Regina Célia Esperini Gerbelli nasceu em 20 de Junho de 1963, na cidade de Santo André, São Paulo. Filha de Orlando Esperini e Ana Maria Esperini. De origem italiana teve seus avós maternos, João Batista Catelan e Ana Maria Catelan, como também, os avós paternos Alfredo Esperini e Cesira Zangarini Esperini que se estabeleceram no Brasil, vindos como imigrantes na década de 40. Seus pais nasceram no Brasil, no Estado de São Paulo, sua mãe em São Bernardo do Campo e seu pai, em Presidente Prudente. Regina Célia declarou ter uma irmã muito querida, chamada Simoni Aparecida Esperini, que hoje é casada e mãe de dois filhos lindos.Regina Célia passou parte de sua infância ao lado de seus familiares, parentes e amigos na cidade onde nasceu Santo André, São Paulo. Morando em uma casa bastante pequena e humilde, era construída nos fundos de um terreno, não possuindo muro e nem portão e sua frente era todo de terra, portanto com bastante área para se brincar. O quintal todo de terra não tinha infra-estrutura, havia algumas árvores, jardins e uma horta no fundo da casa, seus pais gostavam muito de cultivar a terra e plantar para ajudar no sustento do lar, também tinham alguns animais, como porcos, galinhas, coelhos e um cachorrinho da raça pequinês. Ela se divertia muito brincando com os coelhos. O que a deixava muito triste, é que os coelhos eram criados por seus pais, para serem vendidos e alguns também serviam de alimentos para a própria família. Seu pai aproveitava o couro do coelho, curtindo-os e utilizando-os posteriormente como golas e punhos de roupas, isso a entristecia muito, em alguns momentos acabava até chorando. Regina Célia foi uma menina muito levada, arteira, mas muito carinhosa e cheia de sonhos para realizar. E como era descendente de italiano, sua comida preferida era e ainda é a macarronada. Na época, as brincadeiras giravam em torno de bonecas, casinha, escolinha, faziam comidinhas, batizado das bonecas,...
Continuar leituraRegina Célia Esperini Gerbelli nasceu em 20 de Junho de 1963, na cidade de Santo André, São Paulo. Filha de Orlando Esperini e Ana Maria Esperini. De origem italiana teve seus avós maternos, João Batista Catelan e Ana Maria Catelan, como também, os avós paternos Alfredo Esperini e Cesira Zangarini Esperini que se estabeleceram no Brasil, vindos como imigrantes na década de 40. Seus pais nasceram no Brasil, no Estado de São Paulo, sua mãe em São Bernardo do Campo e seu pai, em Presidente Prudente. Regina Célia declarou ter uma irmã muito querida, chamada Simoni Aparecida Esperini, que hoje é casada e mãe de dois filhos lindos.Regina Célia passou parte de sua infância ao lado de seus familiares, parentes e amigos na cidade onde nasceu Santo André, São Paulo. Morando em uma casa bastante pequena e humilde, era construída nos fundos de um terreno, não possuindo muro e nem portão e sua frente era todo de terra, portanto com bastante área para se brincar. O quintal todo de terra não tinha infra-estrutura, havia algumas árvores, jardins e uma horta no fundo da casa, seus pais gostavam muito de cultivar a terra e plantar para ajudar no sustento do lar, também tinham alguns animais, como porcos, galinhas, coelhos e um cachorrinho da raça pequinês. Ela se divertia muito brincando com os coelhos. O que a deixava muito triste, é que os coelhos eram criados por seus pais, para serem vendidos e alguns também serviam de alimentos para a própria família. Seu pai aproveitava o couro do coelho, curtindo-os e utilizando-os posteriormente como golas e punhos de roupas, isso a entristecia muito, em alguns momentos acabava até chorando. Regina Célia foi uma menina muito levada, arteira, mas muito carinhosa e cheia de sonhos para realizar. E como era descendente de italiano, sua comida preferida era e ainda é a macarronada. Na época, as brincadeiras giravam em torno de bonecas, casinha, escolinha, faziam comidinhas, batizado das bonecas, casamentos, era uma festa todos os dias. Outras brincadeiras também marcaram a sua infância, como carrinho de rolemã, pé de lata, bola, pipa, todos estes construídos por eles. Mas, o que ela mais gostava de fazer era dentre todas as outras: empinar pipa, sua infância foi marcada por esses