Eu, professora...
Meu nome é Nauana tenho 29 anos, uma filha de 8 anos, que é meu porto seguro, e sempre fui muito sonhadora, mas confesso que também muito confusa, na minha infância tinha muita dificuldade com os estudos, em específico no ensino fundamental, com o passar dos anos fui me esforçando mais para melhorar e mudar, e meu escape era a leitura, eu lia tudo que via pela frente, todo dia, às vezes um dia todo. O que me ajudou muito foi que, perto da minha casa, tinha um centro cultural, que eu também podia chamar de refúgio, os funcionários me incentivaram, faziam campeonatos, para mim, foi um dos melhores momentos da minha infância.
Mas foi no ensino médio que, com esforço, força de vontade e foco nos estudos, consegui melhorar minhas notas, consegui ter um bom desempenho escolar, consegui me enxergar parte de algo maior, pois sempre tive o sonho de mudar a situação financeira de minha família. Graças a Deus, sempre tivemos condições de ter o básico, éramos muito felizes, e tínhamos muito amor, fui crescendo e amadurecendo, e meus sonhos foram crescendo juntos comigo, foi quando eu percebi quais eram meus maiores sonhos.
Cheguei no fim do ensino médio e posso dizer, com certeza, que foi maravilhoso, cheio de experiências e amigos que levo até hoje, finalizei o ensino médio com 17 anos, e, na época, fiz o vestibular para entrar na faculdade no curso de Arquitetura e Urbanismo. Fiz dois anos, do curso com a maior vontade e determinação que eu pude, então, meu pai veio a falecer, eu com 18 aninhos, resolvi sair do curso para poder trabalhar e ajudar minha mãe, que, agora, cuidava sozinha da família, minha vida mudou radicalmente, foi um dos primeiros baques que a vida me deu, confesso que eu não estava preparada, mais fiquei de pé.
Foi então que, em 2013 tive minha primeira e única filha, e as coisas mudaram de verdade, a responsabilidade aumentou em 100%, pois esse serzinho era totalmente dependente de mim, deixei...
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Eu, professora...
Meu nome é Nauana tenho 29 anos, uma filha de 8 anos, que é meu porto seguro, e sempre fui muito sonhadora, mas confesso que também muito confusa, na minha infância tinha muita dificuldade com os estudos, em específico no ensino fundamental, com o passar dos anos fui me esforçando mais para melhorar e mudar, e meu escape era a leitura, eu lia tudo que via pela frente, todo dia, às vezes um dia todo. O que me ajudou muito foi que, perto da minha casa, tinha um centro cultural, que eu também podia chamar de refúgio, os funcionários me incentivaram, faziam campeonatos, para mim, foi um dos melhores momentos da minha infância.
Mas foi no ensino médio que, com esforço, força de vontade e foco nos estudos, consegui melhorar minhas notas, consegui ter um bom desempenho escolar, consegui me enxergar parte de algo maior, pois sempre tive o sonho de mudar a situação financeira de minha família. Graças a Deus, sempre tivemos condições de ter o básico, éramos muito felizes, e tínhamos muito amor, fui crescendo e amadurecendo, e meus sonhos foram crescendo juntos comigo, foi quando eu percebi quais eram meus maiores sonhos.
Cheguei no fim do ensino médio e posso dizer, com certeza, que foi maravilhoso, cheio de experiências e amigos que levo até hoje, finalizei o ensino médio com 17 anos, e, na época, fiz o vestibular para entrar na faculdade no curso de Arquitetura e Urbanismo. Fiz dois anos, do curso com a maior vontade e determinação que eu pude, então, meu pai veio a falecer, eu com 18 aninhos, resolvi sair do curso para poder trabalhar e ajudar minha mãe, que, agora, cuidava sozinha da família, minha vida mudou radicalmente, foi um dos primeiros baques que a vida me deu, confesso que eu não estava preparada, mais fiquei de pé.
Foi então que, em 2013 tive minha primeira e única filha, e as coisas mudaram de verdade, a responsabilidade aumentou em 100%, pois esse serzinho era totalmente dependente de mim, deixei os estudos de lado, coisa que eu não aconselho a ninguém. Pode parecer clichê, mas realmente um filho não te impede de realizar nada, corri meio mundo nesse período para que não faltasse nada para minha filha, me profissionalizei tive várias experiência de trabalho, no entanto eu sentia falta de algo e resolvi voltar a estudar. Entrei no curso de Pedagogia na época fui para a faculdade Fameta, minha filha já tinha 4 aninhos, trabalhava o dia inteiro e estudava à noite, eu gostava dessa rotina, que me deu amizades maravilhosas, em especial, uma que até hoje andamos juntas.
Até que o cansaço chegou, e eu senti que não aguentaria, vendo minha filha apenas no fim de semana, quando eu saia ela estava dormindo, quando eu voltava também. Foi então que eu resolvi tentar as vagas residuais da UFAC, fiz o processo na época e consegui, junto com minha amiga, conseguimos.
Entrei na UFAC, no 2º semestre, passei por momentos de medo, indecisão, tristeza, mas também muita felicidade, eu e minha amiga nos casamos no mesmo ano e foi um ano maravilhoso. Falando ainda de encontros, tenho o prazer de ter no percurso mais uma amiga maravilhosa que conheço desde bebê, e uma que somos tão parecidas que nos tornamos confidentes. Não posso dizer que foi fácil, sem renda, vendia produtos de beleza aos meus colegas de faculdade, mais depois de um tempo consegui uma bolsa de iniciação à docência, tinha que estar presente na escola três vezes na semana no Bujari, aguentei firme, até finalizar o processo, aprendi muito.
Sou muito grata pelas oportunidades que me foram dadas na universidade, pelas amizades que fiz, todos os professores contribuíram e contribuem para o meu conhecimento em diversas áreas de minha vida, pessoas que me inspiram, como também pessoas que não gostaria de ser. Mesmo com uma rotina corrida de trabalhadora, mãe, dona de casa, eu sei que tenho muito a realizar, minha filha é a minha maior razão.
No período de 2019 e 2021 tivemos que passar por um momento muito delicado, não só pra mim, mas para o mundo inteiro, um turbilhão de emoções, sentimentos, perdas, a vida em geral, o que conhecemos como mundo foi modificado, e tivemos que nos adaptar, foi difícil demais na sua maioria, o medo, a ansiedade, venci muitas batalhas dentro de um quarto, e tenho certeza que não fui apenas eu que passei por isso. Hoje eu espero que tudo melhore, que tudo fique bem. Eu sigo firme em meu propósito, em ser alguém para minha filha, em conquistar meus sonhos e, com certeza, ser alguém que faz a diferença.
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