Facebook Info Ir direto ao conteúdo
História
Por: Museu da Pessoa, 26 de abril de 2010

Minha história é um livro aberto

Esta história contém:

Minha história é um livro aberto

Vídeo

Eu servia um banquete quando meu marido voltava de viagem. Essa casa aqui era uma festa! Ensinei a ele como dançar, então a gente dançava e era muito animado aqui em casa.

Foi tão bonito o nosso amor! Ele era judeu, de pai e mãe. Quando nos encontramos, ele já trabalhava para os pais. Ele fez faculdade de comércio em Belém. Aí eu viajei uma vez com papai para Belém, para passear, ia num navio em Paritins, e nós nos conhecemos. Mas pra namorar mesmo foi depois de muito tmepo. Mas foi um amor sem fim! Eu namorei cinco anos com ele por causa da guerra que havia na família.

Eles, a família Hamoy, que não queria que filho casasse com católico. Mas ele não respeitou, ele disse: "Vou casar e pronto." Juntos, colocamos aqui usina de castanha, prensagem de juta, serraria, pecuarista, tudo isso, fazenda, loja. Ele se tornou um grande empresário industrial. Fomos nós os primeiros a implantar uma indústria de castanha.

fechar

Eleonora de Barros Hamoy

legenda: Eleonora de Barros Hamoy e um dos seus filhos.

período: 26/04/2010
local: Brasil / Pará / óbidos
crédito: Acervo pessoal
tipo: Fotografia

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Depoimento de Eleonora Barros

Entrevistada por Karen Worcman

Obidos, Pará, 26 de abril de 2010

Entrevista_Nº MB_HV_118

Transcrita por Vanuza Ramos

Revisado por Flávia Cristina

Tags: família, infância, comércio, escola, catolicismo, primeiro emprego, casamento, namoro, adoção, conflito familiar, Óbidos, marido, judaísmo, enterro judaico, indústria de castanha.

P/1– Dona Eleonora, sabe o que eu queria começar, assim, perguntando pra senhora? Nome completo da senhora...

R - Minha biografia.

P/1– A sua biografia, mas vamos começar do simples que é o nome, o local e a data do seu nascimento.

R– Tá.

P/1– Qual o seu nome?

R– Meu nome é Eleonora de Barros Amoe.

P/1– A senhora nasceu onde?

R– Nasci aqui em Óbidos.

P/1– E quando foi isso?

R– Dia 15 de abril de 1929.

P/1– Como é que chamavam a sua mãe o seu pai?

R– O nome da minha mãe era Elvira Menezes de Barros e o meu pai Guilherme Lopes de Barros.

P/1– A senhora sabe um pouco como era a família dos seus pais e o que eles faziam?

R– Era uma família numerosa, né, bastante. O meu pai foi uma pessoa batalhador, mandou educar os filhos, tá? A vida dele mesmo, à custa dele. Ele não era uma pessoa que fossemos dizer rico, mas trabalhador e venceu pelo trabalho dele. Tinha panificadora, tinha comércio.

P/1– Ah, então ele tinha panificadora...

R– Tinha! Comércio, estivas gerais.

P/1– Onde ficava esse comércio dele?

R– Ficava ali na Siqueira Campos, Armazéns Campeão era o nome da loja dele.

P/1– E ele vendia de tudo lá?

R– Tudo, era de tudo, secos e molhados.

P/1– O seu pai nasceu aqui em Óbidos também?

R– O meu pai nasceu em Santarém.

P/1– A senhora sabe...

R– Mas filho de portugueses. E minha avó, eu tenho impressão que ela tinha... Ela era meio... A nossa família é quase raça mãe porque tem japonês no meio, casado, tem filhos e tem... A minha mãe, o pai dela era filho de holandeses. Nasceu em...

Continuar leitura

Título: Minha história é um livro aberto

Data: 26 de abril de 2010

Local de produção: Brasil / Pará / óbidos

Entrevistador: Karen Worcman
Transcritor: Vanuza Ramos
Revisor: Flavia Cristino
Autor: Museu da Pessoa

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

voltar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

    voltar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

      voltar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      voltar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.

      Receba novidades por e-mail:

      *Campos obrigatórios