As raízes do meu nome carregam histórias que se entrelaçaram muito antes do meu próprio nascimento. Emergindo do coração de Minas Gerais, onde dei os primeiros passos, há o vínculo com um livro do Cardeal Wiseman datado de 1872, intitulado “Fabíola”. A jornada desse livro até as mãos da minha mãe permanece um mistério, mas a singularidade do seu título cativou sua imaginação. Foi essa evidência que a levou considerá-lo um nome possível para sua terceira gravidez, ocorrida na cidade de Caratinga.
O contexto era complexo, já que após o nascimento de duas meninas, a esperança de um filho homem cresceu.
A lista de nomes masculinos era longa, com o nome do meu pai, Aldo, à frente. Nomes da época, como Marcelo, Ricardo e Sérgio, também estiveram em consideração.
A lista de nomes femininos era próxima ao inexistente. No momento crucial onde a barriga estava enorme e a expectativa maior, a querida parteira da cidade, Vovó Sadida, foi chamada. Apesar da presença de médicos, foi sob a força, sabedoria e feminilidade dela que vim ao mundo num domingo de janeiro e sol, às 9:00hs, buscando ar, alimento e vida.
Na ausência de ultrassons, o gênero foi revelado somente no nascimento. Assim, aqui estou eu, uma menina, sendo recebida pela família com um misto de alegria e brincadeiras, \\\"a lona é nova, mas o circo é o mesmo\\\", sendo bem-vinda.
Isadora Catem09:59
Essa dinâmica da terceira filha nunca me incomodou, pois eu era a feliz caçula, até que, seis anos depois, uma nova gravidez trouxe consigo o menino tão esperado. Agora com quatro filhos, meu papel de caçula se transformava. Apesar de ter perdido o título de “Caçulinha da família”, fui carinhosamente “homologada” como a “Caçula das Meninas”. Um título que, mesmo após seis décadas, permanece inalterado onde o assino em cartões claramente familiares.Mas é a partir da Fabíola, que surge uma rica variedade de apelidos que tanto prezo, que...
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As raízes do meu nome carregam histórias que se entrelaçaram muito antes do meu próprio nascimento. Emergindo do coração de Minas Gerais, onde dei os primeiros passos, há o vínculo com um livro do Cardeal Wiseman datado de 1872, intitulado “Fabíola”. A jornada desse livro até as mãos da minha mãe permanece um mistério, mas a singularidade do seu título cativou sua imaginação. Foi essa evidência que a levou considerá-lo um nome possível para sua terceira gravidez, ocorrida na cidade de Caratinga.
O contexto era complexo, já que após o nascimento de duas meninas, a esperança de um filho homem cresceu.
A lista de nomes masculinos era longa, com o nome do meu pai, Aldo, à frente. Nomes da época, como Marcelo, Ricardo e Sérgio, também estiveram em consideração.
A lista de nomes femininos era próxima ao inexistente. No momento crucial onde a barriga estava enorme e a expectativa maior, a querida parteira da cidade, Vovó Sadida, foi chamada. Apesar da presença de médicos, foi sob a força, sabedoria e feminilidade dela que vim ao mundo num domingo de janeiro e sol, às 9:00hs, buscando ar, alimento e vida.
Na ausência de ultrassons, o gênero foi revelado somente no nascimento. Assim, aqui estou eu, uma menina, sendo recebida pela família com um misto de alegria e brincadeiras, \\\"a lona é nova, mas o circo é o mesmo\\\", sendo bem-vinda.
Isadora Catem09:59
Essa dinâmica da terceira filha nunca me incomodou, pois eu era a feliz caçula, até que, seis anos depois, uma nova gravidez trouxe consigo o menino tão esperado. Agora com quatro filhos, meu papel de caçula se transformava. Apesar de ter perdido o título de “Caçulinha da família”, fui carinhosamente “homologada” como a “Caçula das Meninas”. Um título que, mesmo após seis décadas, permanece inalterado onde o assino em cartões claramente familiares.Mas é a partir da Fabíola, que surge uma rica variedade de apelidos que tanto prezo, que colore e diverte minha jornada. Alguns afetuosos, outros engraçados, peculiares, particulares, secretos, surpreendentes, sussurrados, documentados, antigos ...
Neste acumulando de sons que se remetem a minha pessoa, neste transitando no meu viver, de Caçula das Meninas, a Biondina, para Peixinho, Magrela, Olivia Palito, Zagueira, Menina, 4zoi, Cumadrinha, Mana, Menininha, Fazinha, Rosa, TiaFa, Gatinha, Dona Fá, Bula, Biulinha, Fabióla, Bruxinha, Tia Fabília, Fabi, Fab, Fá e muitos outros.
Um destaque se faz, me infla a alma, faz suspirar, alinha com o meu ser e transcende minha pessoa, é escutar o som mais sonoro Mamãe Fabíola.
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