acontecimentos, não estando nunca sozinha, pois brincava sempre com sua irmã, suas primas e seus primos. Aos seis anos, Iniciou sua vida escolar, em uma pré-escola. A escola era grande com quatorze salas, era em forma de L, os vidros decorados com borboletinhas, paredes claras, amarelinhas, com o pátio grande fechado de biombo formando um quadrado, neste espaço é que ficavam as mesas para a merenda. As salas de aula continham oito mesas, com quatro cadeiras; os armários de alvenaria ficavam numa altura que as crianças tivessem acesso aos materiais. Havia aulas no período da manhã, tarde e intermediário, na escola eles aprendiam um pouco de tudo, como por exemplo: costurar, bordar, fazer crochê, macramê, peças com retalhos, como se observa as atividades eram ricas e bem diversificadas. Em sua vida escolar teve varias professoras que marcaram a sua vida, mas entre todas, foram três que fizeram a diferença. A primeira professora chamada Tia Dourado, muito carinhosa, marcou por ser a primeira, tinha muita paciência com ela e com os outros alunos. Outra professora foi a da terceira série, pois na época a Regina apresentava dificuldades em matemática, e a professora não só a ensinava na escola como também em casa, pois elas moravam perto uma da outra. A terceira professora que deixou saudades foi a Dosolina, que era professora e diretora da escola onde a Regina fez o colegial. Elas tinham tamanha afinidade que quando a Regina veio para Indaiatuba a Dosolina fez uma festa de despedida para ela. Entre muitas lembranças, teve uma que marcou muito sua infância, aliás, já estava entrando na adolescência, foi na formatura de oitava série, e seu maior sonho era ir ao baile, pois seria o seu primeiro. Ela, portanto, queria muito um vestido longo, e um sapato de salto, mas como sua família era muito pobre, não havia conseguido realizar alguns de seus sonhos de consumo. Para se ter noção das dificuldades enfrentadas na época, a Regina conhecia de calçados apenas o chinelo e a conga, as roupas que usava para passear e ir as missas aos domingos era uma calça vermelha e a blusa do uniforme escolar. Sua mãe retirava o emblema da escola fixado por alguns botões na blusa e assim a mesma se tornava uma bela roupa de passeio. Já não tendo muitas opções de roupas. Certo dia, ela foi levar torresmo para o seu tio, no caminho caiu e rasgou sua única calça vermelha; mas como a necessidade aumenta a criatividade também faz parte do cenário da vida, sua mãe de forma bastante original, acabou consertando-a, costurou sobre o “rasgo” um emblema de bichinho, que acabou ficando como um enfeite e desta forma, pode usar a calça ainda por muito tempo. Sua mãe era empregada doméstica, trabalhava para ajudar no sustento da casa e também buscava ajudar na realização do sonho da filha, que era ter um vestido longo e um sapato de salto. Sendo assim, sua mãe sugeriu que Regina fosse trabalhar com ela de empregada, assim poderiam comprar o vestido e o sapato tão sonhado. Regina por sua vez aceitou no ato o desafio. Na época se comprava roupas e tecidos em feiras livres. Sendo assim, mãe e filha foram já no dia seguinte em uma feira para comprar o tão sonhado tecido do seu vestido. Ela gostava muito de roupas claras, e assim então compram um tecido branco, de seu gosto. Levou para sua tia que fez o molde e cortou o tecido. Sua mãe foi quem costurou, depois de pronto, ao experimentar, se decepcionou, pois seu vestido ficou parecendo uma camisola por ser todo branco. Diante do problema ficaram imaginando; O que poderia se feito? Ai Regina teve uma ideia, já que tinha aprendido fazer crochê, comprou linha prateada e fez o corpinho do vestido de crochê, e com a sobra ainda fez uma echarpe, ela estava muito feliz, mas ainda faltava o sapato. Foi até o sapateiro para comprar um sapato usado, embora tivesse apenas um branco, e ainda ficou um pouco grande, nem se importou, pediu para pintar de prata. O conserto e, o sapato ficava em cinco cruzeiros, mas só tinha três, conversaram com o sapateiro e foram trabalhar mais uma pouco para conseguir os cruzeiros que faltava. Quando foi buscar o sapato teve uma grande surpresa O sapateiro sabendo das dificuldades da família deu-lhe o sapato de presente. Enfim, chegou