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História
Por: Museu da Pessoa, 22 de março de 2012

Sangue de samurai

Esta história contém:

Sangue de samurai

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P/1 – Dona Mitsue, vou começar pedindo pra senhora falar seu nome completo, local e data de nascimento.

R – Mitsue Tsuhako Tokeshi. Nasci em Catanduva em 17 de junho de 1934. Resido em Piracicaba, na Avenida São João 667, Estado de São Paulo.

P/1 – Os seus pais nasceram em Catanduva também?

R – Não, meus pais eram imigrantes. Vieram do Japão e chegaram aqui em 1919, eu acho.

P/1 – Seus pais já se conheciam ou se conheceram aqui?

R – Não, casaram lá. Casaram em 1918 e era um período em que o Japão era muito pobre, paupérrimo mesmo, então o próprio governo estimulava que se emigrasse, e também o governo brasileiro estava sempre fazendo muita propaganda porque havia acabado a escravidão, eles estavam precisando de mão de obra, faziam uma propaganda muito grande no Japão, disseram que era uma terra que dava muito dinheiro. Então todos eles vieram pra ganhar dinheiro, né, e com meu pai também não foi diferente. O meu pai, Mitsuo Tsuhako, ele pertencia a uma família de samurais, eu não sei em que data, mas foi abolida no Japão aquela separação de classes, de nobres e plebeus, acho que não fazia muito tempo e meu avô – que se chamava (?) Tsuhako, ele era também de uma família de samurais, mas pobres, e ele se dedicava a paisagismo, projetava jardins e fazia ikebana. Esse era o meu avô. Um samurai assim, rigoroso, muito correto. E quando houve essa unificação de todas as classes, a minha mãe sempre dizia que se saíram bem aqueles que aceitaram essa nova ordem, né, no país, e se igualaram a todos. E foram pra zona rural, enfim, trabalhar, ganhar dinheiro. Agora, o meu avô, não foi assim. Ele ficou muito revoltado com essa extinção dessa separação de classes, né? Então ele insistia em ter – os samurais tinham um corte de cabelo diferente, tinham um topete aqui assim e não queria cortar. As mulheres também, da classe nobre, tinham uma identificação. Elas tinham tipo de...

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