Meu nome é Ana Amélia Brügger Junqueira Lopes. Eu nasci em Além Paraíba, uma cidade na Zona da Mata mineira, no dia 24/04/1964. Aos quatro anos de idade, a minha família se mudou para Itajubá, no sul de Minas Gerais. Ficamos ali, até quando eu vim para Bahia, aos 24 anos de idade.
O pai dos meus filhos, que é falecido, Sérgio, era químico, e eu era professora. E por uma série de razões, que seriam horas para eu contar, a gente só se encontrava aos finais de semana ou a cada quinze dias, por questões profissionais. Meus irmãos, que mexiam com terra, souberam desse novo espaço agrícola que estava sendo aberto no Brasil, e aí vieram para cá. A gente ficou bastante interessado em saber como era, e viemos para o então Mimoso do Oeste, que hoje é Luís Eduardo Magalhães.
Quando chegamos aqui, só tinha o posto, a Cooperativa Agrícola de Cotia. Devia ter aproximadamente umas quinze casas na vila. Ele me fez a proposta: “E se a gente abandonar tudo lá em Minas e vir embora para cá, para a gente começar a ter uma vida nova, um mundo novo?” Eu topei, e foi assim!
As pessoas achavam que nós não éramos normais, porque eu abandonar um concurso, ele abandonar o concurso dele, abandonar toda essa estrutura e vir embora… Mas foi a forma que a gente encontrou de ficar junto.
Com um grupo de pessoas, montamos a primeira escola de Luís Eduardo Magalhães, que existe até hoje, que é o CMO [Colégio Mimoso do Oeste]. A gente tem muitas histórias nessa parte educacional. Antes de adquirirmos o CMO, a gente assumiu a escola municipal, porque o município de Barreiras, do qual a gente pertencia, não mandou professor nenhum. Assumimos a escola junto com uma parte da comunidade, abraçamos e demos trabalho; fizemos um trabalho voluntário, de graça. Eu, o Sérgio, Márcio, meu irmão, Angélica, minha cunhada, a Bernadete, nós não recebíamos para trabalhar, e a gente trabalhava manhã e tarde, de segunda a sexta-feira, pela comunidade. E...
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Meu nome é Ana Amélia Brügger Junqueira Lopes. Eu nasci em Além Paraíba, uma cidade na Zona da Mata mineira, no dia 24/04/1964. Aos quatro anos de idade, a minha família se mudou para Itajubá, no sul de Minas Gerais. Ficamos ali, até quando eu vim para Bahia, aos 24 anos de idade.
O pai dos meus filhos, que é falecido, Sérgio, era químico, e eu era professora. E por uma série de razões, que seriam horas para eu contar, a gente só se encontrava aos finais de semana ou a cada quinze dias, por questões profissionais. Meus irmãos, que mexiam com terra, souberam desse novo espaço agrícola que estava sendo aberto no Brasil, e aí vieram para cá. A gente ficou bastante interessado em saber como era, e viemos para o então Mimoso do Oeste, que hoje é Luís Eduardo Magalhães.
Quando chegamos aqui, só tinha o posto, a Cooperativa Agrícola de Cotia. Devia ter aproximadamente umas quinze casas na vila. Ele me fez a proposta: “E se a gente abandonar tudo lá em Minas e vir embora para cá, para a gente começar a ter uma vida nova, um mundo novo?” Eu topei, e foi assim!
As pessoas achavam que nós não éramos normais, porque eu abandonar um concurso, ele abandonar o concurso dele, abandonar toda essa estrutura e vir embora… Mas foi a forma que a gente encontrou de ficar junto.
Com um grupo de pessoas, montamos a primeira escola de Luís Eduardo Magalhães, que existe até hoje, que é o CMO [Colégio Mimoso do Oeste]. A gente tem muitas histórias nessa parte educacional. Antes de adquirirmos o CMO, a gente assumiu a escola municipal, porque o município de Barreiras, do qual a gente pertencia, não mandou professor nenhum. Assumimos a escola junto com uma parte da comunidade, abraçamos e demos trabalho; fizemos um trabalho voluntário, de graça. Eu, o Sérgio, Márcio, meu irmão, Angélica, minha cunhada, a Bernadete, nós não recebíamos para trabalhar, e a gente trabalhava manhã e tarde, de segunda a sexta-feira, pela comunidade. E não nos arrependemos, a gente achou que naquele momento era uma coisa importante a ser feita. A gente organizou, não só a parte pedagógica, mas toda a parte documental da escola.
Acho que a educação do município melhorou bastante, a nível geral, não só na parte pública, como na parte privada. Mas eu acho que a gente pode fazer mais coisas, entra um pouquinho no sonho que eu falei, o meu sonho. Eu tenho um sonho. Tive oportunidade de conhecer escolas fora do Brasil, que eu não confiaria, mas que eu faria alguma coisa parecida. Acho que dá para a gente fazer alguma coisa melhor, principalmente nessa questão do ser humano. Como eu estou falando, as escolas ainda são muito conteudistas.
Eu dirijo uma universidade, tenho aproximadamente 2.500 alunos, mais um pouquinho. Tenho um polo da Unopar, uma universidade do Paraná, de educação à distância, que eu trouxe aqui para Luís Eduardo Magalhães há dezenove anos, quando as pessoas achavam que a educação à distância não era possível. As pessoas esquecem que a educação a distância existe desde que o mundo é mundo; se a gente pegar, tem várias formas de fazer educação.
Meu sonho é conseguir ainda uma educação básica um pouco diferente do que a gente vem fazendo hoje, e tenho o sonho de conhecer alguns lugares que trazem algum conhecimento novo para mim. Vou conseguir realizar, vou conseguir ir em cada um desses lugares, que são muitos!
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