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História
Por: Museu da Pessoa,

Periferia, acaso, competência e projeção

Esta história contém:

Periferia, acaso, competência e projeção

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Meu nome é Gustavo Carvalho da Silva, nascido em Ribeirão Preto, nasci em seis de maio de 1986.

Meus avós maternos, eu conheci. Os paternos, não. Meu avô é Celso de Souza Carvalho, pai da minha mãe, um cara bem único, diferente, engraçado pra caramba, cheio de manias. Aquele sujeito que saiu do campo e foi começar a criar os filhos na cidade. Eles são de Joaquim da Barra, onde, em muitos momentos da infância, a gente acabou se reunindo lá. E minha avó, Sara Anselmo, é aquela senhorinha de filme, de novela, que cuida dos netos, todos os filhos e tal. Tem sempre um bolo, um pão de queijo em casa.

Meu avô trabalhou muitos anos na colheita de soja. Ele fazia muita colheita em Goiás, Mato Grosso, na época em que começou, e ele tinha uma equipe, vamos chamá-lo de empreiteiro, e ele ia muito para essas colheitas na época de safra. A minha avó veio do corte da cana, ela trabalhou muito tempo no corte da cana, acordava cedo. Era engraçado. Às vezes, a gente estava na casa dela e dava duas, três horas da tarde, ela estava voltando. Era uma época em que as coisas eram muito legais de se conhecer porque a pessoa vai para o canavial, veste uma roupa, está um baita de um calor, a pessoa veste uma roupa super de frio e volta toda suja de fuligem. Era bem legal. Então, eu tive um contato muito bom com meus avós e os respeitava muito, também. A gente brinca assim que, dos netos, eu era o que mais passou tempo com eles porque eu ficava ali, muito na vontade de aprender o que eles estavam fazendo, diferente.

Eu fui uma vez no trabalho do meu avô, ele foi pra Minas, norte de Minas, fazer uma colheita de soja, e esse foi o meu primeiro contato com a engenharia, de fato, entre todos os registros que já fiz, retrospectivas da minha vida... Porque meu avô fazia medida de terra no passo, que era uma medida antiga que as pessoas usavam, ele saía andando, contando quanto, qual era a área que ele tinha pra fazer. E aí teve um dia que ele até brincou...

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Dados de acervo

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Entrevista de Gustavo Carvalho da Silva

Entrevistado por Danilo Eiji Lopes

Ribeirão Preto, 4 de junho de 2019

Projeto Vedacit

Entrevista número PCSH_HV775

Transcrito por Selma Paiva

P/1 – Inicialmente eu gostaria de agradecer pela presença, por vir e dar a entrevista. Não precisa olhar para a câmara, pode olhar pra gente, a conversa aqui. Para nosso registro eu queria que você falasse seu nome completo, a data de nascimento e o local.

R – Meu nome completo é Gustavo Carvalho da Silva, nascido em Ribeirão Preto, nasci em seis de maio de 1986.

P/1 – Antes de também ir pra sua vida, você conheceu seus avós, sabe a história da sua família?

R – Sim.

P/1 – Conta um pouquinho.

R – Meus avós maternos eu conheci. Os paternos, não.

P/1 – Conta um pouquinho deles, o nome, o que eles faziam...

R – Meu avô é Celso de Souza Carvalho, pai da minha mãe, uma cara assim bem único, assim, diferente, engraçado pra caramba, cheio de manias. Aquele sujeito que saiu do campo e foi começar a criar os filhos na cidade. Eles são de Joaquim da Barra, onde, em muitos momentos da infância, a gente acabou se reunindo junto lá e minha avó, Sara Anselmo, também uma senhora, aquela senhorinha de filme, de novela, que cuida dos netos, todos os filhos e tal. Tem sempre um bolo, um pão de queijo em casa, né? Meu avô trabalhou muitos anos na colheita de soja, né? Ele fazia muita colheita em Goiás, Mato Grosso, na época que começou e então ele tinha uma equipe, vamos chamar de empreiteiro, vai e ele ia muito pra essas colheitas na época de safra e a minha avó veio do corte da cana. Então, ela trabalhou muito tempo no corte da cana, acordava cedo. Era engraçado. Às vezes a gente estava na casa dela e dava duas, três horas da tarde, ela estava voltando. Era uma época em que as coisas eram muito legais de se conhecer, né? Porque a pessoa vai para o canavial, veste uma roupa, está um baita de um calor, a pessoa veste uma roupa super de...

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