmo em Santo Ângelo.

A minha mãe era uma pessoa muito humilde, trabalhadeira. Lutou pra dar educação pra nós. Fechou essa...

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Memórias da Linha Férrea de Santo ngelo

Depoimento de Maria de Lourdes de Almeida Barbosa

Entrevistado por Genivaldo Cavalcanti Filho e Lila Schnaider

São Paulo/Santo ngelo, 25/09/2020

Realização: Museu da Pessoa

Entrevista número PCSH_HV932

Transcrito e revisado por Genivaldo Cavalcanti Filho

P/1 - Boa tarde, dona Lourdes. Tudo bem?

R - Tudo.

P/1 - A gente vai começar agora a sua entrevista. Eu gostaria que a senhora me confIrmãsse seu nome completo, a sua data de nascimento e a cidade onde a senhora nasceu.

R - Maria de Lourdes de Almeida Barbosa. Nasci em Santo ngelo, no dia sete de abril de 1938.

P/1 - Qual o nome dos pais da senhora?

R - Gasparina Antunes de Almeida e Jesuíno Nunes da Silva.

P/1 - O que os pais da senhora faziam?

R - A minha mãe trabalhava pra fora, numa fazenda. Depois, quando… Ela era separada do marido, aí ela veio pra cá pra me botar no Colégio das Irmãs.

Nós morávamos na Venâncio Aires, moramos 55 anos na Rua Venâncio Aires. [Eu] estudava no Colégio das Irmãs e a mãe trabalhava [como] doméstica. Trabalhou no fumo [por] um ano e meio pra sustentar a mim e ao meu irmão, que era solteiro - depois ele veio a falecer.

Eu tinha oito anos quando viemos pra cá. Comecei a estudar e nós fazíamos redação na ferrovia, aqui na estação de trem, com as Irmãs, com as professoras.

Conheci muito a ferrovia aqui. Tinha o fumo, tinha o frigorífico, tinha a biblioteca aqui na Venâncio Aires. A gente vinha fazer pesquisa na biblioteca.

A minha mãe trabalhava como doméstica, trabalhou na Laranjinha… Era o serviço dela depois que saiu do fumo.

Os meus primos trabalhavam na estação de trem. O trem carregava soja, o trigo, a cama… Não tinha caminhão pra fazer transporte, pra carregamento, então eles carregavam as cadeiras e camas pra Ijuí, Cruz Alta, Porto Alegre…

E tinha os telegrafistas. Tinha o Meneguetti, que era casado com a prima-irmã, trabalhava na ferroviária. Meu...

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