Facebook Info Ir direto ao conteúdo
História
Por: Coleção Alagados, 4 de janeiro de 2021

O bem que a gente faz é pra gente mesmo

Esta história contém:

O bem que a gente faz é pra gente mesmo

Vídeo

(...) Eu acho que foi meu sofrimento... Minha infância... Mas toda vida foi assim... No interior mesmo, lá em São Gonçalo, a gente tinha que vender na rua pro pessoal... Eu tinha cinco anos e saía sexta-feira pra vender aqueles charutos pra minha prima, que me criou... Quando eu voltava... A gente passava nos matos assim, era mato, interior, tinha plantação... Aí tinha aquelas senhoras na porta... “Ô Lalinha, vá vender charuto pra mim que eu estou precisando comprar café e açúcar” e eu: “Ô, tia Antônia, numa hora dessas?” Aí eu voltava e ia vender pra aquelas criaturas... Voltava... Minha prima me batia, batia, batia mesmo, de cinta, e eu ficava toda marcada, me xingava... Mas eu nunca deixei de fazer não... Nunca, nunca... Aqui eu comecei a ter filhos... Aì um dia fazia coisa... Quando a vizinha pedia, eu carregava, enchia o tonel dela, lavava roupa... Mesma coisa ela fazia pra mim.. Deus quer que a gente faça, a gente tem que fazer... Por que eu vou te ajudar? “Você não acha chato não?” eu digo: “Não...” O bem que a gente faz pras pessoas... Não foi pra aquela pessoa não, foi pra nós mesmos.. A ajuda é pra nós mesmos...Porque a pessoa que não ajuda: “Ah, que nada, não vou ajudar aquele ali não...”. Às vezes a pessoa precisa cair e precisa de um irmão pra levantar... Às vezes a pessoa cai “Que nada, deixa ele lá porque eu não gosto de ajudar as pessoas...” Não é assim... Queira ou não queira... Eu não tenho inimigo, graças a Deus... E é isso, Deus me amou... Deus ama a gente assim... Eu sempre ensino meus filhos... Tem que conversar e perdoar... Minha neta aí, de manhã chegou assim.. Eu digo: “Minha filha, não é assim...” Deus é amor, não tem que guardar ódio... Tem que fazer de conta que não aconteceu e vai tratando aquela pessoa normal...

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Essa história faz parte de coleções

voltar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

    voltar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

      voltar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      voltar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.

      Receba novidades por e-mail:

      *Campos obrigatórios