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História
Por: Museu da Pessoa, 22 de abril de 2010

O que a mão direita dá, a esquerda não vê

Esta história contém:

O que a mão direita dá, a esquerda não vê

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No que dá pra ajudar meus filhos, eu faço, porque eu não tive estudo, só a terceira série. Tive que trabalhar no serviço braçal. Entre 53 e 55, houve um pronlema aqui no governo do Estado do Pará, que parou as escolas, os colégios. E, com isso, eu também parei de estudar.

Trabalhei como servente de pedreiro, trabalhei numa serraria, mas meu pai sempre fizia: "Meu filho, cuida do que é seu. Trabalhe sempr eno que pe da gente." Então, eu já dividi com os meus filhos o meu terreno, porque papai uma vez falou para mim... que isso eu nunca esqueço! Eles dois sentados, ele e a mamãe, ele disse: "Eu vou dividir essa terra com vocês e vocês não vendam, porque vai chegar uma época em que pra um cidadão conseguir um pedaço do chão vai custar muito. Então, isso é pra vocês criarem os filhos dos filhos de vocês." E isso está se cumprindo.

Leia o depoimento completo: http://www.museudapessoa.org/pt/download/historia/44693

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Raimundo Tavares Pimentel

legenda: Raimundo Tavares Pimentel

período: 22/04/2010
local: Brasil / Pará / Juruti
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

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Entrevistado por Karen Worcman

Depoimento de Raimundo Tavares Pimentel

Juruti, 22 de abril de 2010

Realização Museu da Pessoa

Entrevista MB_HV113

Transcrito por Tânia Lima

Revisado por Fábio Luis de Paula

P/1 — Senhor Raimundo, gostaria de começar a entrevista do zero. Poderia me dizer seu nome completo, a data e o lugar em que nasceu?

R — Eu sou o Raimundo Tavares Pimentel, nasci em 28 de janeiro de 1942, aqui onde estamos, na comunidade de Lago Preto, em Juriti. Tenho 39 anos de casado e sou pai de oito filhos. A minha esposa é Rosenilde de Souza Pimentel e também é Jurutiense e Paraense. Somos casados legalmente, na lei do nosso País.

P/1 — E como era o nome do seu pai e da sua mãe?

R — O nome do meu pai era Arnindo Nogueira Dias e a minha mãe era Rosa Tavares Pimentel.

P/1 — Eles moravam nesta casa aqui, que estamos olhando?

R — Não, na casa mesmo não, mas moravam neste terreno aqui. Isso, porque na época a casa era outra. Uma casa simples, de palha, eles não tinham assim tanto... para falar a verdade, o movimento de hoje não era o mesmo daquela época.

P/1 — Como que era naquela época? O senhor se lembra?

R — As casas eram feitas, principalmente, como essa que tem aí, coberta com palha. Nas paredes eles sempre usavam terra, chamavam de embarriada, né. Então, esse era o modo da casa que era usada.

P/1 — Quantos filhos tiveram seus pais?

R — Tiveram cinco. Eram quatro homens e uma mulher.

P/1 — Quais são os nomes de seus irmãos?

R — Meu irmão mais velho era Lourenço Tavares Pimentel, o segundo era Dionísio do mesmo nome, o terceiro era Salustiano, o quarto era Maria Luiza, que ainda é viva, e eu Raimundo, o mais criança, o caçula. Está viva só a irmã, a mulher.

P/1 — Ah, e os outros morreram com que idade?

R — O Lourenço morreu com 69 anos, o Dionísio com 62 e o Salustiano com 72.

P/1 — Eles morreram de velhice?

R — O Lourenço e o Dionísio morreram de derrame...

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Título: O que a mão direita dá, a esquerda não vê

Data: 22 de abril de 2010

Local de produção: Brasil / Pará / Juruti

Transcritor: Tânia Lima
Revisor: Fabio Luiz
Entrevistador: Karen Worcman
Autor: Museu da Pessoa

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