Meu nome é Alexandre Zanin. Eu nasci em São José do Rio Preto, em 12 de junho de 1975. Meu pai é Ângelo Luiz Zanin, e minha mãe é Marina Elisa de Oliveira Zanin. Meu pai era bancário, do Banespa, e minha mãe tinha uma pequena confecção.
Eu passei a infância num bairro chamado Jardim Alto Alegre, que é um bairro relativamente pequeno. Ali eu morei por quase 20 anos; passei o resto da minha infância, a minha pré-adolescência, adolescência lá. Eu fiz faculdade aqui em Rio Preto - a primeira faculdade que eu fiz foi de Biologia -, na Unesp Rio Preto, que era a 700 metros da casa dos meus pais, dava para ir a pé. Eu morei ali durante a faculdade, e logo depois que eu me formei fui morar sozinho - deixei a minha irmã, que estava voltando para Rio Preto, no lugar. Depois disso, eu fui viver no bairro em que eu nasci, na Vila Ideal, e só saí de lá depois de casar.
Mas eu gosto muito de Rio Preto! É uma cidade pela qual eu tenho um carinho muito grande. Quando eu fiz colegial, vários amigos meus queriam prestar pra sair da cidade, porque em Rio Preto ainda faltava tanta coisa, e eu falava: “Então! Dá pra gente fazer tanta coisa aqui! Dá pra gente inventar tanta coisa!” Eu tentava enxergar isso mais como uma oportunidade!
Eu comecei a dar aulas quando ainda estava na Biologia da Unesp, num curso pré-vestibular pra alunos carentes dentro da faculdade, voluntário. Eu fui dar aula ali, achando que eu iria ajudar os alunos, mas eles me ajudavam muito mais, pois foram construindo a minha carreira de professor. Foi o melhor laboratório possível. Depois eu fui pra Geografia, e dou aula até hoje. Na verdade, eu fui fazer Geografia faz uns quatro, cinco anos. (risos) Faz 26 anos que eu dou aula de Geografia, mas como eu dou aula especialmente para vestibular, eu nunca precisei de um diploma. Eu era, inclusive, sócio da escola.
Já o rock, ele entrou na minha vida quando eu fui descobrir...
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Meu nome é Alexandre Zanin. Eu nasci em São José do Rio Preto, em 12 de junho de 1975. Meu pai é Ângelo Luiz Zanin, e minha mãe é Marina Elisa de Oliveira Zanin. Meu pai era bancário, do Banespa, e minha mãe tinha uma pequena confecção.
Eu passei a infância num bairro chamado Jardim Alto Alegre, que é um bairro relativamente pequeno. Ali eu morei por quase 20 anos; passei o resto da minha infância, a minha pré-adolescência, adolescência lá. Eu fiz faculdade aqui em Rio Preto - a primeira faculdade que eu fiz foi de Biologia -, na Unesp Rio Preto, que era a 700 metros da casa dos meus pais, dava para ir a pé. Eu morei ali durante a faculdade, e logo depois que eu me formei fui morar sozinho - deixei a minha irmã, que estava voltando para Rio Preto, no lugar. Depois disso, eu fui viver no bairro em que eu nasci, na Vila Ideal, e só saí de lá depois de casar.
Mas eu gosto muito de Rio Preto! É uma cidade pela qual eu tenho um carinho muito grande. Quando eu fiz colegial, vários amigos meus queriam prestar pra sair da cidade, porque em Rio Preto ainda faltava tanta coisa, e eu falava: “Então! Dá pra gente fazer tanta coisa aqui! Dá pra gente inventar tanta coisa!” Eu tentava enxergar isso mais como uma oportunidade!
Eu comecei a dar aulas quando ainda estava na Biologia da Unesp, num curso pré-vestibular pra alunos carentes dentro da faculdade, voluntário. Eu fui dar aula ali, achando que eu iria ajudar os alunos, mas eles me ajudavam muito mais, pois foram construindo a minha carreira de professor. Foi o melhor laboratório possível. Depois eu fui pra Geografia, e dou aula até hoje. Na verdade, eu fui fazer Geografia faz uns quatro, cinco anos. (risos) Faz 26 anos que eu dou aula de Geografia, mas como eu dou aula especialmente para vestibular, eu nunca precisei de um diploma. Eu era, inclusive, sócio da escola.
