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História
Personagem: Eugênio Antonelli
Por: Museu da Pessoa, 21 de junho de 2003

O operário número um da Petrobras

Esta história contém:

O operário número um da Petrobras

Vídeo

Nesse tempo (1938), a única refinaria no Brasil era aqui na Bahia, e o petróleo era a Bahia. Então a transferência do Conselho para a Petrobras realizou-se em Mataripe. Chegou lá o presidente do Conselho, o doutor Hélio Beltrão, que era o consultor jurídico do Conselho; foi diretor da Petrobras. O presidente do Conselho nessa época era Plínio Catanhede. E foi o general Juraci Magalhães. Aí, nós do Conselho éramos funcionários públicos federais. Todo mundo já com estabilidade, eu mesmo já tinha 13 anos de funcionário público. Depois da transferência, assinados os papéis da transferência, deu a posse do primeiro presidente da Petrobras, que foi o general Juraci Magalhães. Depois disso tudo, o Beltrão se dirigiu aos operários. “Quem quiser ser operário da Petrobras tem que pedir demissão do serviço público.” O único que levantou a mão foi eu. Eu assinei o termo de pedido de demissão. Depois disso ele perguntou: "Mais alguém aí?" Ninguém. Ele disse: "Antonelli, você é o operário número um da Petrobras." Eu era chamado de Antonelli, todo mundo me chamava de Antonelli. Depois que eu passei a empregado da Petrobras, minha matrícula passou a 0001. Aí ninguém me chamava mais de Antonelli: "01!" O 02 era o Carlos Freitas. Porque aí a Petrobras requisitou todos os empregados do Conselho, para trabalhar para ela. Com o tempo, alguns desistiram, foram embora, não aceitaram. Depois, com o tempo, todo mundo foi passando para a Petrobras. Inclusive admitiram gente nova. Esse Carlos Freitas mesmo era apontador no campo de Candeias, foi para lá como apontador para ser o número dois. O Teixeira o número três, e o outro número quatro, Ecídio Pascal o número cinco.

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Dados de acervo

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Meu nome é Eugênio Antonelli. Eu nasci no dia 29 de novembro de 1915, na cidade de São Pedro, Estado de São Paulo.

FAMÍLIA

Meus pais são italianos. Quando eles vieram aqui para o Brasil eles eram crianças. Os pais vieram, imigraram, eram imigrantes, eles vieram juntos. Meu pai veio antes e minha mãe veio depois. O pai dele veio trabalhar em São Paulo, depois ele montou uma industriazinha em São Pedro. Tinha o moinho, beneficiava milho, fazia fubá...

CASA

A minha casa era uma casa muito boa, casa de alvenaria, na rua principal de São Pedro. Era uma chácara, tinha muita fruta no quintal, meu pai plantava, tudo isso. Ao todo foram 11 irmãos que moraram lá nessa casa. Todos nasceram nessa casa.

FAMÍLIA

Muito boa, uma convivência familiar muito boa. A gente se dava muito bem com os irmãos, meus pais. Meu pai e minha mãe conviviam bem, mas quem exercia mais autoridade familiar era ele. Ele era exigente. Ele exigia muito da gente.

FUTEBOL

Eu brincava muito era de futebol, a coisa que eu mais gostava na vida. Eu jogava bola no pátio da Prefeitura de São Pedro, bolinha de gude, pião, tudo isso. A prefeitura ficava numa praça muito grande, e toda brincadeira era nessa praça. Jogava pião, bolinha de gude e futebol.

IRMÃO

Eu entrei na escola com sete anos e saí com 14. Quando eu saí da escola, eu montava a cavalo, ia levar o almoço para o meu irmão na sonda.. Ele era sondador. Ele começou a trabalhar muito jovem em sonda, com 15 anos ele já estava trabalhando na sonda. Foi ele que veio para a Bahia e perfurou o petróleo do Lobato. Ernesto Antonelli. Eu sempre trabalhei com ele.

ENTREGANDO LEITE

Comecei a trabalhar cedo. Primeiro, tinha vaca de leite, ia no pasto buscar as vacas, prendia as vacas, minha mãe tirava leite, eu ia entregar o leite, tudo isso. Comecei cedo.

PERFURAÇÕES

Ernesto, meu irmão, o mais velho, começou a trabalhar em sonda desde muito criança. Era o emprego que ele arranjou. Ele trabalhava em São Pedro. Tinha um lugar,...

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Título: O operário número um da Petrobras

Data: 21 de junho de 2003

Local de produção: Brasil / Rio De Janeiro / Rio De Janeiro

Personagem: Eugênio Antonelli
Autor: Museu da Pessoa

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