Filha única, vivia com os pais, muito rígidos, na Fazenda União em Santa Cruz do Rio Pardo-SP. Brincava de peteca e com a primeira boneca que ganhou aos 3 anos. Ela e as amigas não conheciam bem a cidade e faziam o mesmo trajeto para irem à escola, mas um dia se perderam ao acompanharem uma briga. Competiam para ver quem tomava mais Ki-suco sem água. Marilsa ganhou e passou mal.
Refrigerantes só tomavam no fim do ano, gelados na mina por falta de geladeira. Aos fins de semana, amigos e familiares se reuniam na calçada para contar histórias e comer bolos e pães preparados por sua mãe. Ela era analfabeta, mas incentivava a filha a estudar. Vendia salgados para comprar o material escolar e Marilsa trabalhava para pagar a faculdade. A pior época foi quando a mãe morreu de trombose.
Adora ler e fazer palavras cruzadas, seu livro favorito é Meu pé de laranja lima. Suas melhores qualidades são honestidade e sinceridade. Se pudesse voltar no tempo não mudaria nada, as fatalidades fazem parte da vida. Quer ser lembrada como uma pessoa do bem e amiga de todos.
Texto coletivo dos alunos do 6º ano B da EMEF “Prof. Arnaldo Moraes Ribeiro” - Santa Cruz do Rio Pardo-SP. Professoras Rosangela Maria Zanzarini (Português) e Juliana Venturini Domiciano (Arte)