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História
Por: Museu da Pessoa, 7 de setembro de 2022

Para dar duro como eu dava, não tem ninguém

Esta história contém:

Para dar duro como eu dava, não tem ninguém
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Religiosamente

Na Lagoa tinha as festas de santos na igreja de Santo Antônio que fica na comunidade. Uma no mês de julho e outra em agosto, Santo Antônio, São João, Nossa Senhora de Santana e Nossa Senhora da Abadia. Era um festão. A primeira de Santo Antônio durava 13 noites e as outras eram nove noites. Na imagem, Santinha estava à frente da procissão. Ela sempre foi ligada à igreja e aos deveres religiosos.

período: Década 1990
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Em procissão

Na Lagoa, o povo rezava e Santinha ajudava. No dia de procissão era uma festona, muita gente, porque só existia a igreja de Santo Antônio, para a comunidade do Cunha, de Santa Rita e Barreiros e os membros dessas comunidades se reuniam e levavam a imagem de São Sebastião até à Lapinha, pela MG - 188. A família da D. Benedita sempre esteve envolvida com a organização dessas comemorações. No período dessa imagem, já havia padre na comunidade, mas as comunidades mantiveram essas tradições.

período: Década 1990
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Visita ilustre

Sempre envolvida com as obrigações religiosas, na imagem Santinha recebe o bispo de MG em sua casa. Ao lado dele e dela estão o marido de D. Benedita, o Sr. Antônio e o seu filho Donato.

período: Década 1990
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Família religiosa

Santinha conta que primeiramente a comunidade não tinha padres e tinha uma igreja só, a de Santo Antônio, que reunia todos os membros das comunidades do entorno. Mas depois as comunidades foram crescendo e tendo as suas próprias igrejas. A igreja da Lagoa recebeu um sacerdote que sempre era recebido em casa pela família. Na foto, vemos a Sra. Benedita e o esposo Sr, Antônio. Atrás, em pé, seus filhos e netos.

período: Década 2000
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Igreja da Lagoa

O filho de Santinha, Donato, conta que essa é uma das imagens da igreja de Santo Antônio, a igreja da comunidade da Lagoa de Santo Antônio, antes da reforma. Ele diz que esse oratório que está do lado direito, desapareceu. Foi tirado quando começaram as reformas e nunca mais voltou.

período: Década 1980
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Cruzeiro

Essa imagem mostra como a igreja de Santo Antônio, localizada no centro da comunidade da Lagoa de Santo Antônio, era antes das reformas que levaram à sua configuração atual. O cemitério ficava ao redor da igreja e as festas religiosas aconteciam ali naquele terreno mesmo. O cruzeiro à frente da igreja hoje está desmontado e o terreno da paróquia é cercado por muros.

período: Década 1980
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Reestrutura

Época da reforma da igreja de Santo Antônio, igreja localizada na comunidade da Lagoa de Santo Antônio. Ela mantém a mesma configuração arquitetônica, mas as paredes e o teto precisaram ser substituídos, pois as estruturas estavam muito abaladas nesta época, pois a igreja foi a primeira construída na região. Inclusive, o povo das comunidades do entorno só tinham esta igreja para frequentar e cumprir seus deveres religiosos.

período: Década 1990
local: Brasil / Minas Gerais / Paracatu
crédito: Acervo Pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Projeto Memórias das Comunidades de Paracatu

Entrevista de Benedita Gonçalves da Silva (Dona Santinha)

Entrevistada por Nataniel Torres

Paracatu, 7 de setembro de 2022

Código da Entrevista: PCSH_HV1299

Revisado por Nataniel Torres

P/1 - Qual o seu nome, onde a senhora nasceu e qual a sua data de nascimento?

R - Meu nome é Benedita Gonçalves da Silva, nasci na Lagoa de Santo Antônio, no dia 23 de outubro de 1938. As horas?

P/1 - As pessoas te chamam de Dona Santinha, por que Dona Santinha?

R - Porque eu sou a segunda filha, e quando eu nasci, o meu irmão gostava demais de mim, então ele chamava de minha santinha, minha santinha, minha santinha, todo mundo passou a me chamar de santinha. E poucas pessoas até há pouco, me conheciam pelo nome próprio, era Santinha, ninguém sabia, então ficou, Santinha

P/1 - E te contaram sobre o dia do seu nascimento, dona Santinha? Falaram alguma história de como foi, se foi em casa, se foi em um hospital? Te contaram alguma história?

R - Não! Nesse tempo não tinha hospital, minha mãe me ganhou em casa, bem no dia que tinha uma… eu morava, a casa era bem pertinho da igreja católica, meu pai estava rezando, porque ele era rezador, foi na hora que minha mãe me ganhou lá. E nesse dia foi dia de muita chuva, acho que por isso que eu vim aturando esse tempo todo, é porque Deus abençoou a minha chegada, com a chuva

P/1 - Qual o nome da sua mãe, dona Santinha?

R - Maria Rodrigues da Silva.

P/1 - E do seu pai?

R - José Gonçalves da Silva.

P/1 - Então vamos falar primeiro da mãe. A senhora conheceu os seus avós, por parte de mãe?

R - Nenhum!

P/1 - Sua mãe também é da Lagoa

R - Minha mãe nasceu aqui, um pouco ali atrás, na Lagoinha, chama Lagoinha o lugar onde ela nasceu. Faz divisa com a lagoa, porque tem o córrego, mas quase na lagoa.

P/1 - Mas da família da sua mãe, conheceu alguém da família, seus tios, primos?

R - Conheci! Conheci dois tios e uma tia. Eles morreram cedo,...

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Título: Para dar duro como eu dava, não tem ninguém

Data: 7 de setembro de 2022

Local de produção: Brasil / Minas Gerais / Paracatu

Entrevistador: Nataniel Torres
Revisor: Nataniel Torres
Pesquisador: Nataniel Torres
Autor: Museu da Pessoa
Vídeomaker: Click Filmes

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