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História
Personagem: Mauirá Zwetsch
Por: Museu da Pessoa,

O saber indígena na aldeia Maronáua

Esta história contém:

O saber indígena na aldeia Maronáua

As casas na aldeia eram de pau-a-pique sobre palafitas que mediam mais ou menos um metro e meio de altura, eram muito altas. De dentro de casa eu via o terreiro pelas frestas das madeiras. O terreiro onde ficava minha aldeia era cercado de mata fechada e tínhamos muita liberdade e tranqüilidade. Dormíamos em redes, feitas pelas mulheres com um algodão silvestre. As comidas eram variadas e tinha de tudo um pouco, feijão, melancia, macaxeira, peixes, tatu, paca, porco-do-mato, macaco, tartaruga, e jacaré. As caças dependiam muito do dia, e o que a gente mais comia mesmo era feijão e macaxeira. Para comer, usávamos tigelas de cerâmica produzidas por nós mesmos. Fazíamos também arcos e flechas, cestos, vasos de todos os tamanhos e facas.

Nascia o sol, levantávamos, e cada um começava a fazer alguma coisa. Algumas tarefas eram divididas entre homens e mulheres, mas não havia uma rotina rígida. Os homens caçavam, preparavam a terra, derrubavam as árvores e faziam as queimadas. As mulheres faziam a colheita, a comida, teciam as redes, e faziam os vasilhames e artesanatos. As crianças podiam tudo. Lidavam com facão, arco e flecha, ajudavam a fazer comida, brincavam na floresta e no rio. Os curumins tinham muita liberdade na infância.

Meus pais sempre viajaram muito, eram missionários e pesquisadores. Eles saíram do Rio Grande do Sul quando eu ainda nem tinha nascido e foram morar em Rondônia. De lá, meus pais decidiram ir para o Acre na aldeia Maronáua, e por lá passaram sete anos. Lembro que tinha uma brincadeira que as crianças adoravam. Fazíamos perna de pau. Para calçar as pernas, sentávamos nas casas que já eram altas, com palafitas de um metro e meio de altura. E as pernas de pau eram mais altas ainda. Tinha que apoiar nelas e ir embora. Apesar de não haver muitas condi- ções, eles montaram uma escola, centro médico e vivenciaram o dia-a-dia da aldeia.

De lá, mudamos para Rio Branco, São Paulo, Salvador e muitas...

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Título: O saber indígena na aldeia Maronáua
Autor: Museu da Pessoa
Personagem: Mauirá Zwetsch

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