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História
Por: Museu da Pessoa, 17 de abril de 2010

Moldando os sonhos

Esta história contém:

Moldando os sonhos

Vídeo

Eu herdei da minha mãe esse trabalho de artesanato com barro. E desde a minha bisavó já se fazia desse jeito. Ela era índia. Então a minha mãe fazia pote, bilha, qualquer tipo de louça. A gente faz assim: pega o barro mole, mistura com caripé, amassa até ele ficar mesmo bem ligado e, depois que ele já está bem ligado, a gente já vai começara formar a louça. Agora, tem que ter uma coisa, tem que saber a temperatura e a quantia que o barro pega do caripé. Se estiver bem areadinho, ele já tá bom. E eu tenho esperança que meu filho também vai continuar a trabalhar e alguém além dele vai também. Vai aprender um filho dele, um sobrinho, porque toda criança sempre mostra logo uma coisa que ela quer ser, que ela quer fazer. Eu acho que vai ter alguém assim, não vai ficar parado, não. Vão continuar a fazer essas panelas aqui.

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Maria da Saúde de Souza

Mulher em pé usando camiseta branca e realizando trabalho com cerâmica. Há vasos e outros objetos de cerâmica ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: Moldando os sonhos
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia

Maria da Saúde de Souza

Mulher em pé usando camiseta branca segurando panelas de cerâmica. Há vasos e outros objetos de cerâmica ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: Moldando os sonhos
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Maria da Saúde de Souza

Mulher em pé usando camiseta branca segurando panelas de cerâmica. Há vasos e outros objetos de cerâmica ao fundo. Está sorrindo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: Moldando os sonhos
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia

Maria da Saúde de Souza

Homem e mulher em pé realizando trabalho com cerâmica. Há vasos e outros objetos de cerâmica ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: Moldando os sonhos
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Maria da Saúde de Souza

Homem e mulher em pé realizando trabalho com cerâmica. Há vasos e outros objetos de cerâmica ao fundo.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: Moldando os sonhos
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Maria da Saúde de Souza

Detalhe das mãos da entrevistada realizando trabalho com a cerâmica.

período: Ano 2010
local: Brasil / Pará / Juruti
história: Moldando os sonhos
crédito: Retrato do Depoente
tipo: Fotografia
Palavras-chave:

Dados de acervo

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Depoimento de Maria da Saúde de Souza

Entrevistada por Márcia Trezza

Juruti, 17 abril de 2010

Realização Museu da Pessoa

Entrevista MB_HV099

Transcrito por Ana Carolina Ruiz

Revisado por Fernanda P. Prado

Tags: filhos, casamento, escola, comércio, trabalho na infância, brincadeiras, catolicismo,família, subsistência, festa de São João, barro, argila, sonhos

P/1 – Dona Maria, a senhora pode falar o seu nome completo, por favor?

R – O meu nome é Maria da Saúde de Souza.

P/1 – Onde a senhora nasceu e quando?

R – Eu nasci no Largo das Piranhas, município de Juruti e eu nasci dia 17 de junho de 1952.

P/1 – A senhora poderia falar o nome dos seus pais?

R – Francisco, o meu pai é Francisco Aragão Batista e a minha mãe é Maria Antônia de Souza.

P/1 – Como eles eram, dona Maria?

R – A minha mãe era uma mulher mulata e meu pai era mais claro do que a minha mãe.

P/1 – O que eles faziam? Qual era a atividade deles?

R – Olha, tinham diversos tipos de trabalho que a gente fazia. Pelo menos plantio de juta, trabalhavam em juta, em roça. Quando completei cinco anos de idade, o meu pai morreu, ficou só eu, minha mãe e um irmão. Nos meus sete anos, eu já comecei a trabalhar junto com a minha mãe, era plantando roça, trabalhando em juta e trabalhando com os outros pra ajudá-la e a ela me ajudar também. Quando ela ia trabalhar, nós tirávamos semanas para trabalhar nas louças do bar. Eu ia ajudar a minha mãe, tirava lenha. Depois que a gente já estava com todas as louças prontas pra queimar, a gente ia tirar a lenha, queimava, pra poder vender.

P/1 – A senhora trabalhou na juta?

R – Trabalhei bastante.

P/1 – Como é esse trabalho da juta?

R – A gente... É na várzea que a gente trabalha, né? Fazer roçado pra plantar. A juta é uma planta que veio da Índia, quando chegou aqui no Brasil, a gente trabalhou também muito nela, que tira a fibra pra fazer o tecido. Aí quando deu um tempo, a gente parou de...

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Título: Moldando os sonhos

Data: 17 de abril de 2010

Local de produção: Brasil / Pará / Juruti

Transcritor: Ana Carolina Ruiz
Revisor: Fernanda Prado
Autor: Museu da Pessoa

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