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História
Por: Museu da Pessoa, 2 de outubro de 2018

Quero cuidar das pessoas: ser enfermeira!

Esta história contém:

Quero cuidar das pessoas: ser enfermeira!

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O Dermacamp partiu de um pressuposto de ser um projeto voluntário em que as pessoas que viessem ali quisessem fazer alguma coisa que pudessem ajudar quem tem problemas de pele severos e crônicos a ter uma qualidade de vida melhor. Quando fui para um congresso nos Estados Unidos, em 1996, fui nas sessões em que vi muito claro o quanto o trabalho do grupo de apoio era importante para os pacientes

Eu disse: “Poxa, é isso que eu quero fazer. Eu quero trabalhar com o grupo de apoio, juntar pacientes que têm as doenças dermatológicas para que eles percebam que eles não estão sozinhos, que não são os únicos, que você pode ter o preconceito, mas o outro também tem”.

Porque, não que a dermatite atópica não seja séria, mas comparando com algumas doenças da dermatologia, você pode ver que tem doenças que comprometem mais a sua vida. Quem sabe, se você conhecer alguém com uma doença que afeta tanto a vida, pode ver que consegue gerenciar a sua doença. Eu comecei a ter essa ideia com o doutor Samuel - e ele diz que foi o lado do coração da história - de criar essa ONG, de criar o Dermacamp, porque eu achava que era importante reunir pacientes com diferentes patologias.

Patologias que tinham até manifestações diferentes, mas que tinham um ponto em comum: o preconceito que eles tinham. Todos tinham o preconceito, porque doença na pele está ali, aparece. Se você tem uma doença na pele, todo mundo já olha assim: “Vai pegar”. Eu sempre ouvi muito isso dos pacientes.

Eu ouvi muitos depoimentos pesados. Eu via pacientes depressivos, tomando muita medicação. Eu via os pais também depressivos, uma desestruturação da família. Eu queria intervir nisso. Eu queria ajudar.

Tenho desde sempre essa coisa de cuidar das pessoas. Eu cuidei de dois irmãos meus, mais novos. Quando minha mãe ficou viúva, cuidei deles. Tinha aquela responsabilidade. Tanto é que esse cuidar me trouxe uma experiência que me...

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Depoimento de Maria Helena Santana Mandelbaum

Entrevistada por Denise Cooke

São José dos Campos, 02 de outubro de 2018

Entrevista número PCSH_HV660

Realização: Museu da Pessoa

Revisado e editado por Bruno Pinho

P/1 - Bom dia doutora. Muito obrigada por estar aqui contando a sua história para a gente. Fala para nós o seu nome.

R - O meu nome é Maria Helena Santana Mandelbaum.

P/1 - Onde e quando a senhora nasceu?

R - Eu nasci em São Paulo, no bairro da Freguesia do Ó, no dia dez de junho de 1953.

P/1 - A senhora sabe alguma coisa sobre o dia do seu nascimento?

R - Eu sempre tive muita curiosidade. Eu sou muito curiosa. Eu quis saber de outras pessoas que nasceram no mesmo dia que eu. Eu descobri, por exemplo, que o Frank Sinatra faz aniversário no mesmo dia. Eu adoro música. Eu descobri que tem vários escritores, cientistas. Eu tive sempre essa curiosidade de saber se eu tinha nascido em um dia importante não só para a minha mãe, mas para outras pessoas ou para a humanidade.

P/1 - Me fala uma coisa; como seus pais se conheceram?

R - Meus pais se conheceram, na verdade, como era comum naquela época. Eles são de Minas Gerais, da região de Mariana, Ouro Preto. Na verdade, tudo começou com a minha bisavó, que veio ainda no final do século XVII, em 1896, para o Brasil. Minha avó que era italiana, o meu avô, que era português, e que vieram para o Brasil. Como a maioria dos brasileiros imigraram para cá fugindo da guerra, buscando um país melhor, uma oportunidade. O meu avô acabou indo para Minas, em uma região, e a minha avó, para outra. Depois de um tempo eles acabaram indo para aquela região para a construção da estrada de ferro. A família da minha avó, que era italiana, e a família do meu avô, que era português e foi para lá para trabalhar na construção da estrada de ferro. Dali nasceu meu pai por um lado da família portuguesa, dos Santana; e do lado da minha mãe, que era da família...

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Título: Quero cuidar das pessoas: ser enfermeira!

Data: 2 de outubro de 2018

Local de produção: Brasil / São Paulo / São José Dos Campos

Revisor: Bruno Pinho
Editor: Bruno Pinho
Entrevistador: Denise Cooke
Autor: Museu da Pessoa

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