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História
Personagem: Edmar José Alves
Por: Museu da Pessoa, 11 de julho de 2016

Sempre velejando

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Sempre velejando

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Meu nome é Edmar José Alves, nasci dia oito de novembro de 1965, aqui mesmo em Ilhabela. O meu pai era pescador e a minha mãe, dona de casa. Depois com o tempo, quando começou a abrir as estradas em Ilhabela, meu pai começou a trabalhar na DR, que é o Departamento de Estradas e Rodagem. Ele era o responsável por abrir as estradas na Ilha. Eu achava interessante, porque eu ia de vez em quando com ele e as ruas passavam muito perto da vila, hoje, praticamente, as ruas quase dão a volta na Ilhabela, né? Ele tinha barco de pesca na época e a gente vivia tanto da pesca como do salário que ele tinha da DR.

[Na infância] Tudo [era] ligado ao mar, sempre; a gente como caiçara, vivia a 50 metros do mar, eu brincava muito com canoas, caiçaras, a gente brincava de pique na água, coisas de criança, mas tudo voltado ao mar.

[Para ir para a escola,] o caminho não tinha asfalto, era terra, chão batido e eu me lembro que tinha uma ponte na vila, ali, que a gente passava uma ponte de madeira que eu era pequenininho e a escola tinha quatro salas de aula, só, eu achava interessante, tudo aberto, assim, sem muro, sem nada.

Quando acabou o colegial, eu optei por servir o Exército, que é uma coisa que eu tinha um sonho, não sei porque, eu acho que se tiver eu e mais uns três ou quatro caiçaras que serviram o Exército é muito pouco, porque a maioria vai tudo para a Marinha, né, que é a vocação natural e aí, foi uma experiência legal, foi uma experiência única, achei que aquilo me deixou muito mais experiente para a vida.

Então, imagina um peixe fora do mar, né? Foi uma coisa muito legal, assim, difícil num primeiro momento, mas depois muito gratificante porque você acaba enxergando um jeito da vida que eu não via antes.

Quando eu voltei para o mar, eu entrei de cabeça para trabalhar como eu trabalho hoje, com embarcações. Aí, comecei a trabalhar como marinheiro, logo depois, eu tive oportunidade de trabalhar em um barco grande, barco de 41...

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Dados de acervo

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P/1 – Boa noite. Eu primeiro, gostaria de agradecer de você ter aceitado o convite para essa entrevista. E agora, pra gente começar, eu queria que você falasse pra gente o seu nome completo, a data e o local do seu nascimento.

R – Meu nome é Edmar José Alves, nasci dia oito de novembro de 1965, aqui mesmo em Ilhabela.

P/1 – Edmar, fala pra gente o nome dos seus pais.

R – Meu pai chama Itamar José Alves e a minha mãe, Ivone Moreira Alves.

P/1 – E os seus avós?

R – João Bernardo Moreira, que inclusive é o nome dessa rua e Dona… esqueci o nome da minha vó, hein! Dona Rosa Moreira.

P/1 – Esses são então, os pais da sua mãe?

R – Dos meus pais. É, dos meus pais. Da minha mãe é Elza Moreira e meu vô, que faleceu muito antes de eu ter nascido, não tive muito contato, acabei esquecendo.

P/1 – E fala pra gente o que você sabe da origem da sua família, do seu pai, da sua mãe?

R – Na verdade, o que eu sei, a minha avó por parte de pai era uma índia e o meu vô era espanhol. Eles se conheceram e tiveram o meu pai. A minha vó da parte da minha mãe, todos os dois eram de Ilhabela, mesmo.

P/1 – E contra pra gente, o quê que eles faziam, os seus pais?

R – Na verdade, no início, o meu pai era pescador e a minha mãe, dona de casa. Depois com o tempo, quando começou a abrir as estradas em Ilhabela, meu pai começou a trabalhar na DR, que é o Departamento de Estradas e Rodagem. Ele era o responsável por abrir as estradas na Ilha. Eu achava interessante, porque eu ia de vez em quando com ele e as ruas passavam muito perto da vila, hoje, praticamente, as ruas quase dão a volta na Ilhabela, né? E com o tempo… e ele tinha barco de pesca na época e a gente vivia tanto da pesca como do salário que ele tinha da DR.

P/1 – E conta pra gente do bairro que você nasceu. Em que lugar da Ilha que você nasceu?

R – Eu nasci exatamente aqui. Por parteira, porque antes, não tinha hospital, né, nasci em casa, mesmo, na...

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