DNA NORMA
Primeiro ano primário, 1967. Eu gritava aos sete ventos que preferia ser lixeiro a ir para a escola. Minha avó, então me contou que os soldadinhos de plástico que vinham dentro dos vidros de TODDY eram meninos que não quiseram estudar. Aquilo me incomodou bastante!!! (KKKK).
Depois de adulto brinquei com ela perguntando se não sentia vergonha de ter mentido para uma criança, e ela respondeu “na lata”: Eu não, você acreditou e resolvemos o problema!!!.
Vai pregar uma peça dessa, nas crianças de hoje, pra ver o que acontece.... mas continuando....
Era 1967 e minha professora, cujo nome acho que era Joezel, mas peço ajuda de confirmação pra Lilian e/ou Sandra Hudak, foi MARAVILHOSA, e aprendi a gostar de ir na escola. Eu conversava muito mas isso não foi problema... acredito eu. Sandra Hudak era a aluna mais premiada da sala e seu boletim era repleto de estrelinhas... nem tinha mais lugar para colar as honrarias.... estrelinha dourada para aritimética, para leitura, para ditado, pra tudo.
Eu lembro que recebi uma... por “comportamento”.
Segundo ano, 1968, começou bem, a professora titular estava de licença médica e a substituta era maravilhosa. Inclusive acho que tive uma paixão pueril por ela! Porém, em poucas semanas a titular retorna. Dna Norma!
Houve uma séria incompatibilidade de gênios entre nós. Como disse anteriormente eu conversava muito e ela me chamava à atenção. Eu nada respondia mas, gestualmente, dava de ombros:
Ou seja, no bom, velho e vulgar português eu estava dizendo: FODA-SE.
Mas eu não sabia disso. Eu tinha 7 anos!
E ela me segregou! Hoje daria processo judicial, mas na época ela instituiu a fila dos desajustados, dos piores alunos, dos bagunceiros. E eu tinha destaque nessa fila! Como diria a música brilhantemente cantada pela Maysa: MEU MUNDO CAIU!.
Passado algum tempo, na reunião de pais minha mãe em algum momento intermediou e traduziu o...
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DNA NORMA
Primeiro ano primário, 1967. Eu gritava aos sete ventos que preferia ser lixeiro a ir para a escola. Minha avó, então me contou que os soldadinhos de plástico que vinham dentro dos vidros de TODDY eram meninos que não quiseram estudar. Aquilo me incomodou bastante!!! (KKKK).
Depois de adulto brinquei com ela perguntando se não sentia vergonha de ter mentido para uma criança, e ela respondeu “na lata”: Eu não, você acreditou e resolvemos o problema!!!.
Vai pregar uma peça dessa, nas crianças de hoje, pra ver o que acontece.... mas continuando....
Era 1967 e minha professora, cujo nome acho que era Joezel, mas peço ajuda de confirmação pra Lilian e/ou Sandra Hudak, foi MARAVILHOSA, e aprendi a gostar de ir na escola. Eu conversava muito mas isso não foi problema... acredito eu. Sandra Hudak era a aluna mais premiada da sala e seu boletim era repleto de estrelinhas... nem tinha mais lugar para colar as honrarias.... estrelinha dourada para aritimética, para leitura, para ditado, pra tudo.
Eu lembro que recebi uma... por “comportamento”.
Segundo ano, 1968, começou bem, a professora titular estava de licença médica e a substituta era maravilhosa. Inclusive acho que tive uma paixão pueril por ela! Porém, em poucas semanas a titular retorna. Dna Norma!
Houve uma séria incompatibilidade de gênios entre nós. Como disse anteriormente eu conversava muito e ela me chamava à atenção. Eu nada respondia mas, gestualmente, dava de ombros:
Ou seja, no bom, velho e vulgar português eu estava dizendo: FODA-SE.
Mas eu não sabia disso. Eu tinha 7 anos!
E ela me segregou! Hoje daria processo judicial, mas na época ela instituiu a fila dos desajustados, dos piores alunos, dos bagunceiros. E eu tinha destaque nessa fila! Como diria a música brilhantemente cantada pela Maysa: MEU MUNDO CAIU!.
Passado algum tempo, na reunião de pais minha mãe em algum momento intermediou e traduziu o FODA-SE que ela traduzia de meu gesto, para o NÃO SEI PORQUE ELA DÁ BRONCA EM MIM, que eu estava dizendo, sendo que me foi explicado que não deveria, em hipótese alguma, “dar de ombros”!
Lembro até hoje o dia que saí da fila dos desajustados. Felicidade pura! - Não lembro o que foi feito de meus companheiros de “vida loca”!
Naquele tempo, eu saía da escola e ia pra casa com os amigos, à pé. – Coisa hoje, impensável! – mas estranhamente, no último dia de aula, minha mãe foi me buscar. Eu, feliz da vida corri para abraça-la e contei-lhe que havia “passado de ano”.
Hoje isso é estranho, mas naquela época havia reprovação.
Fomos para casa e só depois fiquei sabendo que meus pais tiveram receio que eu fosse reprovado por causa de minha “folha corrida”, de minha obscura (kkkk) vida pregressa e se isso acontecesse os colegas entonariam o seguinte bordão: “repetente... repetente” e por isso, talvez, eu chegasse às vias de fato com os “meliantes” agressores morais... “Bullyinistas”.
Apesar de tudo isso, o final foi feliz, mas a imagem de Dna Norma, naquela época, comigo, foi sempre negativa. Observem que apesar da foto que enviei, estar, hoje, em nobre moldura, e em espaço de destaque em minha casa, há as marcas indeléveis de um X, sobre sua imagem.
Antes de emoldurar tentei apagar... mas iria estragar ainda mais a foto.
Hoje, essa dor passada, é só uma lembrança da qual até faço troça!
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