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História
Personagem:
Por: , 22 de março de 2017

Para uma vida feliz, filhos e educação artística

Esta história contém:

Para uma vida feliz, filhos e educação artística

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Meu pai já tinha dez filhos quando casou com a minha mãe e a minha mãe teve três meninas: Sou a primeira delas.

Pela família do meu pai, havia bastante negros. Ele mesmo contava sobre a escravidão, histórias que a vó dele já contava pra ele. Interessante também na figura do meu pai era sobre Lampião do Cangaço lá em Aracaju, Sergipe. Meu pai trabalhava como agricultor e muitas vezes o bando de Lampião passava por ali e eles tinham que largar tudo para se esconder. Interessante essas histórias que ele contava. E dava até nome aos cabras de Lampião. Já minha mãe era branca, descendente de portugueses, uma pessoa muito festiva, que adorava cantar. Gostava muito de novena. Quando criança eu frequentava a igreja e participada das novenas, cantando aqueles hinos de procissão, vestida de anjo, foi muito boa a minha infância.

Estudei em colégio de freiras com as minhas irmãs. Meu pai deixava a gente ir para escola que era para não se misturar com os peões da fazenda, de outros locais. Ele queria que a gente tivesse um futuro melhor. Dentre outras filhas dele, muitas saíram de Aracaju para estudar em Salvador, ou para estudar no Rio de Janeiro e se formar em Enfermagem. Naquela época, era muito concorrida a Enfermagem Ana Neri, no Rio de Janeiro, mas a gente não queria sair de Aracaju, então eu fiz o magistério e depois a Escola Normal pra ser professora. Fiz concurso na rede estadual lá em Aracaju, mas como já tinha um namorado, então “ou casa ou vai trabalhar”, o pai falava. Tive que deixar os estudos e me casei. Era o meu primeiro namorado, que era irmão de uma colega de colégio. O pai não concordava que ficasse um namoro prolongado: Namorou duas, três vezes, andava na festa da igreja, tinha que já ter um compromisso.

Aos 20 anos, mudamos para Salvador-BA, mas logo fiquei grávida e fui ter os filhos em Aracaju, perto da minha mãe, já que seria a primeira neta dela. Voltei de novo para Salvador e engravidei da...

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Carmem no Museu da Pessoa

Carmem no Museu da Pessoa.

período: Ano 2017
local: Brasil / São Paulo / São Paulo
imagem de: Carmen Freitas Teixeira
crédito: Museu da Pessoa
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Dados de acervo

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P/1 – A senhora fala o seu nome completo mais uma vez, a sua data e local de nascimento?

R – Carmen Freitas Teixeira, cinco de junho de 1948. Aracaju, Sergipe.

P/1 – Qual que é o nome dos pais da senhora?

R – Francisco Freitas Santos e Leoncia Freitas Medeiros.

P/1 – E a senhora tem irmãos?

R – Sim. Então, eu sou a terceira, mas entre todos os filhos do meu pai, eu sou a 13ª. Ele já tinha dez quando casou com a minha mãe e a minha mãe teve três meninas, eu sou a primeira, aí depois de mim, ainda teve mais duas meninas.

P/1 – E sobre as origens da sua família, assim, você lembra dos seus avós, como que você lembra dos seus avós?

R – Então, pela família do meu pai, tinha bastante negros, então ele mesmo contava ainda da escravidão, que a vó dele já contava para ele, né? Interessante também na figura do meu pai era sobre lampião do cangaço lá em Aracaju, Sergipe. Então, ele trabalhava como agricultor, isso ele novo, ainda e muitas vezes, o bando de lampião passava e eles tinham que largar tudo para se esconder. Interessante essas histórias que ele contava. E dava até nome dos cabras de lampião, então, agora pela parte da minha mãe, não, ela era branca, descendentes de portugueses, né? Mas era muito, assim, festiva, ela gostava de cantar, gostava muito de novena. Eu fui criança ainda para a igreja, fazendo novena, cantando aqueles hinos de procissão, vestida de anjo, foi muito boa a minha infância.

P/1 – E você sabe em que ocasião que eles se conheceram, assim, depois, se casaram?

R – Bem, como no nordeste é assim, o homem tem várias mulheres, né, e ela era uma das, ela era novinha, a família dela era do interior, Aracaju é a cidade de Sergipe e a minha mãe era de Capela, é um município e oi meu pai de Itaporanga, né, quer dizer, uma cidade próxima da outra, né, e sempre nesses lugares tinha feira e eles todos se encontravam na feira. Aí, um belo dia, ele convidou para morar… para ela...

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Título: Para uma vida feliz, filhos e educação artística

Data: 22 de março de 2017

Local de produção: Brasil / São Paulo / São Paulo

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