Parecença
Quirino Rodrigues de Sousa conhece a região de Currais como ninguém, afinal, chegou por estas terras com dois anos de idade, em 1944. Sua família viu, veio e ficou. De acordo com seu finado avô, Avelino Rodrigues, não tinha morador, o lugar era uma baixada, e era serra de um lado a outro formando uma espécie de curral. Quirino cresceu tendo que trabalhar, mas também se divertiu, jogou, dançou e se casou. Diz que Currais mudou muito, mas está tranquilo e orgulhoso por toda sua família ter tido oportunidade de estudar e acentua que quatro de suas filhas têm curso superior.
Com dez anos de idade suportou uma das maiores marcas de sua vida, a separação de seus pais, e assim teve que trabalhar juntamente com sua mãe para sustentar seus dois irmãos mais novos. Por essa razão, não pôde estudar, não aprendeu a ler. Somente mais tarde passou a assinar seu nome. E, apesar de ter que trabalhar muito, arrumava sempre tempo para fabricar seus próprios brinquedos, seus carrinhos de madeira.