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História
Por: Museu da Pessoa, 30 de novembro de -0001

Se o racismo fosse determinante, eu não tinha virado doutora

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Se o racismo fosse determinante, eu não tinha virado doutora

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Eu nasci, eu sou ludovicense, eu nasci em São Luís do Maranhão. Uma ilha, capital do Maranhão, no nordeste brasileiro, embora tenha muita gente que diga que São Luís do Maranhão está mais para o norte do que para o nordeste. E nasci, digamos, no auge dos festejos juninos, que é no dia vinte e dois de junho. Uma data muito especial para os festejos juninos. Eles têm uma aura muito especial para o nordeste, onde os festejos são muito fortes. Então, ter nascido nessa época me faz, eu acho, uma privilegiada. (risos)

A minha família tem também algo que é muito peculiar: ela é de uma origem da cidade, do espaço urbano. Meu pai se orgulhava muito, porque ele tinha nascido no Centro da cidade. Quando os centros das cidades eram lugares que as elites moravam, né? Isso em todo o Brasil, aqui em São Paulo, enfim. Então, era essa relação e a relação que a gente tinha como ele contava quem eram os nossos avós. A gente tinha uma só foto de uma avó nossa, acho que duas fotos da nossa avó paterna, que ela era filha de português. Meu avó paterno, que era um homem negro, de pele escura, da minha cor. Até um pouco mais escuro, que a gente chama de retinto, né? E as nossas... os avós maternos também, pessoas negras e, com certeza, com cruzamentos aí com indígenas. Mas mesmo a minha avó paterna sendo filha de português, a gente não carrega nenhum tipo de memória ancestral de Portugal, digamos assim. Então, a nossa experiência é uma experiência negro-africana e indígena, na nossa família.

Ah, são conexões muito fortes, porque eu acho que, como quase toda família negra, brasileira, numerosa, nós somos uma família muito gregária. Eu sou a quinta, de seis filhos. Então, era essa relação, né? De um respeito, de pais mais velhos, muito gregários.

Era uma casa simples. Uma casa muito modesta. Era uma infância, uma casa modesta, mas que tinha algo que hoje está cada vez mais raro: a gente tinha quintal e um quintal com terra, né?...

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