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História
Por: Museu da Pessoa, 23 de junho de 2017

Para mim, a vida foi dura mas foi boa. Ela é boa.

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Para mim, a vida foi dura mas foi boa. Ela é boa.

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No total, éramos sete irmãos: três meninas e quatro meninos. Dos meninos, sou o mais velho. Meu pai morreu atropelado por um carro quando eu ainda estava na barriga da minha mãe. Meu padrasto morreu porque tinha muito catarro no peito. Minha mãe? Morreu de tanto… vamos dizer, assim, de tanto usar droga. Então para mim, a vida foi dura, como a de qualquer um que passou por aqui. Mas enquanto tive meus pais, amigos e pessoas que me amam, ela foi boa e perfeita.

Durante minha infância ficava sempre com meus irmãos. A gente se divertia, soltava pipa, às vezes buscava pão na padaria. A gente fazia muitas aventura no modo de se divertir e ficar um com o outro, porque a união faz a força. Minha mãe era faxineira, ia trabalhar de segunda a sexta, à tarde. Meu padrasto também ia trabalhar porque ele era pedreiro. Eu e meus irmãos ficava brincando lá em casa, às vezes a gente fazia comida e aí à tarde eu e meu irmão soltava pipa e jogava bola. A gente fazia algumas arte. Eu curtia bastante.

Quando meu padrasto faleceu, antes da minha mãe morrer, eu fui para o Abrigo Guaranis, que me acolheu e onde estou até hoje. Fomos só eu e os meninos. Minha mãe não tinha condição de ficar com a gente.

As meninas do conselho tutelar foram em casa num domingo. Quando entendi que elas ia levar eu e meus irmão pra Fundação Casa, joguei as roupa que estava na cama, em cima na minhas irmãs, que dormiam. Quando acordaram, perguntaram pra minha mãe: “Cadê os menino?” Minha mãe falou, chorando: “Eles foi para o abrigo”; “Aonde?”; “Lá na vila Yolanda”. Minha mãe ficou com o coração assim apertado, porque foi duro.

A gente não sabia o que era abrigo. A gente não conhecia as pessoas. A gente era tímido. Foi sinistro. A mulher do abrigo disse: “Hoje você vai poder dormir junto com seus irmãos, porque é a primeira vez e nunca dormiu longe deles”. Mas depois, eles ia ficar num...

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