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História
Por: Museu da Pessoa, 25 de março de 2010

Revolta, rock e propaganda

Esta história contém:

Revolta, rock e propaganda

Vídeo

Meu nome é José Carlos Minervini. Nasci em São Paulo, capital, no bairro do Bixiga, Maternidade de São Paulo e a data do meu nascimento é 28 de fevereiro de 1944. A origem da minha família, reportando há mil anos que somos descendentes de mouros negros que se estabeleceram no sul da Itália e na Calábria, ficando 900 anos ali. Pelo estudo, pela formação etimológica da palavra, descia até aquele ponto de pesquisa. Sou descendente de mouros negros da Mauritânia, porém italianos. Meus avôs maternos de origem calabresa e os meus avôs paternos de Florença, da Itália se aportaram no Brasil no final do século XIX, sendo que parte da família oriunda foi para a Índia, Argentina, Brasil e Estados Unidos.

Minha família ficou na cidade, sendo que se estabeleceram no local que hoje é denominado Vila Mariana, chamava-se Cruz das Almas. São eles os legítimos fundadores do bairro, cujo bairro é o único que consta uma bandeira. Tem uma bandeira para o bairro de Vila Mariana. E junto com a família Klabin e Cantarella formaram uma grande parte da Vila Mariana, tomando parte lá, cercaram tudo e venderam lotes.

Eu te conto mais ou menos a forma. Não foi fácil para se estabelecer. Oriundos de uma terra longínqua como a Itália, embora acostumados ao trabalho árduo a partir de lá. E havia carência, naquela época como hoje, havia uma distribuição de gás em São Paulo, em termos de bujões. Eles visualizaram a possibilidade de mercado, favorecendo assim a entrega de sacos de carvões, porque não existiam bujões a gás, nem nada. Era o carvão mesmo em forno de carvão, então eles eram distribuidores de carvão. Foi aí que eles começaram um trabalho pioneiro, e a posteriori, meus tios foram crescendo e formaram a primeira rede de casa de carnes da zona sul, sendo todas elas da mesma família. Família Martini.

Era pitoresca, era bucólica a cidade. A cidade de São Paulo nos anos 50 não tinha criminalidade. O único ladrão que tinha famoso era o...

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José com quase 1 ano

José com quase 1 ano de idade na casa dos avós maternos, na Rua Domingos de Morais.

período: Ano 1945
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Juventude

José aos dezoito anos na Vila Mariana

período: Ano 1962
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

José com sua netinha Ana Luiza

José com sua netinha no apartamento de sua filha no Campo Belo

local: Brasil / São Paulo / São Paulo
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Dados de acervo

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Projeto Ponto de Cultura Museu Aberto

Depoimento de José Carlos Minervini

Entrevistado por Isabela de Arruda e Thiago Belotto

São Paulo, 25/03/2010

Realização Museu da Pessoa

Entrevista PC_MA_HV256

Transcrito por Ana Cristina Benvindo

Revisado por Gustavo Kazuo

P/1 - Então, eu vou pedir, pra gente começar, que você diga o seu nome, o local e a data de nascimento.

R - Meu nome é José Carlos Minervini. Nasci em São Paulo, capital, no bairro do Bixiga, Maternidade de São Paulo e a data do meu nascimento é 28 de fevereiro de 1944, um ano bissexto. Sendo que, hoje tenho somente 22 anos.

P/1 - E o nome dos seus pais?

R - Meus pais falecidos, Homero Minervini e Luíza Martini Minervini.

P/1 - O senhor sabe um pouco da origem da sua família?

R - A origem da minha família, reportando, há mil anos que somos descendentes de mouros negros que se estabeleceram no sul da Itália e na Calábria, ficando 900 anos ali. Pelo estudo, pela formação etimológica da palavra, descia até aquele ponto de pesquisa. Sou descendente de mouros negros da Mauritânia, porém italianos. Meus avôs maternos de origem calabresa e os meus avôs paternos de Florença, da Itália se aportaram no Brasil no final do século XIX, sendo que parte da família oriunda foi para a Índia, Argentina, Brasil e Estados Unidos.

P/1 - E você sabe um pouco como foi quando eles chegarem aqui? Onde eles foram se estabelecer?

R - Naquela ocasião, pelo fim da escravatura, havia necessidade de mão-de-obra para a lavoura. A prova é que os italianos, japoneses e outras raças do mundo inteiro foram convidadas. Sendo hoje, até comentamos, dia 25 de março, marcando 100 anos da presença sírio-libanesa no Brasil. Mas os italianos se aportaram no final do século XIX e justamente para trabalhar nas lavouras, né? E, realmente, após os índios que não deram certo e os negros, acabou a escravidão e deram-se bem. Alguns vieram pra capital, não foram para lavoura e se estabeleceram com...

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Título: Revolta, rock e propaganda

Data: 25 de março de 2010

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

Entrevistador: Isabela de Arruda
Entrevistador: Thiago Belloto
Autor: Museu da Pessoa

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