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História
Personagem: Ademir Alves
Por: Museu da Pessoa, 10 de fevereiro de 2012

O Carrinho

Esta história contém:

O Carrinho

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“A perfumaria do meu pai foi a primeira loja que abriu no Tucuruvi. Outro dia mesmo uma cliente falou assim: ‘Puxa, essa loja tem história. Eu vinha com a minha mãe lá do Edu Chaves para fazer compras aqui.’ As pessoas vinham de outros bairros porque não tinha loja de perfumaria como hoje. Tudo era diferente. Quando meu pai montou a perfumaria, não existia embalagem de plástico, os xampus líquidos eram em vidro. Na época dele, então, a grande transformação foi a chegada do plástico. E, da época dele para a minha, tem tido muitas transformações. O número de itens, por exemplo, é dez vezes maior. Na época dele era mais o básico, mas mesmo assim dava para montar uma loja só de artigos de beleza. Eu acho que essa foi a grande ideia: pegar uma seção do supermercado e transformar em loja. As coisas vão mudando e você vai se adaptando.

Agora, recentemente, quando surgiu essa história de proibição das sacolinhas, eu fiquei pensando: lá no começo, os produtos eram embrulhados, não eram ensacados. Aquele rolo rosa, lembra? Tirava um pedaço do rolo, aí punha os produtos no meio, fazia o pacotinho, tinha um negócio também de cordão, puxava o cordão, amarrava e a pessoa levava o embrulhinho de papel para casa. Acho que nem durex tinha. Dá impressão de que o durex sempre existiu na nossa vida, mas houve uma época sem durex. Depois passou para os saquinhos de papel. São mudanças, a gente tem que se adaptar.

Anos atrás a coisa era basicamente ensinamento de pai para filho: funcionava. Mas aí o mundo mudou e hoje tem um profissional que é de marketing, outro que é de layout, outro não sei o quê. Enfim, um outro que analisa comportamento do consumidor dentro da loja, como a pessoa age, por onde entra, por onde sai. Eu sobrevivi muitos anos com o conhecimento dos meus pais, mas, de uns anos para cá, passei a trabalhar com profissionais especializados. Faz diferença. Eu tive um aumento de 15% no público, mas...

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Dados de acervo

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P/1 – Senhor Ademir, primeiramente muito obrigado por participar do nosso projeto, por ter aceitado o nosso convite. Pra começar a nossa entrevista eu gostaria que o senhor dissesse pra gente o seu nome completo, o local e a data do seu nascimento.

R – Meu nome é Ademir Alves, nasci em São Paulo em três de fevereiro de 1970, tenho 42 anos.

P/1 – E o nome dos seus pais?

R – Alfredo Alves e Valderez Rodrigues Alves.

P/1 – E você tem irmãos ou irmãs?

R – Tenho. Inês Alves e Roseli Alves.

P/1 – E você é o mais velho?

R – Sou o mais novo.

P/1 – E você conhece um pouquinho a história dos seus pais, da origem deles?

R – Da minha mãe eu tenho pouca informação porque eu só conheci a avó, que foi quem criou ela, né? A mãe morreu quando ela era bebê, o pai dela deixou ela com a avó e foi embora com outra família, enfim. A história da minha mãe resume-se só à avó que cuidou dela. Do meu pai, seriam de origem portuguesa, meu vô também veio bebê pra cá, pra São Paulo, e ele tem duas irmãs, uma falecida e uma que está viva ainda.

P/1 – E o seu pai também era oriundo da Zona Norte?

R – Também da Zona Norte. A história das famílias é na Zona Norte. Eles é no bairro do Carandiru, e a minha história é ali no bairro Jardim São Paulo, Santana, Tucuruvi. Então, a família viveu por ali o tempo todo, não teve mudanças, nós não andamos pela cidade, ficamos concentrados sempre naquela região.

P/1 – A sua infância foi nesse bairro Jardim São Paulo?

R – Jardim São Paulo.

P/1 – Que é o bairro que você mora até hoje?

R – Nasci e moro até hoje. Casei e mudei pra alguns quarteirões próximos de onde eu nasci.

P/1 – E tem como você falar um pouco pra gente como era esse bairro na sua infância, no Jardim São Paulo?

R – Claro, era um bairro muito mais tranquilo, a sensação... Parece que tinha mais verde. Porque as construções vão modificando o cenário e vai ficando de uma...

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