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História
Por: Museu da Pessoa, 18 de setembro de 2020

Pra onde a maré vai, a gente vai

Esta história contém:

Pra onde a maré vai, a gente vai

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Bubuia é o meu apelido, meu apelido artístico.

Mestre Bubuia, cantor de carimbó.

Porque é uma linguagem nossa aqui da região: é a pescaria de bubuia, eu também sou pescador.

Por exemplo: a gente ia pescar pro rio, né, a gente chega lá, joga a rede, joga a linha lá e aí a gente fica de bubuia em cima da maré.

Por onde a maré vai, a gente vai e quando a maré volta, a gente volta junto com a maré, por isso que é o de bubuia.


Olha, o rio sempre foi importante, foi o meio de vida, né? Tanto para sobrevivência, como para transporte, porque pelo rio se viaja e também no rio que a gente buscava, muitas vezes, o nosso alimento.

Naquele tempo tocava as músicas, era dos anos 70, era as músicas do Roberto Carlos, Ronnie Von e aí já apareceu o Pinduca.

A gente escutava muito merengue, as lambadas também, que a gente chamava de lambada internacional.

Depois que foi surgindo, surgiu o brega, né, o carimbó também, no tempo do Pinduca e do Verequete.


Olha, eu já estava, já vinha com intuição de tocar, de cantar, desde menino, que papai tocava algumas coisas lá, cantava também.

Ainda mais que papai curtia um goró e cantava e tocava um pouco de banjo lá também.

Já vem de lá, mas aí foi já pra cá, depois dos anos, talvez dos anos 90 pra cá, que eu comecei a me envolver mais com os colegas, negócio de bar e aí a gente montou, fomos montando um negócio de conjunto de pagode, de cantar em bar, só para beber cachaça mesmo.

Bebia cachaça e ia animar a galera.

Foi dos anos 80 pra cá, dos anos 90, né? É, eu sempre vivi no Quilombo Gibirié.

Deixa eu ver, eu nasci em 1958, fui nascido e criado lá, junto com a mamãe e papai, da forma que te falei, nas minhas primeiras canções, de sobrevivência.

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Bubuia é o meu apelido, meu apelido artístico. Mestre Bubuia, cantor de carimbó. Porque é uma linguagem nossa aqui da região: é a pescaria de bubuia, eu também sou pescador. Por exemplo: a gente ia pescar pro rio, né, a gente chega lá, joga a rede, joga a linha lá e aí a gente fica de bubuia em cima da maré. Por onde a maré vai, a gente vai e quando a maré volta, a gente volta junto com a maré, por isso que é o de bubuia.
Olha, o rio sempre foi importante, foi o meio de vida, né? Tanto para sobrevivência, como para transporte, porque pelo rio se viaja e também no rio que a gente buscava, muitas vezes, o nosso alimento. Naquele tempo tocava as músicas, era dos anos 70, era as músicas do Roberto Carlos, Ronnie Von e aí já apareceu o Pinduca. A gente escutava muito merengue, as lambadas também, que a gente chamava de lambada internacional. Depois que foi surgindo, surgiu o brega, né, o carimbó também, no tempo do Pinduca e do Verequete.
Olha, eu já estava, já vinha com intuição de tocar, de cantar, desde menino, que papai tocava algumas coisas lá, cantava também. Ainda mais que papai curtia um goró e cantava e tocava um pouco de banjo lá também. Já vem de lá, mas aí foi já pra cá, depois dos anos, talvez dos anos 90 pra cá, que eu comecei a me envolver mais com os colegas, negócio de bar e aí a gente montou, fomos montando um negócio de conjunto de pagode, de cantar em bar, só para beber cachaça mesmo. Bebia cachaça e ia animar a galera. Foi dos anos 80 pra cá, dos anos 90, né? É, eu sempre vivi no Quilombo Gibirié. Deixa eu ver, eu nasci em 1958, fui nascido e criado lá, junto com a mamãe e papai, da forma que te falei, nas minhas primeiras canções, de sobrevivência. Continuar leitura

Título: Pra onde a maré vai, a gente vai

Data: 18 de setembro de 2020

Local de produção: Brasil / Barcarena

Autor: Museu da Pessoa

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