Já o rock, ele entrou na minha vida quando eu fui descobrir Bon Jovi e Guns N’ Roses, no final dos anos 80. Aí eu fui conhecendo cada vez mais, gostava daquela coisa despojada dos Stones, depois fui pro AC/DC, fui pro Led Zeppelin e depois abriu o leque. Naquele tempo, o único lugar que eu ouvia rock ao vivo em Rio Preto era nas festas da Unesp, em nenhum outro lugar. Todos os outros bares, restaurantes, ou mesmo as festas das outras faculdades, eram de sertanejo. Então, o rock entrou na minha vida no colegial; e na faculdade virou uma doença. Na faculdade, minha primeira fonte de renda foi começar a vender lanche, doce ou camiseta no intervalo das aulas, para eu ter o meu dinheiro, para eu poder ficar mais à vontade - tinha as festas, e eu não queria pedir dinheiro pro meu pai. E aí eu aprendi com os veteranos, que dava pra ganhar dinheiro nas festas da universidade. Foi então que eu comecei a promover festas, e foi um sucesso. Tinha algumas bandas de rock bem legais nessa época aqui em Rio Preto, que depois tocaram no começo do Vila. Tem músicos que até hoje tocam no Vila, em outras bandas.
O Vila Dionísio era pra ser um bar de happy hour. Na primeira semana, a gente abriu às quatro da tarde, com a ilusão de que fecharíamos à meia-noite, todo mundo sentadinho no lugar. De repente, eram três horas da manhã e tinha 300 pessoas de pé na área do fundo, que era uma área aberta. E aí foi virando minicasa de show, né? Depois da primeira reforma, ela já foi pra 450 pessoas, depois da segunda reforma foi para 600 pessoas. Mas sempre foi no mesmo local.
Na época, a MTV tinha uma série de bandas, e isso ajudava demais os bares de rock e as bandas de rock. A gente assistia àquilo e falava: “Cara, esse pessoal podia vir para cá, né? Vamos ver como é que é, quanto custa pra trazer esses caras”. E aí a gente começou a ter muitas bandas que passaram aqui, ficamos empolgadíssimos: “Gente, não acredito que esses caras estão tocando aqui, né?”
E o Vila sempre teve essa proposta da cerveja diferenciada. A gente abriu com 70 rótulos, chegamos a ter quase 500 rótulos de cerveja no cardápio do Vila, o que movimentou bastante, pois chama muita gente.
O Vila Dionísio de Rio Preto é mais “pub”, mesmo. Ele é aquela casa que foi adaptada para ser um restaurante, uma cervejaria, uma casa. O Vila Ribeirão já foi projetado depois que a gente conhecia os vários problemas que existiam no Vila de Rio Preto. Então, a gente pegou um lugar que era um antigo buffet. São dois terrenos, com praticamente 80% de um deles que virou infraestrutura, e o resto é público. Então, ele já foi melhor projetado e acabou ficando mais sofisticado. Não dava pra ir pra Ribeirão e fazer algo menor do que em Rio Preto, pois o público seria muito mais exigente.
Além disso, em Rio Preto eu tenho um público mais jovem, dos 20 anos pra cima, até 40 anos. Em Ribeirão, começa nos 30 anos. Tem noite que eu chego a Ribeirão – eu tenho 45 -, e mais da metade do público é mais velho que eu, algo raro em Rio Preto. E como o bar ficou mais sofisticado lá, acabou tendo também um público mais sofisticado. Por exemplo: eu e meus sócios vamos ao bar de bermuda e tênis. Mas em Ribeirão, só nós que estamos de bermuda e tênis. Somos os únicos. (risos) São raros os clientes que vão lá e se sentem à vontade assim. Mas nós vamos, porque... gente, é um pub! Você não está indo a uma formatura, no casamento de alguém, pelo amor de Deus! É pra se sentir o mais à vontade possível!
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