Em sua infância, Sidnei visitava os avós no interior de Minas Gerais e gostava muito de participar das festas de reis e de São Sebastião. Também andava a cavalo, jogava futebol, fubeca brincadeira também conhecida como bolinha de gude , andava de carrinho de rolimã e de bicicleta. Quando criança, não tinha muito acesso a livros, mas se lembra de ter lido Sítio do pica-pau amarelo, de Monteiro Lobato, e a lenda do saci-pererê. No bairro onde morava, sua casa era uma das poucas que tinha energia elétrica e as crianças iam até lá para assistir à televisão. Sidnei contou rindo: A gente punha aquele plástico na frente pra ficar colorido. Era uma criança muito tímida em casa e na escola: Uma vez chamaram meus pais lá na escola só para perguntar se eu era mudo, porque eu não falava de tanta timidez que eu tinha. Em sua adolescência, não havia muitas opções de passeio. Ele frequentava as matinês e os campinhos de futebol. Começou a namorar por cartas e telefone com uma prima que ele mal conhecia. Narrou entusiasmado: Eu namorei por carta dois anos, dois anos sem a ver, e hoje é minha esposa. Vamos fazer 33 anos de casados. Até hoje minha mulher tem as cartas guardadas.
Atualmente, é aposentado, mas trabalhou por mais de 20 anos em escolas como inspetor de alunos e se sente realizado pelo carinho e admiração com que muitos deles o tratam até hoje. Ele diz: Significa que eu fiz um bom trabalho e que sou uma boa pessoa. Sidnei Dirceu Soares tem 60 anos, nasceu e vive até hoje em Cubatão. é casado, pai de dois filhos e avô de um neto.