o grande dia, estava muito feliz, se não fosse o vestido mais bonito do baile, estava entre os mais belos. Sua juventude foi marcada pelas músicas e bailinhos de fundo de quintal, eles colocavam lonas como telhado, algumas lâmpadas coloridas e lá dançavam e faziam amigos. Além desse divertimento tinha também os passeios em praças e parques, tudo o que não precisassem pagar. Quando tinha dezessete anos conheceu o seu marido Alexandre, com quem vive até hoje, o grande amor da sua vida. Tudo aconteceu quando a Regina veio para Indaiatuba, tinha deixado um namorado em São Bernardo, no inicio após a mudança seu ex-namorado vinha todos os fins de semana, depois foi se distanciando até que não veio mais, Ela estava na festa de aniversário do filho do vizinho, quando o Alexandre chegou com sua família na mesma festa de aniversário, ele se encantou com a Regina em uma conversa lhe disse: - Vou me casar com você Como ela estava muito magoada por seu namorado tê-la deixado, olhou pra ele e disse: - Seu besta Eu vou ser freira, nunca vou me casar. As tias do Alexandre diziam: - Regina dê uma chance a ele. Convide o Alexandre para conhecer a cidade de Indaiatuba o bairro de Itaici, ou para tomar um sorvete. Foi assim que ela resolveu dar uma volta, foram tomar um sorvete. Foi ela, a irmã e o primo dele. O Alexandre tinha um carro muito pequeno, era um Puma, e quando eles passavam em uma lombada, duas pessoas tinham que descer do carro para não bater embaixo, o passeio acabou sendo muito engraçado. Na semana seguinte, foi feriado, era dia 21 de Abril. Aproveitando o feriado Regina foi para São Bernardo do campo, para ver novamente seu ex-namorado, quando ele soube que ela estava lá, esperou ela entrou pela porta da frente e ele saiu rapidamente pela porta dos fundos, felizmente ela percebeu que ele não gostava mais dela. Assim que Alexandre soube que a Regina estava em São Bernardo, foi correndo para a casa da avó dela, ele queria muito vê-la. Chegando lá, ele a convidou para ir passear a um mini zoológico, ficaram passeando e conversaram muito. Quando eles chegaram perto de onde ficavam os macacos, ele acabou declarando seu verdadeiro amor por ela. Neste momento ela resolveu dar uma chance e começaram a namorar. Depois de um namoro e muito amor resolveram se casar. O casamento de Regina Célia e Alexandre foi realizado no dia 10/04/1980 em São Bernardo do Campo. Ela morava em Indaiatuba, mas casaram-se em São Bernardo do Campo, devido aos parentes que moravam nesta cidade. No dia do seu casamento chovia muito, parecia que o mundo iria acabar. O seu primo ficou responsável de levá-la até a Igreja. Ele tinha um fusca, quase não conseguia andar com tanta chuva, e para chega à igreja tinha que atravessar uma ponte e com tanta chuva, a ponte estava submersa pela água. Lá se foi à noiva no carro do primo. O carro quase que não conseguia andar, no fim ela acabou se molhando estragando o penteado e sujando um pouco até o vestido de noiva. A cerimônia do seu casamento estava marcada para as dezoito horas, mas ela conseguiu chegar á igreja ás dezenove horas e oito minutos, o padre ficou muito bravo, quase que ele não abençoou a união dos dois, conclusão, fez o casamento em nove minutos. Os pais dos noivos fizeram uma festa muito simples no fundo do quintal, tinha um bolo, um churrasquinho e para beber a famosa Tubaína. Mas, quase nem dava para ficar no ambiente da festa, pois a chuva ainda estava muito forte. Regina e Alexandre não foram viajar, ficaram em São Bernardo do Campo até no domingo, depois foram para a casa deles em Indaiatuba, onde moram até hoje. Entre muitos dos momentos felizes, Regina se encanta, ao falar de suas duas filhas, que são o fruto do amor dela e do Alexandre. Uma das filhas chamada Ana Paula com 29 anos e Fernanda com 26 anos, as duas filhas já são formadas, a Fernanda é Arquiteta e Ana Paula Nutricionista. Neste ano Regina viveu mais um momento feliz na sua vida, foi o casamento da filha Fernanda. Regina Célia teve o seu primeiro emprego com apenas sete anos, na época não era proibido crianças menores trabalharem, ela foi ser babá de uma menina com aproximadamente quatro anos chamada Andréia. Ao lado da casa da Regina morava um