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História
Por: Museu da Pessoa,

O rapaz do cheiro-verde

Esta história contém:

O rapaz do cheiro-verde

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Meu nome é Nivaldo dos Santos Rodrigues, nasci em oito de fevereiro de 1981, em São Bernardo do Campo, São Paulo.

Meus pais eram imigrantes nacionais mesmo. Ficaram um tempo em Minas, iam e voltavam, iam e voltavam. Chegou um determinado momento que nós precisávamos estudar, na cidadezinha onde nós morávamos, em Minas Gerais, não tinha mais a série que equiparava o grau de estudos dos meus irmãos. Aí com isso, ele resolveu vir pra São Bernardo, já conhecia a cidade. Quando veio, nós moramos de aluguel um determinado tempo, aí com isso ele conheceu o bairro, hoje Jardim Silvina, comprou um barraquinho na época, e foi ali que nós fomos morar, em sete pessoas. Meu pai é comerciante, sempre mexeu com comércio. Minha família toda sempre mexeu com comércio. Minha mãe é mais do lar.

Estudei na Vila São José, no Colégio Estadual Brazilia Tondi de Lima, lembro-me da professora Odanir, né, professora da primeira série, até hoje eu a tenho ela marcada na minha mente, ainda encontro com ela às vezes na rua. Ela é minha segunda mãe, foi a pessoa que me ensinou a ler, a escrever direitamente.

Eu acordava, ficava em casa, meu pai tinha, como eu disse no começo da entrevista, meu pai mexia com comércio e tinha um pequeno barzinho e eu tinha que ficar tomando conta antes de ir pra escola. E quando dava o horário da escola, eu ia pra escola. Ficava em casa assistindo televisão também quando dava tempo, mas a gente sempre teve uma vida, desde pequeno, já envolvida ao trabalho, na área de comércio.

Sempre, desde jovem, desde pequeno eu já trabalhava no bairro, entregava balas com um japonês que passava vendendo balas toda sexta-feira. Ele me pagava oito reais por dia, e com esse dinheiro, eu ia conseguindo juntar pra comprar minhas próprias coisas. Ficava dois, três meses, pra poder juntar determinado valor pra comprar ou material escolar no começo do ano, ou uma roupa, ou um tênis que eu queria.

Olha, meu sonho é poder ter a minha...

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Minha casa, minha cara, minha vida – Cabine São Bernardo do Campo

Depoimento de Nivaldo dos Santos Rodrigues

Entrevistado por Márcia Trezza e Gisele Rocha

São Bernardo do Campo 09/03/2014

Realização Museu da Pessoa

ASP_CB16_Nivaldo dos Santos Rodrigues

Transcrito por Liliane Custódio

MW Transcrições

P/1 – Primeiro, muito obrigado, Nivaldo, por ter se disposto a vir contar a sua história.

R – Eu que agradeço o convite.

P/1 – E pra começar, a gente gostaria que você falasse o seu nome completo.

R – Meu nome é Nivaldo dos Santos Rodrigues.

P/1 – E data do seu nascimento?

R – Oito do dois de 1981.

P/1 – E cidade e local, estado que nasceu?

R – São Bernardo do Campo, São Paulo.

P/1 – Então pra começar, Nivaldo, a gente vai começar lá do início da sua vida, da sua infância.

R – Tá ok.

P/1 – Então você nasceu aqui em São Bernardo. Conta um pouquinho do bairro, onde era, como era a sua casa.

R – Tá ok. Bom, nasci em São Bernardo, meus pais eram imigrantes nacionais mesmo. Ficaram um tempo em Minas, iam e voltavam, iam e voltavam. Chegou um determinado momento que nós precisávamos estudar, na cidadezinha onde nós morávamos, em Minas Gerais, não tinha mais a série que equiparava o grau de estudos dos meus irmãos. Aí com isso, ele resolveu vir pra São Bernardo, já conhecia a cidade. Quando veio, nós moramos de aluguel um determinado tempo, aí com isso ele conheceu o bairro, hoje Jardim Silvina, comprou um barraquinho na época, e foi ali que nós fomos morar, em sete pessoas.

P/1 – Então você, seu pai...

R – Eu, meu pai, a minha mãe e mais cinco irmãos.

P/1 – Você é o caçula, do meio?

R – Eu sou o caçula. Sou o caçula. Sou o caçula dos irmãos.

P/1 – E quantas meninas e quantos meninos?

R – São cinco homens. Não tenho nenhuma irmã.

P/1 – E você falou de Minas, que cidade seus pais...

R – Jaguaritira.

P/1 – E seu pai e sua mãe faziam o quê? Qual a...

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Título: O rapaz do cheiro-verde

Local de produção: São Bernardo Do Campo

Autor: Museu da Pessoa

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