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História
Por: Museu da Pessoa, 1 de outubro de 2015

Por toda vida, professora

Esta história contém:

Por toda vida, professora

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Eu nasci em Bom Jesus da Gurgueia, no Piauí. Lembro de muita coisa de lá. O riacho era uma coisa maravilhosa, o barulho do rio, da chuva. Aqui em São Paulo, quando chove, nós abrimos o guarda-chuva, lá não, quando chove, vai todo mundo pra rua festejar a chuva. Eu saí de lá eu quando tinha cinco anos. Minha mãe ficou noiva três vezes e nenhuma vez deu certo o casamento. Sempre as vésperas do casamento, ele acabava. Não era para ser. Aí, um belo dia, numa festa de São João ela foi para a cidade festejar, encontrou o meu pai e ele falou: “Vamos casar?”, ela falou: “Só se for hoje”, e casaram. Eles moravam em cidades próximas, mas não se conheciam. Eles foram para a casa dos meus avós maternos e eles falaram: “Agora você vai embora”, e eles foram morar na casa dos meus avós paternos. Quando estava próximo do meu nascimento, a minha mãe falou: “Eu vou ter o meu bebê na casa da minha mãe”, e o meu pai falou: “Se você for você não volta mais”, e ela falou: “Então, eu vou”, e foi. Eles se separaram e nunca mais ficaram juntos.

Quando eu ia completar cinco anos, meu pai esteve na região onde a minha mãe morava e avisou: “Eu vou mandar buscar a menina para botá-la na cidade para estudar”, minha mãe falou: “Pode vim buscar”. Pegou uma trouxinha nas costas e veio-se embora para São Paulo e não deu mais o endereço para ninguém da família dela e nem da família do meu pai. Eu lembro de muita coisa dessa viagem para São Paulo, nós saímos de Parabatins de noite a cavalo, eu, a minha mãe e o meu tio, que nos levou até Bom Jesus. Lá, nós pegamos o ônibus que nos traria até a Bahia. Chegamos na Bahia e pegamos um outro ônibus que nos trouxe até São Miguel Paulista, na casa dos meus tios. Ficamos lá pouco tempo e minha mãe começou a trabalhar de diarista. Eu fiquei durante um ano nessa casa com a minha mãe e no ano seguinte completei...

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