Léia
Em outubro de 1961 veio ao mundo Mariléia, mais conhecida com Léia, filha de Tomé Pedro da Silva e Felícia da Silva. Nasceu e cresceu em Capivari de Baixo. Sua infância foi muito divertida, brincava de “imaginar”, cozinhadinho, carretilha e de jogar conversa fora com sua prima Lúcia, sua melhor amiga. Mas o que ela gostava mesmo era de ir aos campeonatos de futebol do bairro. Seu pai, que era muito autoritário e religioso, não à deixava ir sozinha, só se fosse acompanhada por uma tia mais velha. Léia e Lúcia foram um dia a um desses jogos. Ao chegar lá viu um moço alto, elegante, bonito. Seu coração bateu forte, e sentiu suas pernas estremecerem quando ele veio em sua direção. Foi amor à primeira vista. Chegando até ela, disse: “Posso acompanhá-la”? Seu rosto avermelhou, e muito tímida respondeu: “Não! Meu pai é muito bravo, não vai gostar”. Mas combinaram de se ver em um baile da comunidade, e depois se encontraram muitas e muitas vezes. Até que José criou coragem e enfrentou a fera, pediu Léia em namoro, e para surpresa deles, seu pai deixou. Um ano se passou e casaram. Jeito tradicional, igreja, de branco, e a festa foi em um barracão na sua casa. Teve sua primeira filha e, não satisfeita com a vida de dona de casa, resolveu voltar a estudar, muito por influência de suas tias professoras. Léia optou pelo magistério, e como nada é fácil, seu pai criticou: “Minha filha, você é casada, tem que ficar em casa cuidando do marido”. Nem deu ouvidos e foi. E aí se realizou. Começou no município de Tubarão. Tempos depois recebeu foi trabalhar pertinho de sua casa, na escola Pequeno Polegar. Léia ficou um ano trabalhando como professora, depois tornou-se diretora. Ainda está na ativa, mas espera se aposentar em breve para desfrutar a infância de suas netinhas.
Excerto editado a partir do texto coletivo dos alunos do 4º ano, professora Marilde Sambonin, Escola Municipal de Educação Básica Pequeno...
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