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História
Por: Museu da Pessoa, 8 de julho de 2007

Narcisa, mestre de cantigas de roda

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Narcisa, mestre de cantigas de roda

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Meu nome é Narcisa Pereira da Cunha, nascida 7 de agosto de 1942, na fazenda Quilombo, município de Corumbá de Goiás. Papai, Francisco Pereira, é agricultor e mamãe, Benedita Gomes, é do lar, doméstica. A história de papai, ele aprendeu a ler, escrever, dizia ele assim, que aprendeu ler, escrever com a cartilha do ABC, porque naquele tempo tinha a cartilha do ABC, então ele pedia leitura para um, leitura para outro, nunca foi numa escola pública e ele até tinha uma leitura boa, boa mesmo papai tinha, papai era muito sábio. Papai fazia muita coisa, ele era carpinteiro, pedreiro, de tudo papai fazia um pouco, era muito inteligente. E quando conheceu mamãe no município de Corumbá, de Goiás, se conheceram e se casaram. Nós éramos quatro irmãos. naquele tempo não tinha escola na zona rural, ele ensinou os dois irmãos mais velhos e os dois irmãos mais velhos ensinaram as duas irmãs mais novas. Eu sou a caçula.

Meu irmão ia picando as madeiras e eu mais a minha irmã íamos carregando e amontoando para poder por fogo, para poder limpar a terra para poder plantar. Trabalhava também numa fábrica de farinha, ali mesmo houve uma roda, igualzinho a roda que papai fez de ralar mandioca.

Eu sei ler, escrever, leio qualquer coisa, mas nunca entrei numa escola pública. Tenho a sabedoria da roça, onde eu fui criada, plantando, colhendo, vendo as coisas acontecer e muita experiência para uma mãe que era analfabeta, mas também muito trabalhadeira, inteligente. Nos ensinou a costurar, ela era tecedeira. Era trabalhar na lavoura, apanhar café, algodão, fiar, pegar mamona, fazer azeite. Só mudei para a cidade quando já era casada, mãe de três filhos, onde construí a família na cidade.

Noite de lua clara, nós reuníamos os vizinhos e íamos brincar de roda, tinha várias brincadeiras. Íamos acampar. De domingo também íamos passear na fazenda, reuníamos os amigos na fazenda de fulano. Nós íamos. Chegava lá, reunia e brincava o dia...

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