casal com uma filha, eles sabiam das necessidades da família da Regina; então sugeriu para a mãe deixar a Regina ajudar sua esposa cuidando da sua filha. Regina foi muito feliz neste emprego, na casa dos patrões ela comia coisas que na casa dela não tinha como; carne macarrão, e outros alimentos que em sua casa era muito escasso. Outro momento em que ela se deliciava no emprego é quando organizava o quarto da menina, este momento era muito prazeroso, pois aproveitava para brincar com uma boneca chamada Susi, passava horas e horas organizando e brincando. Com muitas dificuldades conseguiu estudar, hoje trabalha como diretora de escola. Sempre teve uma relação muito forte com a educação, ama demais as crianças, acredita plenamente em um futuro melhor e, que para isso se tornar realidade, dependerá da boa formação dos alunos de hoje. Quando Regina Célia era ainda criança teve a oportunidade de conviver com o Lula, ela nem imaginava que um dia ele seria o nosso Presidente. É por isso e por outros motivos que acredita muito na educação, na formação do ser humano, nos seus alunos, como sendo protagonistas de um futuro melhor. Na época em que a Regina estudava, a sua família não tinha condições de comprar lápis coloridos, e ela tinha muita vontade de colorir os seus desenhos. Então pegava todas as pontinhas de lápis que caiam entre o assoalho da sala de aula, isso a deixava feliz, pois assim ela conseguia colorir seus desenhos. Hoje, a vida tornou-se bem mais fácil do que antigamente, as crianças têm todo o material necessário para usar na escola. Além do emprego como diretora, Regina trabalha também como voluntária de uma entidade sem fins lucrativos. A entidade dos Vicentinos, a qual tem como objetivo assistir famílias carentes, eles distribuem cestas básicas, procuram resolver alguns problemas particulares, com apoio de alguns especialistas, como psicólogo, e outros profissionais da saúde. Uma vez por semana, os grupos de voluntários participam de uma reunião para elaborarem novas estratégias para administrar essas famílias. Este trabalho proporciona muito prazer, pois, já não existem muitas pessoas solidárias, generosas e com disponibilidade para ajudar o próximo. Regina participa também de encontro de casais. O encontro de casais é uma atividade desenvolvida na igreja. Ela auxilia as pessoas informando a finalidade do batismo, da crisma, do casamento, etc. Regina é uma pessoa muito religiosa. Ela tinha dez anos de idade quando fez sua primeira comunhão e vive a sua religiosidade até hoje. Era tão inocente que acreditava que Deus descia e ficava na igreja, como mostra a foto. Ocorreram muitas mudanças na cidade onde passou parte de sua infância, hoje as ruas ganharam infra-estrutura, comercio, praças, bancos e muitas casas de alvenaria, sendo que na época a maioria era de madeira, embora, ainda existem as casas de madeira, mas, não na mesma proporção e nem necessariamente onde ela viveu. A cidade de Indaiatuba onde passou a sua juventude também sofreu muitas transformações, na época era uma cidade muito tranquila, muitas ruas sem asfalto, transitavam-se muitas carroças, charretes, bicicletas e havia aproximadamente 37 mil habitantes. Hoje é tudo muito diferente, o transito é muito caótico, pessoas que não se preocupam com o próximo e também há uma população de aproximadamente 200 mil habitantes. Regina ainda tem um grande sonho a ser realizado, quer ser vovó, mas, acredita também na possibilidade de ganhar dois netos de uma só vez. Na família da sua mãe havia gêmeos. Portanto, a probabilidade de nascer gêmeos na família é grande. Ao finalizarmos o nosso trabalho Regina Célia disse: - Acredito que este trabalho foi muito importante para o aprendizado de vocês. Para mim foi ainda mais gratificante, além de ter colaborado com o grupo, contei um pouco da minha história e pude reviver tudo novamente. Lembrando que, a minha vida não foi muito fácil, mas, nunca perdi a esperança, primeiro sempre acreditei e acredito muito em Deus, e em segundo lugar nunca devemos desistir dos nossos sonhos. O estudo é fundamental para se conquistar algo na vida, e assim poderão ter a esperança e um amanhã melhor.
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