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História
Personagem: Parisio Silva
Por: Museu da Pessoa, 1 de janeiro de 1900

O carpinteiro fiel

Esta história contém:

O carpinteiro fiel

Vídeo

Foi na igreja que eu comecei a trabalhar de marceneiro. Eu fiz essa laje que até hoje tem. Foi depois que eu entrei lá pra trabalhar de marceneiro na paróquia em que foi feito todo aquele mundo de torre. Tudo passou pela minha administração. Tinha quatro, cinco ajudantes, mas o responsável era eu. Tudo que era preciso, todas aquelas obras ali, fui eu que administrei. A madeira própria pra essas obras é a itaúba, e tem outra boa também, maçaranduba. São boas pela durabilidade. A itaúba, ela tem muita utilidade, porque pode botar na terra, pode botar na água, pode botar no sol, onde botar ela tem durabilidade. A maçaranduba nunca estraga na água, é pra filhos e netos. Dessas obras que eu fiz, a escola paroquial foi uma das primeiras. Entrei lá em 1955 e em 1956 começamos a fazer a escola.

Dados de acervo

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P/1 – Parisio, queria que o senhor começasse falando o seu nome completo, onde nasceu e quando.

R – O meu nome completo é Parisio Silva, é só isso. Nasci em 14 de novembro de 1933, aqui em Juruti.

P/1 – Tá bom. Queria que falasse um pouco dos seus pais, qual o nome deles? O que eles faziam?

R – Do meu pai, o nome dele era Parisio Batista, agora só puxei Silva por causa da minha mãe, que eles não eram casados no civil naquele tempo, né? Puxei só Silva do sobrenome dela, da minha mãe. A minha mãe, o nome dela era Cecília Pontes da Silva.

P/1 – O que eles faziam, Parisio?

R – Hum?

P/1 – Qual a atividade deles?

R – Do meu pai?

P/1 – Dos dois. Da sua mãe e do seu pai.

R – Da minha mãe eu não me lembro nada, nada, nada. Eu fiquei com nove meses quando ela morreu. Eu fiquei com onze meses, quer dizer, de vida. Eu não me lembro nem por retrato dela, não conheci. Agora o meu pai ele era carpinteiro.

P/1 – Tá. E os avós, o senhor conheceu?

R – Não, não conheci, eu... só por retrato, “malemá”, assim, mas não conheci avô nenhum.

P/1 – Queria que você contasse um pouco quando o senhor era pequeno, o senhor morava em que parte de Juruti?

R – Quando eu me entendi, porque a gente só se entende “malemais” de dois anos pra diante. Quando eu me entendi, aí eu acho que quando a minha mãe morreu, eu fiquei com 11 meses, papai já tinha outra mulher, já tinha outra mulher. E a gente morava ali em cima, num terreno ali pra cima, casa de palha, toda escangalhada. Quando vinha chuva, a gente saía do lugar e se escondia no canto da casa. Se escondia no canto da casa até parar a chuva pra gente poder se mexer. Mas era casa pra lá de pobre, mas assim mesmo eu me sinto tão feliz, porque com essa idade que estou, ainda não fui na mão de médico. E isso é uma benção de Deus. Isso é uma benção de Deus que a gente recebe, por causa da crença. Porque a gente tem que ler certas coisas, mas acreditar, porque...

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Título: O carpinteiro fiel

Data: 1 de janeiro de 1900

Local de produção: 22/04/2010

Personagem: Parisio Silva
Autor: Museu da Pessoa

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