Facebook Info Ir direto ao conteúdo
História
Por: Museu da Pessoa, 17 de abril de 2010

O rei da juta

Esta história contém:

O rei da juta

Vídeo

O fenômeno das terras caídas começou em 1985. Eu me lembro muito bem desse patamar, que cheguei a comprar 3.156 toneladas de juta nesse ano. Quando foi dia 13 de agosto, eu tinha ido para a minha fazenda e, quando cheguei, fui direto pra rede. Uma hora depois, a gente ouviu o pessoal anuncia do no alto-falante que a frente da cidade estava assentando. Na época eu estava com os três barracões lá. Já estava me aprontando para o refinanciamento; para refinanciar a região todinha. Eu tinha muita freguesia. Todos os habitantes do município de Juruti eram meus fregueses.

Acho que, dos 3 milhões que eu tinha de mercadoria, se eu aproveitei uns 500 mil foi muito. Foi um prejuízo terrível. Aí eu não tive mais ânimo de continuar lutando pelo negócio. Passou esse final de ano e toda a minha freguesia eu despachei. E a cidade de Juruti entrou em caos, porque todo mundo vivia em função da juta.

fechar

Antônio Raimundo de Souza Printes

Homem sentado em uma rede vermelha. Há uma casa rosa ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: O rei da juta
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Antônio Raimundo de Souza Printes

Homem em pé encostado em uma árvore. Há outras árvores ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: O rei da juta
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Antônio Raimundo de Souza Printes

Homem sentado próximo de uma árvore e uma mulher e duas crianças estão ao seu lado. Há outras árvores ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: O rei da juta
crédito: Retrato do Depoente e sua família
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Antônio Raimundo de Souza Printes

Homem sentado em uma rede vermelha. Duas crianças estão ao seu lado. Há uma casa rosa ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: O rei da juta
crédito: Retrato do Depoente e sua família
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Antônio Raimundo de Souza Printes

Homem sentado próximo de uma árvore. Há outras árvores ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: O rei da juta
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Antônio Raimundo de Souza Printes

Homem em pé encostado em uma árvore. Há outras árvores ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: O rei da juta
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Antônio Raimundo de Souza Printes

Homem sentado próximo de uma árvore e uma mulher está ao seu lado. Há outras árvores ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: O rei da juta
crédito: Retrato do Depoente e sua família
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Antônio Raimundo de Souza Printes

Homem deitado em uma rede vermelha. Há uma casa rosa ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: O rei da juta
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Depoimento de Antonio Raimundo de Souza Printes

Entrevistadores: Tiago Majolo

São Paulo, 17 de abril de 2010

Realização Museu da Pessoa

Entrevista MB_HV100

Tags: família, infância, juta, desabamento, malva, crise, tecnologia, Juruti, brincadeiras, casamento, sonho.

P/1 – Antonio, a gente sempre começa perguntando o nome completo, local e data de nascimento.

R – Meu nome é Antonio Raimundo de Souza Printes, tenho 69 anos de idade, data do meu nascimento, dia 29 de agosto de 1940, moro no bairro do maracanã, em Juruti. Vivo com a família aqui.

P/1 – A comunidade onde o senhor nasceu?

R – Onde eu nasci é Paraná do Ana Rosa. Lá eu nasci e vim pra cá pra Juruti. Lá eu nasci e me criei, estudei fora até uns 12, 13 anos estudei fora e voltei novamente para minha comunidade, minha terra natal. De lá eu me casei, me casei com uma moça de Juruti e voltei novamente para o Paraná do Ana Rosa. Lá eu construí uma família e comecei a minha vida lá. De lá eu vi que não tinha condições de ficar lá no interior, porque naquela época tudo era difícil. Começaram a nascer as crianças, filhos e tal e aí eu peguei e me mudei para a Rua___ de Minas, 172.

P/1 – Só voltar, para a gente tentar entender aquela trajetória da infância. Queria saber primeiro o nome dos teus pais.

R – O meu pai era Antonio __ Printe e a minha mãe Cecília de Souza Printe.

P/1 – Qual era a atividade deles?

R – Ele também era...era comerciante lá no interior. Agricultura e comerciante. Ficamos lá e depois que eu vim para cá desenvolver minhas atividades por aqui.

P/1 – E como era na sua infância o interior, a comunidade,

R – Olha, o interior naquela época, em 70, 60 e pouco, era bastante atrasado, mas convivia muito bem porque se adaptava àquele regime, àquele jeito de viver, e tinha uma vida melhor do que hoje. Porque era uma vida tranqüila, havia bastante fartura, bastante fartura de peixe. De carne nem tanto, mas peixe bastante. E...

Continuar leitura

Título: O rei da juta

Data: 17 de abril de 2010

Local de produção: Brasil / Pará / Juruti

Entrevistador: Thiago Majolo
Autor: Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

voltar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

    voltar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

      voltar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      voltar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.

      Receba novidades por e-mail:

      *Campos obrigatórios